KEMBAR78
pipelinevalor https://pipelinevalor.globo.com/ Aqui, você encontra notícias, análises e bastidores do mercado. Isso tudo com histórias, entrevistas e abordagens dos fatos que você não encontrará em outro lugar. pt-BR © Copyright Globo Comunicação e Participações S.A. pipelinevalor https://pipelinevalor.globo.com/ 144 144 Capitalizada, Jet vai duplicar os patinetes azuis na calçada Empresa do Cazaquistão planeja frota de 40 mil veículos no Brasil, com destaque global para São Paulo https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/capitalizada-jet-vai-duplicar-os-patinetes-azuis-na-calcada.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/capitalizada-jet-vai-duplicar-os-patinetes-azuis-na-calcada.ghtml
]]> A locadora de patinetes elétricos Jet está concluindo uma rodada de US$ 10 milhões com investidores privados mais uma emissão de US$ 15 milhões em bonds – a terceira, após os US$ 6 milhões em 2024 e US$ 2 milhões no começo do ano – na Kazakhstan Stock Exchange (Kase), em seu país de origem. Os recursos serão usados principalmente para dobrar a frota de 20 mil veículos de micromobilidade no Brasil, sétima nação a receber a marca, mas já seu principal mercado global. No mundo, a Jet tem 50 mil scooters em circulação, com expansão iniciada pelos vizinhos Uzbequistão, Mongólia e Geórgia. No Brasil, a companhia já está em 30 cidades incluindo São Paulo, Brasília, Salvador, Belém, Porto Alegre, Florianópolis e Vila Velha e pretende entrar em Rio, Curitiba, Recife, Vitória, São Luís e Goiânia até dezembro. Como a russa Whoosh quer evitar o tombo dos patinetes da Grow e Lime Por que iFood e Uber foram parar no mesmo app Além de explorar o mercado local, a ideia é usar o país como base para a América Latina, com a chegada em Argentina, México e Colômbia a partir de 2026. A empresa começou a operar um piloto recentemente em Santiago, no Chile. Com três mil miniveículos hoje, a capital paulista deve superar Almaty – onde a operação começou tem nove mil unidades do modal – até o primeiro trimestre. Patinetes da Jet no calçadão: avanço em cidades brasileiras Divulgação/SMTT “Começamos no Cazaquistão porque é próximo da Rússia, onde já tínhamos experiência, compartilha a mesma cultura, idioma e logística de importação, como o envio de patinetes da China. Almaty tem infraestrutura excelente, comparável a São Paulo e Buenos Aires, grande densidade populacional e público jovem, o que torna o mercado muito atrativo”, explica o CEO da JET na América Latina, Ilia Timakhovskiy. O russo vive há um ano em São Paulo e está aprendendo português. A principal concorrente no Brasil é a também russa Whoosh, que planeja encerrar 2025 com 10 mil patinetes pelo país, dos cinco mil que tinha em janeiro. “A micromobilidade é uma indústria interessante, com forte presença na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos. A América Latina ainda está aberta e, para nós, é uma oportunidade incrível de lançar novos serviços e crescer”, afirma o executivo, cofundador da Jet e da Urent, locadora de patinetes russa criada em 2018 e vendida no ano passado para a gigante de telecomunicações MTS. Mototáxi no Brasil supera transporte de carro de outros mercados da Uber Lev, de bikes elétricas, acolhe clientes órfãos de rival falida “O clima aqui é excelente. Enquanto na Rússia só conseguimos operar por seis a oito meses por ano, no Brasil temos operação contínua o ano todo”, compara o executivo. “Há boa infraestrutura, população jovem e pouca competição. Muitos players na América Latina fecharam durante a pandemia, e isso abriu espaço para a gente.” Devido às experiências negativas do passado, a entrada em novas cidades brasileiras tem sido lenta e costuma levar de seis a nove meses. “Muitas prefeituras ainda associam patinetes ao caos urbano, com modelos antigos, sem regras e sem baterias removíveis”, diz. Ilia Timakhovskiy é CEO da Jet na América Latina Reprodução/IG A frota brasileira também é distinta: enquanto países da Ásia Central operam com o modelo S19, no Brasil a Jet utiliza o L16, mais robusto e com baterias de 48 volts. A decisão leva em conta a infraestrutura brasileira, que, mesmo em cidades médias como Sorocaba, já conta com ciclovias bem desenvolvidas — algo ainda raro fora das grandes capitais em mercados como o Cazaquistão. Vammo levanta R$ 30 milhões com Ext Capital em rodada mista Além dos patinetes, a Jet aposta em um ecossistema urbano completo. Em São Paulo, a empresa lançou mil estações de power bank, instaladas em supermercados, cafés e estações de metrô. Também oferece bicicletas elétricas no mesmo aplicativo, com foco no público jovem que transita por diferentes modais urbanos.
pipelinevalor Thu, 23 Oct 2025 09:01:14 -0000
As apostas imobiliárias – e desastradas – de Fernanda Torres De um apartamentinho escuro a uma casa no mato, relação da atriz com dinheiro mudou após morte do pai https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/as-apostas-imobiliarias-e-desastradas-de-fernanda-torres.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/as-apostas-imobiliarias-e-desastradas-de-fernanda-torres.ghtml
]]> Nepobaby assumida, a atriz Fernanda Torres conta que a relação com dinheiro em sua casa sempre foi desafiadora. Tendo vivido parte da adolescência nos anos 1970 e iniciado a carreira aos 13, ela se acostumou a ver os pais – especialmente a mãe – renegando o próprio sucesso financeiro quando ele aparecia. Seria natural, portanto, considerar imóvel o melhor investimento – o mais seguro, com toda certeza – para assegurar patrimônio pelo resto da vida. Foi com esse pensamento que ela decidiu usar o primeiro dinheiro mais relevante que ganhou, aos 17 anos, para comprar um apartamento no qual nunca morou. ‘Pix do amor’: meio de pagamento já virou linguagem, diz antropólogo do luxo O que a Sequoia viu na Mubi, o streaming dos filmes cult “Ganhei dinheiro cedo e tinha aquela loucura de sair de casa. Comprei um apartamentinho de um quarto e sala virado para um buraco, era inabitável, minha mãe ficou chocada. Era uma época em que imóvel não era tão caro, mas era muito ruim também, então as duas coisas estavam aliadas”, disse durante participação em evento do Itaú nesta quarta-feira em São Paulo. Não satisfeita, ela decidiu dobrar a aposta quando recebeu um valor inesperado por uma campanha de absorventes que ainda estava sendo veiculada no Amapá sem que ela tivesse sido informada pela agência de publicidade contratante. “Aí, já mais velha, um namorado falou ‘compra um terreno e constrói uma casa’. Eu consegui comprar aquele terreno e consegui construir um quarto e sala virado para o lado errado do sol!” Fernanda Torres: virada de chave com a morte do pai, que provocou a procura por um especialista financeiro Divulgação O desastre era tamanho que um amigo foi visitar e comentou: “Nossa, você é individualista, porque com um quarto e sala não tem para onde a casa crescer. E a aquilo foi virando um inferno eterno, foi um erro. Quando recebi o dinheiro, usei para fazer uma área de serviço, e esse sim foi o pior investimento que eu já fiz”, contou arrancando gargalhadas da plateia. “Era o sonho de morar na floresta, mas que eu descobri que era um horror porque, quando dava cinco da tarde, a luz ia acabando e as cigarras começavam a cantar, me deixando deprimida. Aí eu pegava o carro e ia para o shopping para ver as pessoas”, diverte-se. Por fim, ela conta que conseguiu se livrar também dessa outra casa, “um paraíso terrível, o pior investimento que eu fiz”. John Williams prova que a música é um elemento narrativo crucial no cinema Mas a virada de chave da administração do dinheiro e dos investimentos só viria com a morte do pai, o ator Fernando Torres, em 2008. “Quando ele morreu, eu, meu irmão e minha mãe viramos ‘a família’ e tínhamos que dar conta daquilo, daquela economia, com a contadora e alguém falou: ‘vocês têm que ter uma consultoria para ajudar vocês a se organizarem’, e foi algo que mudou tudo, pois aprendi que eu tinha que pensar na minha economia por ano e não por mês.”
pipelinevalor Wed, 22 Oct 2025 19:07:57 -0000
CEO do Pão de Açúcar renuncia e CFO vai assumir interinamente Marcelo Pimentel teve reunião nesta tarde com o chairman do GPA, André Coelho Diniz, dizem fontes https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ceo-do-pao-de-acucar-renuncia-e-cfo-vai-assumir-interinamente.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ceo-do-pao-de-acucar-renuncia-e-cfo-vai-assumir-interinamente.ghtml
]]> Marcelo Pimentel vai deixar a presidência do GPA Carol Carquejeiro/Valor O CEO do Pão de Açúcar, Marcelo Pimentel, alinhou há pouco sua renúncia em uma reunião com o presidente do board, André Coelho Diniz, disseram três fontes ao Pipeline. Pimentel deve comunicar em breve ao mercado que deixa o cargo executivo e o assento no conselho. Quem vai assumir interinamente é o CFO, Rafael Sirotsky Russowsky, e a companhia vai iniciar o processo de recrutamento de novo executivo, segundo fontes. Família Coelho Diniz toma a maioria do Casino no conselho do GPA As próximas mudanças no GPA: equipe e capex Com a recente mudança no conselho e na composição acionária da varejista, mudanças na administração executiva já eram esperadas, assim como revisão de investimentos. A nova gestão prepara um "plano de 100 dias", apurou o Pipeline. Atualização às 16h20: Após a publicação do Pipeline, o GPA divulgou fato relevante confirmando a troca de comando revelada pela coluna
pipelinevalor Wed, 22 Oct 2025 18:33:50 -0000
‘Pix do amor’: meio de pagamento já virou linguagem, diz antropólogo do luxo Autor de Coisa de Rico, Michel Alcoforado diz que brasileiros hoje têm menos medo de falar de dinheiro https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/pix-do-amor-meio-de-pagamento-ja-virou-linguagem-diz-antropologo-do-luxo.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/pix-do-amor-meio-de-pagamento-ja-virou-linguagem-diz-antropologo-do-luxo.ghtml
]]> O antropólogo do luxo Michel Alcoforado avalia que o Pix, tão invejado pelos consumidores dos Estados Unidos ou outros mercados desenvolvidos, ajudou a tornar o dinheiro um assunto menos tabu no Brasil e, mais do que isso, até uma linguagem, já que é usado pelos mais jovens como meio de comunicação através do campo de texto do meio de pagamento. “O Pix fez o Brasil real entrar nas plataformas digitais pela ‘financeirização’ de um jeito que a gente jamais tinha visto antes. Virou um jeito de se fazer presente, mas também de mandar mensagem, outra jabuticaba maravilhosa que a gente inventou, que é o Pix do amor”, disse o autor do best-seller “Coisa de rico: A vida dos endinheirados brasileiros”. As apostas imobiliárias – e desastradas – de Fernanda Torres O novo luxo: pertencimento, bem-estar e arquitetura com alma O comentário arrancou risos da plateia de clientes e formadores de opinião que assistia à apresentação da pesquisa “Consciência e prosperidade: a nova relação do brasileiro com o dinheiro”, conduzida pela sua Consumoteca em parceria com o Itaú, nesta quarta-feira no Masp. “É muito mais do que um meio de pagamento. O Pix virou uma linguagem, um jeito de conversar”, especialmente para quem está no que ele chama de “mercado dos afetos”. “Quando a conversa desanda no ‘zap’ e a pessoa te dá um ‘block’, o que você faz? Entra no seu aplicativo do banco, bota um centavo e escreve ‘volta, Rita, não me deixe’”, exemplificou bem humorado. O Pix não tem valor mínimo e permite enviar, junto da confirmação de recebimento, uma mensagem de texto para o destinatário do polpudo recurso. Ex-Coco Bambu aposta em academia de luxo para bater Bodytech e Bio Ritmo A sondagem coordenada pelo antropólogo com cinco mil brasileiros entre abril e maio mostrou ainda um amadurecimento da relação dos brasileiros com suas próprias economias: 81% enxergam o dinheiro como preocupação forte e 34% da geração Z – nascidos entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2010 – classifica essa preocupação como máxima. Alcoforado: quando a pessoa te bloqueia no ‘zap’, o jeito é entrar no aplicativo do banco e enviar um Pix com mensagem ‘volta, Rita’ Divulgação
pipelinevalor Wed, 22 Oct 2025 17:31:56 -0000
Oncoclínicas pode trocar CDBs do Master por posição na empresa Empresa tem R$ 478 milhões em papéis no caixa e pode trocar por participação na companhia https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/oncoclinicas-reduz-risco-de-caixa-em-acordo-com-master-e-pode-recomprar-posicao-do-banco.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/oncoclinicas-reduz-risco-de-caixa-em-acordo-com-master-e-pode-recomprar-posicao-do-banco.ghtml
]]> A Oncoclínicas chegou a um acordo com o Banco Master para a venda de R$ 478,2 milhões em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do banco, quase a metade dos R$ 986 milhões que a companhia tinha aplicado no caixa no fim do segundo trimestre. Pelo acordo , esse saldo pode envolver a troca pela participação de 14,96% que o banco tinha na companhia, apurou o Pipeline. Pelo acordo, o valor em CDBs do Master será resgatado em 20 parcelas de R$ 25 milhões até 15 de maio de 2027, com a primeira sendo realizada já na semana que vem, e com a manutenção da taxa de remuneração. Oncoclínicas atrai até Latache em corrida por debêntures Oncoclínicas avalia converter dívida em equity para reduzir a alavacagem ESPECIAL | Os dias que antecederam a RJ da Ambipar No caso de inadimplência de qualquer parcela ou intervenção no banco, que dispare o vencimento antecipado dos CDBs, a companhia poderá utilizar o saldo do investimento nos CDBs como pagamento do preço de exercício de uma opção de compra das cotas dos fundos de investimento em participação Tessália e Quíron, veículos de investimento de Daniel Vorcaro, controlador do Master, na companhia, a um preço simbólico de R$ 1. A transação está condicionada à conclusão do processo de negociação do Banco Master, que lhe permita ter livre acesso às cotas e à aprovação pelos acionistas da Oncoclínicas em assembleia geral extraordinária. Outra opção é a Oncoclínicas comprar, se quiser, as ações do Banco do Master a um preço de tela, desde que a transação seja aprovada pelos acionistas em assembleia. Oncoclínicas tem R$ 478 milhões em CDBs do Master em caixa Divulgação A Oncoclínicas aprovou um aumento de capital de até R$ 2 bilhões, com a subscrição de até 666,7 milhões de novas ações a R$ 3,00 cada, com um aporte mínimo de R$ 1 bilhão. Atualização às 17h26: corrige valor das parcelas no segundo parágrafo
pipelinevalor Wed, 22 Oct 2025 13:50:44 -0000
Ele recusou um valuation de R$ 1 bi para receber mais em perícias judiciais EvidJuri atua em ações contra grandes empresas, como SAP, Totvs e Oracle https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/ele-recusou-um-valuation-de-r-1-bi-para-receber-mais-em-pericias-judiciais.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/ele-recusou-um-valuation-de-r-1-bi-para-receber-mais-em-pericias-judiciais.ghtml
]]> Formado em direito, o empresário Sthefano Cruvinel criou a EvidJuri em 2016 com uma convicção clara: não bastava reunir um bom time de causídicos — era preciso investir também na produção de provas técnicas. Desde então, ele vem ampliando o alcance do escritório de perícias judiciais, que projeta faturar mais de R$ 80 milhões neste ano. O desafio é grande porque, no Brasil, o perito só costuma entrar em ação quando ordenado pelo juiz ou solicitado nos autos por uma das partes. “A maioria dos peritos no Brasil é autônoma, funciona como renda adicional”, diz Cruvinel, que considera a EvidJuri o único escritório de auditoria judicial em modelo comercial e escalável do país. São 30 profissionais, alguns com pós-doutorado, e um custo fixo mensal em torno de R$ 500 mil. BT Créditos acelera cessão de direitos com IA e mira além da área trabalhista Jusbrasil investe na Maritaca, de olho em modelo de linguagem brasileiro A estimativa do Conselho Nacional de Justiça é de mais de um milhão de processos no país com valor discutido acima de R$ 10 milhões. No portfólio da legaltech estão ações de empresas médias, pequenos fornecedores ou organizações da sociedade civil contra grandes companhias, com SAP, Totvs, Oracle, Siemens e Algar. A taxa de sucesso, segundo o fundador, está na casa de 90%, o que também se reflete na redução do tempo de duração dos processos. A EvidJuri não substitui os escritórios de advocacia dos autores da ação, mas atua em parceria com as bancas – que muitas vezes são quem leva os casos para ele –, definindo a estratégia e dando insumos fundamentais com base em análises técnicas e perícias que estimam riscos e retornos buscando alto nível de precisão. “Nós somos a munição, o advogado é o atirador. Nosso papel é dar base técnica e segurança jurídica para quem tem razão, mas não tem o mesmo poder econômico.” Cruvinel, da EvidJuri: “Nós somos a munição, o advogado é o atirador” Divulgação O modelo de remuneração combina um custo inicial e uma taxa atrelada ao êxito das ações. Atualmente, a empresa – que ele define mais propriamente como uma audittech – tem um portfólio de honorários a receber em torno de R$ 1,2 bilhão, que seguem crescendo corrigidos pela Selic, taxa usada pelo Judiciário para atualizar os valores das causas. Cruvinel estima que sua empresa valha pelo menos o dobro disso. Não à toa, recusou recentemente uma oferta de R$ 50 milhões por 5% do capital, o que aliava a companhia em R$ 1 bilhão. “Uma ação que eu fecho hoje já me dá mais de R$ 20 milhões”, compara. Trio de advogados lança IA que reduz trabalho jurídico de meses a minutos O entrave da arbitragem O executivo tem preferido financiar a operação vendendo os créditos judiciais baseados nas expectativas de ganhos das ações, modelo conhecido como litigation funding, mais popular nos Estados Unidos. Da carteira total, menos de R$ 18 milhões, ou 1,5%, já foram transformados em créditos e vendidos a investidores. Além das chances de sucesso de cada processo judicial, ele avalia a capacidade de pagamento da empresa. “Só entro quando sei que o réu é líquido e que o investidor vai entender isso também, pois é caro custear o processo. Somos sócios das demandas, afinal, quando eu vendo o crédito judicial, estou vendendo parte dos meus honorários”, diz. O deságio na cessão dos créditos varia conforme o risco da ação e o prazo esperado para receber o valor pleiteado. O cliente também pode vender o seu direito de receber se tiver pressa.
pipelinevalor Wed, 22 Oct 2025 11:10:51 -0000
Em São Paulo, PIB vira escola de negócios Instituição educacional quer formar sucessores e C-level e tem até Rolex para o melhor aluno https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/em-sao-paulo-pib-vira-escola-de-negocios.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/em-sao-paulo-pib-vira-escola-de-negocios.ghtml
]]> Na corrida da educação executiva, uma nova escola de negócios quer disputar espaço com instituições como Saint Paul, Insper e Fundação Dom Cabral. Sugestivamente batizada de PIB SP, a proposta da instituição é formar sucessores de empresas familiares, executivos C-level e empreendedores. A escola é uma sociedade entre dois empresários que já atuam em segmentos educacionais. Mohamad Abou Wadi é sócio de Chaim Zaher no Grupo Kefraya, de educação médica e odontológica, e também é fundador da PIB Education, aberta em 2023, em Itajaí, com cursos de graduação e MBA voltados à gestão e liderança. Já Theo Braga, filho de João Kepler, da Bossa Nova, é fundador da SME Educação, de educação corporativa. Saint Paul põe R$ 40 milhões em primeiro curso de graduação Dona de Ibmec e Estácio, Yduqs surpreende com geração de caixa A PIB SP — The New College é o início do plano de expansão da marca para até 30 grandes cidades, em parcerias locais, como a firmada com Braga na unidade paulista. Próxima ao Shopping Vila Olímpia, a escola será aberta em 2026, com uma turma de 50 alunos e mensalidades em torno de R$ 10 mil. Na unidade catarinense, a PIB Education tem 200 alunos entre graduação e MBA executivo voltados para liderança e gestão empresarial. Wadi e Braga, sócios na PIB SP: imersão internacional e contratação como prêmio Divulgação O programa vai incluir aulas técnicas, imersões internacionais e mentorias corporativas, com interação e aulas magnas de executivos e donos de grandes empresas. A escola também criou o Prêmio Líderes do Tempo, cujo prêmio é um relógio da Rolex e um cargo de gestão em uma das empresas do grupo. Ele atraiu o fundador do GuiaBolso e CFO da Arco em sua nova edtech O setor está movimentado. Recentemente, a Saint Paul também anunciou que estreará na graduação em 2026, o segundo investimento de sócios do BTG em faculdades. Em 2021, André Esteves e Roberto Sallouti cofundaram o Inteli, que conta com quatro cursos de graduação ligados à tecnologia, a partir de doações pessoais.
pipelinevalor Wed, 22 Oct 2025 09:01:10 -0000
ESPECIAL | Os dias que antecederam a RJ da Ambipar Bastidores da maratona da companhia de gestão de resíduos para "acalmar o mercado" nos últimos meses https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/especial-or-os-dias-que-antecederam-a-rj-da-ambipar.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/especial-or-os-dias-que-antecederam-a-rj-da-ambipar.ghtml
]]> Em meados de setembro, o empresário Tércio Borlenghi pediu uma reunião no banco Santander. Queria debelar a desconfiança que havia se alastrado pelo mercado de que parte do caixa da Ambipar estava aplicado em certificados de depósitos bancários (CDBs) do Banco Master e, portanto, prestes a virar pó. Dias antes, o Banco Central havia vetado a venda do Master ao Banco de Brasília (BRB) e os bonds da Ambipar já sentiam o impacto. Também tentava convencer o Santander a atuar em uma emissão de debêntures que a empresa pretendia fazer dentro de alguns dias, para recomprar parte desses títulos de dívida e reforçar caixa. Minutos após o controlador deixar o banco, a Ambipar sacou os recursos depositados lá. Borlenghi repetiu a conversa em outros bancos. Buscava uma instituição que topasse dar garantia firme para R$ 3 bilhões em debêntures. É comum no mercado que o banco coordenador se comprometa a encarteirar os títulos não vendidos a investidores. Visitou as instituições acompanhado de Thiago da Costa Silva, diretor de integração e finanças da Ambipar. Na sequência, a companhia sacou recursos de mais algumas delas também. Às vésperas da renúncia do diretor financeiro, João Arruda, e do pedido de proteção cautelar, houve uma reunião da companhia com a diretoria de atacado do Bradesco BBI, algumas trocas detalhadas de e-mails com o UBS BB e mensagens e ligações com o Itaú BBA. No pedido de RJ, Ambipar descreve caixa em envelope lacrado Debenturistas da Ambipar contratam escritório para dívida de R$ 2 bi Nos encontros, a Ambipar apresentou o que mais de um executivo chamou de “papel de pão” descrevendo onde estaria alocado o caixa da empresa — uma folha de sulfite simples, impressa, citando as instituições financeiras em que estaria depositado o dinheiro da companhia. A lista sugeria a pulverização dos recursos em dezenas de contas. Estavam no rol os grandes bancos brasileiros, como Itaú, Bradesco e Santander, e outros como Banco da Irlanda, PNC Financial, Bancolômbia e Banco do Chile, algo justificável pelo fato de a empresa atuar em mais de 40 países por meio de uma complexa teia de subsidiárias. A posição de caixa apresentada era relativa ao fim do segundo trimestre, quando a Ambipar disse ter R$ 4,7 bilhões — depois disso, não se sabe o que aconteceu e quanto dinheiro a empresa tem hoje. Em seu pedido de recuperação judicial, apresentado na noite de segunda-feira, 20 de outubro, a Ambipar entregou as informações relativas ao fluxo de caixa lacradas, acessíveis só pelo juízo — o que alimenta o mistério sobre o paradeiro dos recursos. Tércio Borlenghi Junior, é fundador e CEO da Ambipar Divulgação Sob o escrutínio das instituições financeiras, a companhia alegou, em comunicação com o UBS BB à qual o Valor teve acesso, que além das contas bancárias, cerca de R$ 2 bilhões do caixa estavam em um fundo de direitos creditórios (FIDC) e outra parcela em ações de empresas. Os papéis seriam da Emae, segundo fontes a par do assunto. Boa parte do dinheiro, portanto, estava alocada em ativos de risco ou baixa liquidez. Deutsche questiona 'narrativa espetaculosa' da Ambipar O misterioso FIDC da Ambipar Ainda assim, esse não deveria ser um grande problema. A parcela de R$ 2 bilhões em ativos com liquidez imediata vinha sendo suficiente para a companhia fazer a pagamentos de curto prazo. Mas os bancos estavam cada vez mais desconfortáveis com as práticas da empresa e não tinham entendido uma novidade no último balanço. “Não havia credibilidade sobre esse caixa mais. Era um FIDC, que também tinha um fundo de ação, as explicações não dirimiam as nossas dúvidas, só aumentavam”, afirma o diretor de grande banco. A Ambipar havia publicado os demonstrativos do segundo trimestre no dia 14 de agosto — desde então, gestores e analistas questionavam o que era o tal FIDC que apareceu como caixa, no montante de R$ 2,7 bilhões. Houve uma discussão acalorada na diretoria sobre quem iria dar as caras numa entrevista à agência de notícias Bloomberg, que questionava sobre o fundo. COEs de XP e BTG com papéis de Braskem e Ambipar evaporam Bradesco e Opportunity desovam ações do controlador da Ambipar Os bancos que discutiam a emissão de debêntures também questionavam, ouvindo que se tratava de financiamento a fornecedores. “Então por que está no caixa e não a receber?”, questionou um deles, que pediu mais dados e chegou a um fundo de R$ 600 milhões - faltavam, portanto, mais de R$ 2 bilhões a identificar daquela conta. Como o Valor mostrou, uma empresa do diretor e filho do controlador, Guilherme Borlenghi, e da diretora Luciana Barca, aparecia em documentos da CVM como cedente dos recebíveis - ou seja, tomadora dos recursos. Sacado e cotista também eram partes relacionadas. “O cenário era o seguinte: houve um processo na Comissão de Valores Mobiliários que terminou de forma superestranha, com os executivos nos garantindo que não ia dar em nada e a companhia não teria ônus financeiro”, afirma outro diretor de banco. Ele se refere ao polêmico duplo voto de minerva no colegiado da CVM, em uma investigação que apontava suposta coordenação entre os donos de Ambipar, Master e o empresário Nelson Tanure para inflar as ações da empresa, dando fôlego patrimonial a eles. A vitória na CVM foi em 31 de julho. “Depois, voltou ao mercado outro processo, sobre a recompra de ações da companhia, aí a empresa apresentou um balanço com um FIDC no caixa e, com o veto do BC ao Master, veio uma movimentação mais forte no secundário de bonds e debêntures.” Ambipar contrata BR Partners Ambipar demitiu diretores antes do pedido de cautelar Nesse meio tempo, em agosto, a Ambipar acelerou as conversas com o Deutsche Bank para um aditivo financeiro num contrato de derivativo. Um e-mail do escritório Pinheiro Neto, que assessorava o banco, confirmava no dia 11 de agosto um avanço nas tratativas para a Ambipar receber US$ 35 milhões. A assinatura do aditivo só aconteceu no dia 18 daquele, depois da divulgação do balaço trimestral. Arruda, enquanto era CFO, participou ativamente da negociação, mas quem assinou o aditivo, como mostrou o Valor, foram os diretores Thiago Silva e Luciana Barca. Em 12 de setembro, a agência de classificação de riscos Fitch rebaixou a perspectiva da nota da Ambipar apontando “problemas contínuos de governança corporativa”. O movimento foi seguido seis dias mais tarde pela S&P, que citou a “crescente incerteza em torno das práticas de governança e menor confiança do mercado” e alertou para riscos de liquidez de curto prazo, “visto que parte de seu caixa está investida em instrumentos sem liquidez imediata”. Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche O caixa da Ambipar na pré-RJ O rebaixamento gerou ainda mais pressão nos preços de títulos da companhia. A queda dos papéis, além de dificultar novas captações pela empresa, provocaria uma nova enxurrada de vendas, já que instituições como XP Investimentos e BTG Pactual haviam vendidos certificados de operações estruturadas (COEs) ao varejo atrelados a essa variação do título — que, em determinado preço, precisariam ser liquidados. Para conter a derrocada no mercado secundário, a emissão da debênture que vinha sendo discutida com os bancos pela Ambipar como uma operação tradicional ganhou novos contornos. “A debênture nova teria um mecanismo de troca, para conter o estresse e dar uma baixada de bola. A companhia dizia que, se melhorasse à metade o preço de tela, já fazia sentido emitir. Mas a lógica da empresa não tinha lógica alguma para os bancos”, diz uma fonte de instituição financeira. Cricaré Praia Hotel pertence à Ambipar e também entrou na lista de proteção da cautelar Divulgação Se o papel emitido a CDI mais 2% já estava pagando CDI mais 25% no secundário, pela queda de preço, a Ambipar ia trocar as antigas pelo valor de face, recuperando o que perdeu na marcação a mercado nas carteiras. “Mas não era uma troca por dinheiro, era por prazo. Mas não é emitindo a CDI mais 4% que a empresa vai puxar esse trade. No dia seguinte, o papel cai de novo, e caminha para o CDI mais 25%. Por que alguém daria um ano a mais vendo que a empresa estaria claramente sinalizando desespero numa operação dessas?”, questionava um banqueiro. O crédito que apertou a Ambipar, segundo a companhia Ambipar põe até hotel em lista de empresas a proteger de credores A Ambipar afirmava aos bancos que entraria dinheiro novo nessa emissão, o que ajudaria a segurar os papéis. Mas nunca revelou quem seria o investidor âncora. Para tratar do tema, Borlenghi fez ligações diretamente aos analistas de bancos, que antes vinham tratando com o CFO Arruda e com Costa Silva, o que causou estranheza nos times. Na tentativa de ainda viabilizar a emissão e dizer que não havia nada errado com a liquidez da companhia, em 18 de setembro, diretores da Ambipar estiveram com executivos do Itaú BBA. No dia 19, houve reunião no Bradesco BBI pela manhã. Investidores também foram contatados naquele dia pelo Bank of America sobre um roadshow que a companhia planejava. Naquela noite, João Arruda, o CFO, enviou ao conselho seu pedido de demissão. Arruda, que havia sido deixado de lado nas últimas reuniões com bancos, vinha se desentendendo com Borlenghi. O executivo chegou a pedir demissão no início daquele mês, depois de uns dias afastado da empresa, mas teria sido convencido pelo controlador a ficar. Um dos embates teria sido sobre o Master. Arruda queria confirma se, afinal, a Ambipar tinha caixa depositado no banco - a pergunta que mais ouvia do mercado. A administração resolveu dirimir a dúvida com um método peculiar: enviou e-mail à própria instituição financeira. Recebeu uma resposta de Alberto Felix, tesoureiro do Master, dizendo que a Ambipar não tinha recursos lá. A afirmação veio no corpo do e-mail, sem documento timbrado. CFO da Ambipar deixou empresa três dias antes da cautelar Arruda é descrito por colegas de bancos como tendo “perfil agressivo e mão na massa”, o que levanta entre as instituições o questionamento sobre sua alegada falta de acesso a extratos financeiros que pudessem lhe dar visibilidade sobre caixa, sobre Master ou o FIDC, que teria dito desconhecer. Alguns dos pares dizem que lhe foi prometida uma autonomia para dar verniz de governança, e que ele almejava ser CEO - o que, numa companhia de dono, não aconteceu. Na manhã da segunda-feira, 23 de setembro, a Ambipar demitiu alguns de seus diretores da estrutura de governança. A companhia já havia dispensado o diretor de relações com investidores, Peter Petersen. Depois, foram desligados Mauro Nakamura, diretor jurídico; a gerente-geral de compliance, Lilian Nascimento, Fabio Armani, diretor-geral de recursos humanos, e a diretora de integração, Marcia Sarro, além de subordinados. O bispo, o Nubank e o dono da Ambipar Só mais tarde naquele dia, após o fechamento de mercado, a Ambipar comunicou a saída do CFO. No dia seguinte, terça-feira pela manhã, a empresa publicou uma ata de reunião do conselho autorizando uma emissão debêntures — num formato atípico, já que não havia contratado ainda os bancos coordenadores. A tentativa de sinalizar uma recompra e acalmar o mercado acabou tendo efeito contrário. As ações despencaram. À noite, naquele 24 de setembro, a companhia pediu ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) uma medida cautelar para proteção contra credores, concedida no dia seguinte. Era quando também vencia o prazo para depósito de margem daquele derivativo financeiro contratado com o Deutsche Bank em agosto, que faria a Ambipar depositar cerca de R$ 60 milhões. Ambipar atua em gestão de resíduos e prestação de serviços de emergência Reprodução À Justiça, a companhia apontou esses cerca de US$ 11 milhões como motivo de sua necessidade de proteção contra vencimentos. O episódio evidenciou a fragilidade financeira da Ambipar e revelou a existência de uma crise profunda que até então se desenrolava nos bastidores. A empresa já havia depositado no Deutsche R$ 170 milhões em garantias, deflagradas pela valorização do real naquele momento, mas foi só nessa última chamada que alegou dificuldades. Mesmo com seu balanço mostrando um caixa bilionário, a companhia pediu proteção à Justiça alegando que estava sujeita a uma antecipação de vencimentos da ordem de R$ 10 bilhões. No decorrer do processo, sobretudo no pedido de recuperação judicial, a empresa de gestão de resíduos passou a ser enfática ao apontar seu ex-CFO como o responsável pela crise. Arruda fez carreira no Bank of America, onde atuou em uma série de operações com a Ambipar. Em meados do ano passado, foi contratado pela empresa para atuar como diretor financeiro — “a peso de ouro”, disse a companhia na petição. A estranha dinâmica da CVM na dispensa de OPA da Ambipar Após a obtenção de cautelar pela Ambipar e temendo pela não quitação de outros débitos, o Bradesco, banco de relacionamento de Borlenghi, executou ações de titularidade do empresário que estavam em garantia de um financiamento pessoal. O Opportunity teria feito o mesmo — o banco nega que as ações pertencessem a Borlenghi e diz que só vendeu o que pertencia a seu próprio fundo. Na noite da última segunda-feira, dia 20 de outubro, a Ambipar fez o pedido de recuperação judicial no TJ-RJ antes que acabasse o prazo de proteção da cautelar. Porém, ainda falta esclarecer onde foram parar os quase R$ 5 bilhões que estavam no caixa poucos meses atrás. Os bancos prometem brigar na Justiça para ter acesso ao patrimônio pessoal de Borlenghi. A reportagem do Pipeline e Valor ouviu 15 pessoas diretamente envolvidas no caso ao longo das últimas semanas. Procurada, a Ambipar não comentou o assunto. Em nota, a defesa de Arruda refutou as acusações da empresa contra o executivo e disse que adotará “as medidas legais cabíveis, inclusive a responsabilização criminal dos mentores dessa campanha difamatória”. Os demais citados, procurados ao longo do último mês, não deram entrevista.
pipelinevalor Wed, 22 Oct 2025 01:15:38 -0000
Omni busca sócio para sua operação de microcrédito no Nordeste Companhia contratou a Condere para assessorar a venda de fatia da Finsol https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/omni-busca-socio-para-sua-operacao-de-microcredito-no-nordeste.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/omni-busca-socio-para-sua-operacao-de-microcredito-no-nordeste.ghtml
]]> O grupo Omni, conhecido pela operação de financiamento na venda de carros usados, está buscando um sócio estratégico para sua operação de microcrédito. A companhia contratou a Condere para assessorá-la nas conversas com potenciais interessados numa fatia da Finsol e, potencialmente, assumir o controle da vertical mais adiante. A Finsol já concedeu R$ 2,5 bilhões a 460 mil clientes, como costureiras que precisam renovar maquinário, vendedores de cachorro-quente que financiam o carrinho ou a cabeleireira que quer montar um pequeno salão. A empresa opera principalmente na região Nordeste do país e o grupo tem um programa de suporte a empreendedoras, o ELAS, apoiado pelo IFC, do Banco Mundial. Tíquete médio do crédito da Finsol é de R$ 5 mil Pixabay A Condere mapeou 54 potenciais investidores em Europa, América do Norte e América Latina. A preferência é que seja um estratégico estrangeiro, mas varejistas, atacadistas, instituições financeiras locais e fundos de impacto também estão nesse escopo. O entendimento é que um suporte na Finsol permitiria à Omni ficar mais focada em seu core business. O grupo comprou a Finsol em 2022. “A chegada de um sócio estratégico é essencial para ampliar a base de negócios da plataforma”, diz Mônica Carvalho, sócia-diretora da Condere. A butique financeira atuou recentemente numa operação semelhante. Na Colômbia, assessorou a compra do controle do Banco W pela Fundación Grupo Social, negócio de inclusão financeira e impacto social. O mercado nordestino, com cerca de 55 milhões de pessoas nas classes D e E, apresenta potencial estimado de R$ 21 bilhões em microcrédito. Outras instituições com atuação relevante no segmento são BNB e Santander. No país, as companhias que compõem a ABCRED liberaram R$ 1 bilhão em 2025, alta de 20% sobre 2024.
pipelinevalor Tue, 21 Oct 2025 19:49:45 -0000
SPFC lança Inova.São Ventures para investir R$ 11,6 mi em sportstechs Clube quer acelerar até 50 empresas em cinco anos em parceria com FCJ e Sportheca https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/spfc-lanca-inovasao-ventures-para-investir-r-116-mi-em-sportstechs.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/spfc-lanca-inovasao-ventures-para-investir-r-116-mi-em-sportstechs.ghtml
]]> O São Paulo Futebol Clube (SPFC) está lançando um programa para acelerar startups que tragam soluções e novas tecnologias para esporte e entretenimento, o Inova.São Ventures, em parceria com a rede de venture building FCJ Group, que apoiou empreendedores do Shark Tank Brasil, e a Sportheca, que já ajudou a criar várias sportstechs. A iniciativa pretende levantar até R$ 11,6 milhões e investir em cerca de 50 startups até 2030. A primeira captação, de R$ 3,2 milhões, será realizada via crowdfunding, mas a ideia é atrair também empresas e investidores-anjo, afirma Paulo Justino, CEO da FCJ. “O objetivo é tornar o São Paulo o clube de futebol mais inovador das Américas até 2030”, diz o head de inovação do SPFC, José Oliver. Os impactos da reforma tributária para clubes, SAFs e atletas Fundo de brasileiros compra clube de futebol português Outros clubes têm iniciativas parecidas, como Barcelona, Manchester City e Bayern, mas no Brasil ela é inédita entre clubes de futebol, disse Eduardo Tega, fundador da Sportheca, que já colabora com a diretoria de inovação do São Paulo desde 2022. A corporate venture builder do São Paulo tem como foco startups em estágio inicial (seed), com modelos de negócios validados e faturamento, e que possam gerar negócios para o clube. Entre as áreas de interesse, estão soluções para desempenho de jogadores, engajamento dos torcedores, smart stadium (gestão de arenas), melhora da infraestrutura para eventos e serviços para a base de 22 milhões de torcedores, utilizando tecnologias como inteligência artificial, realidade aumentada e virtual, healthtechs, gamificação e geolocalização. Morumbis: Clube quer captar R$ 11,6 milhões para investir em startups com foco esportivo Reprodução/Facebook O Inova.São Ventures terá equipe dedicada para acelerar startups do Brasil e do exterior, com apoio financeiro, de infraestrutura, marketing e governança ganhar escala e caminhar para uma rodada em série A ou B. Para o clube, a iniciativa deve não só reduzir despesas como criar fontes de receita. O hub são-paulino projeta gerar mais de R$ 90 milhões em novos negócios nos próximos anos. Criado em 2022, o ecossistema de inovação do São Paulo, Inova.São, tem atuado em projetos que profissionalizam o clube e iniciativas que conectam o clube a novos mercados como a House Xperience, explica Eduardo Alfano Vieira, diretor institucional de inovação do São Paulo. As ligas de futebol que mais investiram para a temporada Mais preju: SAFs estão de longe de resolver finanças de clubes de futebol As startups interessadas em participar do processo de seleção do Inova.São Ventures podem se candidatar pelo site.
pipelinevalor Tue, 21 Oct 2025 18:46:34 -0000
Airbnb coloca Brasil nos top 5 após restrições de Nova York e Barcelona Reservas no país crescem quase 30% ao ano puxadas pelo turismo doméstico, destaca CEO e fundador Brian Chesky https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/airbnb-coloca-brasil-nos-top-5-apos-restricoes-de-nova-york-e-barcelona.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/airbnb-coloca-brasil-nos-top-5-apos-restricoes-de-nova-york-e-barcelona.ghtml
]]> O Brasil deve se tornar um dos cinco principais mercados globais para o Airbnb, ultrapassando Austrália e Canadá, mas ficando atrás de Estados Unidos, Reino Unido e França, disse o CEO e fundador da plataforma, Brian Chesky, em entrevista ao Pipeline no escritório da empresa em Nova York. O país é “um dos mercados de crescimento mais rápido no mundo” na plataforma. O número de reservas no território nacional cresceu 27% no primeiro trimestre frente a um ano antes, sendo 90% delas de origem doméstica, sinal de turismo local forte. “É um país grande, tem uma economia grande e está crescendo muito rapidamente”, diz Chesky, que quer tornar o Airbnb um app não só de estadias curtas, mas também de “experiências”. Airbnb lança ‘concierge’ e ameaça hotéis – mas também Google e Instagram Mudança de dono revigora agência de viagens Zarpo A seção repaginada em maio para incentivar passeios locais é um dos motores para esse crescimento, com destaque para uma série de programações no Rio que incluem visitas gastronômicas, partidas de vôlei na praia e turismo em favelas, algumas das quais têm as melhores vistas da cidade. “Eventualmente, pessoas de São Paulo vão usar o Airbnb na própria cidade em busca de serviços e experiências”, diz Chesky. “Essa vai ser uma parte importante para conhecer pessoas novas e se conectar com outras culturas ou até a mesmo a própria cultura.” Brasil é um dos mercados em mais rápido crescimento do mundo para a plataforma de hospedagem, diz o CEO Brian Chesky Pixabay Presente no Brasil desde 2012, o Airbnb pegou o boom da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Rio. Em julho, passou a parcelar estadias em até seis vezes sem juros – o rival holandês Booking já permitia essa função no país. Desde o ano passado, o Pix também está disponível. Apesar disso, entre as 65 funcionalidades anunciadas nesta terça-feira, a ferramenta “Reserve Agora, Pague Depois”, em que o hóspede faz o pagamento apenas no início da estadia, não está disponível devido a fatores locais, diz a empresa sem especificar quais são esses obstáculos. Navi vai operar 'short stay' com sócio do Janeiro Hotel Onfly capta R$ 240 milhões e quer ser a Decolar de viagens corporativas Atualmente, 70% do negócio do Airbnb é compartilhado entre EUA, Reino Unido, França, Canadá e Austrália, embora a empresa informe estar presente em mais de 200 países e regiões, e 150 mil cidades. A internacionalização vem em um momento estratégico, após a plataforma ser banida de cidades importantes como Nova York e Barcelona devido ao desequilíbrio provocado no mercado imobiliário e no próprio turismo. Cidades brasileiras também discutem o assunto. Chesky diz que, dois anos após as restrições terem sido implementadas em Nova York, a medida não surtiu os efeitos desejados e os preços de locação e diárias em hotéis continuaram subindo, 12% e 8% respectivamente, e o turismo perdeu cerca de 400 mil visitantes, em bases anuais. “Acho que ninguém ganhou com isso, talvez os hotéis, mas não os viajantes e os locais”, afirma. *O repórter viajou a convite do Airbnb
pipelinevalor Tue, 21 Oct 2025 17:17:17 -0000
No pedido de recuperação judicial, Ambipar descreve caixa em envelope lacrado Companhia diz que precisa “se regenerar” em situação financeira e de governança https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/no-pedido-de-recuperacao-judicial-ambipar-descreve-caixa-em-envelope-lacrado.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/no-pedido-de-recuperacao-judicial-ambipar-descreve-caixa-em-envelope-lacrado.ghtml
]]> No pedido de recuperação judicial protocolado no Tribunal de Justiça do Rio às 23h46 de segunda-feira, o Grupo Ambipar diz que, assim como seu slogan, precisa se “regenerar”. A companhia entregou, em envelope lacrado ao juiz , um relatório gerencial de seu atual fluxo de caixa, sob sigilo. O documento, na 3ª Vara Empresarial do Rio, é assinado pelos escritórios Salomão, Galdino e Basílio Advogados. Em pedidos de RJ, a situação de caixa costuma ser informação central. A companhia já estava em proteção judicial por meio de cautelar antecedente, que termina na quinta-feira, contra antecipações de vencimentos de dívidas. O pedido veio após uma cobrança de US$ 60 milhões do Deutsche Bank, ainda que a Ambipar afirmasse ter quase R$ 5 bilhões em caixa. A dívida total é de R$ 11 bilhões. Fundo de pensão da Light pode perder até R$ 237 milhões com Emae e Ambipar Controlador da Ambipar diz que Bradesco e Opportunity venderam suas ações Apesar de não detalhar seu caixa, a companhia volta a justificar sua crise financeira no vencimento desse derivativo com o banco alemão, que poderia disparar cross default, e a apontar nominalmente seu ex-CFO, João Arruda, como o algoz. A Ambipar diz que há uma apuração independente contratada com a FTI Consulting - a credores, a companhia havia informado que a FTI iria escrutinar o caixa. Ambipar tem quase R$ 11 bi em dívidas Reprodução No pedido de recuperação, a companhia recorre ao slogan corporativo — “Nós existimos para transformar. Nós existimos para regenerar. Regenerar o planeta A, porque não existe planeta B” — como metáfora para seu momento financeiro. A Ambipar afirma que agora precisa “regenerar a si mesma”, reconstruindo sua estrutura financeira e de governança. Guilherme Borlenghi autorizou migração de derivativo da Ambipar Deutsche questiona 'narrativa espetaculosa' da Ambipar Sob questionamentos dos bancos sobre o foro no Rio, a Ambipar aproveita a petição para reforçar seus argumentos na praça. Segundo dados apresentados, o faturamento anual no estado ultrapassa R$ 300 milhões, contra R$ 70 milhões em São Paulo e menos de R$ 2 milhões em Nova Odessa, interior paulista. A Ambipar foi fundada em 1995 por Tércio Borlenghi Júnior. O misterioso FIDC da Ambipar COEs de XP e BTG com papéis de Braskem e Ambipar evaporam
pipelinevalor Tue, 21 Oct 2025 10:34:37 -0000
Nelson Tanure renegocia dívida de R$ 1 bilhão da Ligga Financiamento da holding de telecom, que vencia em dezembro, foi rolado para 2027 https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/nelson-tanure-renegocia-divida-de-r-1-bilhao-da-ligga.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/nelson-tanure-renegocia-divida-de-r-1-bilhao-da-ligga.ghtml
]]> O empresário Nelson Tanure renegociou aquela que é hoje sua maior dívida estruturada, na holding da empresa de telecom Ligga. O Pipeline apurou que houve um acordo entre as partes, nesta segunda-feira, para rolar o vencimento de cerca de R$ 1 bilhão que aconteceria no início de dezembro. Farallon, Prisma, BTG Pactual e Santander concordaram em estender o vencimento do grosso da dívida por dois anos, mediante a um pagamento de fração do crédito em dezembro e da vinculação de mais garantias. O empresário já fez pagamentos referentes a esse crédito e essa cifra era o saldo final. Com as tratativas, Tanure deve desembolsar cerca de R$ 120 milhões no fim do ano. Fundo de pensão da Light pode perder até R$ 237 milhões com Emae Juiz de São Paulo nega pedidos de Tanure em caso Emae Nas últimas semanas, o empresário ficou sob pressão com a perda da Emae por uma antecipação de vencimento de dívida pela XP, a desvalorização das ações da Ambipar, que reduziu seu patrimônio, e a crise de dois bancos com os quais tinha ampla entrada para financiamentos e coinvestimentos — Master e BlueBank. Tanure renegociou vencimento de R$ 1 bilhão que aconteceria em dezembro Léo Pinheiro/Valor Tanure, no entanto, resolveu de uma forma ou de outra duas de suas três maiores dívidas este ano. A primeira, com o Santander, em meados do ano. Com venda de ações da petrolífera Prio, pagou cerca de R$ 800 milhões ao banco, que tem uma fatia remanescente no consórcio da Ligga. A outra eram as debêntures de R$ 520 milhões com a XP, liquidadas. O maior acionista da Light O empresário vinha se alavancando nessas operações principalmente em cima das ações da Prio, mas essa posição diminuiu e está atrelada a contratos. Ele tem, no entanto, outros ativos que desembaraçados, como a posição na Light e na Alliança.
pipelinevalor Mon, 20 Oct 2025 22:45:15 -0000
Fundo de pensão da Light pode perder até R$ 237 milhões com Emae e Ambipar Braslight investiu no FIP Phoenix com o empresário Nelson Tanure, acionista da elétrica https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/fundo-de-pensao-da-light-pode-perder-r-237-milhoes-com-emae-e-ambipar.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/fundo-de-pensao-da-light-pode-perder-r-237-milhoes-com-emae-e-ambipar.ghtml
]]> A fundação de previdência dos funcionários da Light pode ter uma perda de até R$ 237 milhões com ações da Emae e da Ambipar, investimento feito com um dos acionistas de referência da patrocinadora, o empresário Nelson Tanure. Na última demonstração financeira, publicada em dezembro, a Braslight marcava uma posição dessa grandeza no FIP Phoenix, distribuída entre os planos de pensão A/B e C. A alocação no FIP Phoenix representava 6,5% do total de investimentos da Braslight, sendo a maior participação individual. O Phoenix é o veículo de Tanure utilizado para a compra do controle da Emae, no ano passado. Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão Tanure vai brigar por Emae e aciona Justiça no Rio e São Paulo O consórcio liderado pelo empresário comprou a empresa paulista de água e energia, em leilão, por cerca de R$ 1 bilhão. Desse montante, R$ 250 milhões foram bancados pelo empresário Tércio Borlenghi, controlador da Ambipar. Os demais R$ 750 milhões eram do Phoenix: a Braslight bancou cerca de R$ 230 milhões e Tanure financiou R$ 520 milhões com debêntures emitidas pela XP. Braslight é fundação previdenciária dos funcionários da Light Light/IG O FIP tem cotas sênior e subordinadas. Tanure integralizou suas ações da Ambipar no patrimônio do Phoenix, por meio do fundo Esna (que valiam quase R$ 2 bilhões à época e hoje valem R$ 87 milhões). Com essa estrutura, a Braslight não passava do limite de exposição definido pela Previc, que determina que uma fundação não poder ter mais de 25% do PL do fundo. A estrutura base também está descrita na petição do escritório Campinho Advogados, que assessora Tanure na briga pela Emae. Conforme o documento, a Braslight tem 10,28% do FIP e o fundo Ilha de Patmos, veículo de Tanure, detém 85,86% (o restante, de 3,86%, consta como “outros”). O FIP tem 75% da Phoenix S.A., controladora da Phoenix Água e Energia que, por sua vez, era dona de 75% das ações ordinárias da Emae. O maior acionista da Light Tanure vende ações da Alliança para fundo de pensão da Light As debêntures, negociadas com a XP por Tanure e Borlenghi, tinham entre as garantias as ações da Emae. Com inadimplemento de juros dos papéis, a XP antecipou o vencimento e executou a garantia – vendendo as ações da Emae à Sabesp. Se o valor de venda excedesse o valor da dívida, a XP poderia devolver recursos ao fundo. No entanto, o montante foi praticamente o valor da dívida. Isso significa que nem Tanure nem Braslight vão receber algo por ela. Também vai ser difícil obter retorno na outra aposta do fundo, as ações detidas indiretamente na Ambipar. Cada ação da empresa vale R$ 0,58 atualmente e um pedido de recuperação judicial pode ser protocolado nesta semana, indicando o início de um período de reestruturações. Tanure recorreu à Justiça de São Paulo e do Rio para contestar a operação da XP com a Emae – mas, até o momento, só teve derrotas no caso. A Braslight ainda não se envolveu na história. "Como a Braslight tinha cota sênior e o Tanure onerou todas as ações da Emae na garantia, é possível que haja algum direito de retorno do cotista e a fundação não perca todo esse capital por acordo entre eles", especula um executivo do setor. Ao Pipeline, a fundação afirmou que os planos que têm alocação no FIP são superavitários e que a decisão de investimento seguiu as regras internas. Também disse que tem garantias nas cotas, mas sem detalhar. Ambipar tem até quinta-feira para pedir recuperação judicial Em abril, a Braslight investiu em ações da Alliança, rede de clínica diagnóstica que é controlada por Tanure e tem poucos papéis em circulação no mercado, restringindo a liquidez. Foi a maior posição em ações da fundação, no montante de R$ 120 milhões. A correlação entre empresas investidas por Tanure também é identificada no caixa da Emae. A empresa fez um contrato de mútuo com a Milos Participações, emprestando R$ 10 milhões de seu caixa – a Milos, segundo petição do escritório Tepedino Berezowski Poppa, que advoga para a XP, é controlada indiretamente por Tanure. Há registros anteriores de vinculação da Milos com o estaleiro Verolme, que foi tema de processo da CVM sobre suposto abuso de poder do empresário contra minoritários, em 2019. O contrato das debêntures com a XP vetava operações com caixa da Emae e partes relacionadas. A Emae também anunciou recentemente uma transação com o BTG Pactual para comprar debêntures e bônus de subscrição da Light – papéis que o banco tinha adquirido do Master. A Emae também teria investido em CDBs do Bluebank, o banco criado pelo dono da Trustee, Maurício Quadrado. A Trustee é a administradora do FIP Phoenix, do Esna e do Ilha de Patmos. O Bluebank havia sido originado na cisão do Letsbank do Banco Master – mas, no início do mês, o Banco Central vetou essa transação e o Letsbank voltou a ser do Master. Braslight perdeu ações da Emae em execução de dívida do fundo Phoenix divulgação Tanure e Master investiram juntos na Light e, na posição consolidada de ambos pela gestora WNT, eram os maiores acionistas da elétrica. Com a venda de posição do Master, Tanure – que é conselheiro da Light e indicou o chairman – passou a ser o segundo maior acionista. Mubadala analisa fintech do Master O interesse – e engajamento – da Mastercard na venda do Will Bank Procurados pelo Pipeline, Nelson Tanure não comentou e a Braslight enviou a seguinte nota, na íntegra: “Os planos da Braslight, cujos recursos foram investidos no FIP Phoenix, são superavitários e continuarão arcando com os pagamentos aos beneficiários. A Braslight adquiriu cotas sêniores do FIP Phoenix, que possuem remuneração mínima, prioridade no recebimento de juros, amortização e eventual resgate de cotas, além de garantias. Este investimento, assim como todos realizados pela Braslight, seguiu todas as regras de tramitação interna", afirmou a fundação. "A Braslight esclarece que todas as operações financeiras que realiza estão alinhadas com a estratégia de buscar oportunidades de investimentos com garantia e solidez, visando a rentabilidade do seu ativo e a preservação do seu patrimônio”, complementou a Braslight.
pipelinevalor Mon, 20 Oct 2025 22:05:01 -0000
Nova CTO da Loft quer enraizar IA na companhia Uma das 100 primeiras funcionárias da startup é agora uma das poucas mulheres na chefia de tecnologia no país https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/nova-cto-da-loft-quer-enraizar-ia-na-companhia.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/nova-cto-da-loft-quer-enraizar-ia-na-companhia.ghtml
]]> Depois de ser uma das pioneiras na aplicação de machine learning no mercado imobiliário, a Loft quer se tornar “AI native”, com processos internos e externos criados pela linguagem generativa, sob o comando da nova chefe de produto e tecnologia (CPTO), Ana Luiza Romeo. Com transição iniciada em agosto, ela assumiu o cargo no último mês e se reporta ao CEO e fundador, Mate Pencz. “Um dos meus grandes desafios pessoais no cargo é como enraizar a IA dentro da cultura da Loft, do recrutamento a processos internos e produtos para clientes”, diz Romeo, que está na startup desde 2019, quando foi uma das 100 primeiras funcionárias. Agora, a comunicadora formada pela ESPM assume um time de 400 pessoas, incluindo as equipes de produto, designers e desenvolvedores. A fiança da Provence Partners para o CredAluga A pauta da Loft no Conselhão de Lula Nesta semana, a proptech de compra e venda de imóveis lança uma série de recursos baseados em IA generativa para melhorar a experiência de clientes e ajudar imobiliárias a gerar mais negócios. “Hoje, todas as pessoas de tecnologia da Loft usam a inteligência artificial como um meio para criar. É uma competência espalhada pelo time todo”, diz a executiva. Para corretores, a Loft está lançando a Qualifica Leads, ferramenta capaz de realizar triagem de mensagens e gerar respostas automáticas para clientes, reduzindo de seis horas para alguns minutos o tempo de resposta no WhatsApp. A empresa diz que a chance de conversão de venda fica 20 vezes maior com a aplicação. Ana Luiza Romeo, nova CPTO da Loft: “IA é uma competência espalhada pelo time todo” Divulgação No segmento de fiança de aluguel, a Loft tem mais de 500 mil contratos sob gestão, nos quais a IA fará leitura de documentos, extração de dados e verificação de informação. O efeito prático, segundo a empresa, será a redução de 40 para 15 dias no tempo de análise em casos de inadimplência. A Loft também quer levar agentes de IA para simulação de financiamento, cobrança no WhatsApp, geração de leads, criação de dashboards, transcrição de áudio e produção de relatórios. O consumidor final poderá realizar buscas usando linguagem natural. A plataforma também vai transformar fotos em vídeos narrados por corretores transformados em avatares e, em alguns casos, “redecorar” os imóveis. Data centers movimentam mais de R$ 10 bi por ano no mercado imobiliário Na disputa entre QuintoAndar e Loft, a EmCasa corre por fora pelos corretores “Para nós, a IA é um meio, e não um fim, que vai ajudar a nos diferenciar no mercado e ser a empresa preferida das imobiliárias”, explica Romeo, que não espera resultados desses investimentos no curto prazo. A expectativa é aumentar o número de clientes e acelerar a geração de negócios. A proptech nasceu em 2017 utilizando aprendizado de máquina para levantar dados do mercado e ajudar na precificação dos imóveis, eliminando diferenças bruscas nos valores dos bens. “A inteligência generativa é mais democrática e rápida. Para fazer os modelos de precificação, tínhamos que ter um time de especialistas e demorava mais tempo. Hoje, podemos fazer coisas diferentes do que estávamos acostumados, tudo mudou”, redefine a CPTO.
pipelinevalor Mon, 20 Oct 2025 10:01:10 -0000
Aleve vende lawtech Cria.AI para veterana de software jurídico Startup receberá R$ 10 milhões por 51% do capital para agilizar vida dos grandes escritórios https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/aleve-vende-lawtech-criaai-para-veterana-de-software-juridico.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/aleve-vende-lawtech-criaai-para-veterana-de-software-juridico.ghtml
]]> As lawtechs, ou legaltechs, são a bola da vez no venture capital. Startups que buscam facilitar ou automatizar a parte mais burocrática da rotina de um escritório de advocacia se multiplicaram nos últimos anos. Foi esse aumento de demanda por parte dos advogados e de investidores que fez a Aleve, venture builder do mundo jurídico, investir em 2023 na Cria.AI – e que, agora, está sendo vendida para a Preâmbulo Tech. Longe de ser uma novata, a Preâmbulo foi fundada em 1988 focada no B2B. A criadora do software de automação e gestão de escritórios de advocacia CPJ-3C deve aportar um total de R$ 10 milhões na Cria.AI ao longo do primeiro semestre e ficar com 51% do capital. Desde que recebeu um aporte da KPTL em 2021, essa é a décima startup que a Preâmbulo adquire. Mudança de dono revigora agência de viagens Zarpo zMatch, do fundador da Webmotors, volta a rodar com novos sócios A transação marca uma rara saída de venture builder de uma empresa brasileira nos últimos anos. Com ela, a Cria.AI passa a integrar os sistemas presentes em 70% dos maiores escritórios do país, com mais de 5 mil clientes corporativos e 14 milhões de processos ativos – ante uma estimativa de 84 milhões de ações em curso no país todo. Fundada pelos engenheiros Caio Rossetto, CEO, e Vittório Girardi, CTO, a Cria.AI automatiza a redação de petições, inicialmente com o objetivo de aumentar a produtividade de advogados em escritórios de pequeno e médio porte – foco no B2C, portanto –, especialmente nos casos de contencioso de massa, com petições e defesas repetitivas. Vittório Girardi e Caio Rossetto, da Cria.AI: começo no B2C com foco em escritórios pequenos como o da mãe de Rossetto Divulgação “Começamos com o objetivo de ajudar advogados sobrecarregados de escritórios pequenos e médios, como a mãe do Caio, que trabalhava até tarde e nos fins de semana. Hoje, a IA consegue ler mil páginas de um processo e gerar uma contestação quase pronta, sem substituir o papel crítico do advogado”, conta Girardi. “A chegada da Preâmbulo reforça nossa capacidade de escalar soluções e de atender o mercado jurídico com ainda mais robustez e inovação”, acrescenta Rossetto. Com a dor e a delícia de ser uma empresa com 300 colaboradores, a Preâmbulo vê nas aquisições um ganho de agilidade. “Quando você se torna desse tamanho, no mercado de SaaS, você não consegue responder pontualmente às demandas de cada cliente, mas uma startup pode fazer isso”, define o CEO Kazan Costa. KPTL faz aporte em mais duas govtechs i4sea, de inteligência climática, recebe cheque de R$ 7,5 milhões da KPTL Para a CEO da Aleve, Priscila Spadinger, a venda consolida a tese da venture builder de estruturar negócios jurídicos do zero até a saída ao mercado. “Nosso modelo não é de aporte financeiro, mas de construção. Entramos com squads, governança, compliance e apoio estratégico aos fundadores. Quando a startup chega a um valuation de R$ 20 milhões, buscamos a venda”, explicou. A Aleve mantém hoje 13 startups no portfólio e prevê alcançar R$ 200 milhões em valuation consolidado em 2025. Segundo a executiva, o movimento também simboliza a retomada gradual do capital de risco após um período de retração. “Foram anos gelados para o venture capital, mas a partir de 2025 o cenário começa a mudar. A venda da Cria.AI mostra que o mercado jurídico pode gerar liquidez e atrair investimento estratégico”, disse.
pipelinevalor Mon, 20 Oct 2025 09:01:46 -0000
Ambipar tem até quinta-feira para pedir recuperação judicial Sem protocolo, companhia deixa de ficar protegida contra vencimentos antecipados de dívida https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-tem-ate-quinta-feira-para-pedir-recuperacao-judicial.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-tem-ate-quinta-feira-para-pedir-recuperacao-judicial.ghtml
]]> Ambipar prepara reestruturação em dívida de R$ 10,7 bilhões Divulgação A Ambipar deve entrar com o pedido de recuperação judicial nesta semana, considerando que ainda não houve avanço em conversas com credores e que a companhia está protegida contra vencimentos somente até o dia 23, quinta-feira, quando acaba o prazo da cautelar antecedente. Para manter a proteção contra cobrança de dívidas, portanto, precisa protocolar a RJ até essa data. O pedido pode acontecer já na segunda-feira. “Estamos avaliando, pois temos até o dia 23. É provável que seja amanhã”, disse ao Pipeline neste domingo uma fonte envolvida no caso. O caixa da Ambipar na pré-RJ Ambipar entra com pedido de cautelar contra credores A Ambipar soma cerca de R$ 11 bilhões em dívida. A empresa é assessorada pelos escritórios Salomão Advogados e Galdino Advogados.
pipelinevalor Sun, 19 Oct 2025 22:40:23 -0000
O novo luxo: pertencimento, bem-estar e arquitetura com alma Sofisticação não está na ostentação, mas na capacidade de provocar emoção, avaliam Henrique Blecher e Silvia Nogueira https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/o-novo-luxo-pertencimento-bem-estar-e-arquitetura-com-alma.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/o-novo-luxo-pertencimento-bem-estar-e-arquitetura-com-alma.ghtml
]]> O mercado imobiliário de luxo vive um paradoxo. Ao mesmo tempo que entrega imóveis com metragens generosas, acabamentos requintados e vistas desobstruídas, ainda tropeça em oferecer mais do mesmo — uma sofisticação padronizada, que cumpre checklists, mas não emociona. A grande virada que estamos presenciando é a transição de um luxo mensurado em ostentação para um luxo que antecipa desejos subjetivos e não ditos: conforto emocional, bem-estar real, identidade estética e originalidade de narrativa. Apê de grife: como as marcas de luxo invadiram o mercado imobiliário Fã de Ferrari na adolescência, ex-Gafisa lança projeto com Pininfarina no Rio Muito já se disse sobre o assunto. Mas o verdadeiro luxo não está apenas no que se vê – ele está, sobretudo, no que se sente. É silencioso, porém profundo. Invisível aos olhos, mas essencial à vida. Está no conforto térmico que acalma, no silêncio que protege, na luz que respeita nossos ciclos internos e no ar que se respira com tranquilidade dentro de casa. Henrique Blecher: longa jornada no mercado imobiliário Carol Carquejeiro/Valor O Brasil ocupa hoje a nona posição entre os países com maior número de indivíduos com patrimônio acima de US$ 1 milhão, segundo o World Wealth Report 2024. Só em São Paulo, o número de imóveis acima de R$ 10 milhões vendidos dobrou nos últimos três anos, com compradores cada vez mais exigentes, informados e sensíveis ao design, à inovação e à sustentabilidade. Não basta ser exclusivo. É preciso ser memorável. Essa mudança de percepção abre espaço para projetos que não se limitam ao concreto, mas propõem experiências sensoriais, estéticas e culturais. Nesse contexto, multiplicam-se no país empreendimentos que associam grifes de prestígio a certificações que valorizam saúde e sustentabilidade. Um exemplo desse movimento é o avanço de projetos residenciais brasileiros com o Healthy Building Certificate (HBC), selo internacional que atesta a saudabilidade dos espaços construídos — tendência já consolidada em cidades como Nova York, Londres e Copenhague, que recentemente chegou ao Rio de Janeiro, no ATTO design by Pininfarina. Apê de oito dígitos: imóveis de superluxo batem recorde em São Paulo Arquitetura enfrenta extremos climáticos no Ibirapuera Mais do que uma chancela técnica, o HBC simboliza um novo paradigma: projetar para curar, e não apenas para impressionar. Num mundo urbano cada vez mais acelerado e ansioso, projetar espaços que restabeleçam a conexão entre o humano e o natural é uma urgência. Não basta ter vista para o mar ou para o verde: é preciso trazer o mar para dentro, simbolicamente. Criar interiores que inspirem pausa, presença e respiração profunda. A arquitetura autoral vem preenchendo essa lacuna como força de diferenciação e valor percebido, se distanciando da lógica meramente comercial e se aproximando cada vez mais de um produto cultural — algo que desperta desejo não apenas pela função, mas pelo que representa. Bioma, de edifícios-butique, mira ‘incorporação as a service’ A inovação no mercado imobiliário, portanto, não está apenas na tecnologia embarcada ou nas metas de ESG, mas também no campo das ideias. Assim como no passado artistas e arquitetos como Niemeyer, Burle Marx e Athos Bulcão ajudaram a moldar a identidade das cidades brasileiras, hoje a arquitetura de alto padrão volta a buscar propósito e autoria — e, com isso, recupera o poder de emocionar. O mercado precisa entender que metragem, marca e endereço são o ponto de partida, e não mais de chegada. Enquanto parte do setor repete fórmulas, outros começam a propor o novo: edifícios que não apenas abrigam, mas expressam; interiores que não apenas acomodam, mas comunicam. A arquitetura do futuro não será apenas inteligente. Ela será afetuosa. No fim das contas, o verdadeiro luxo não está no mármore, nem no número de vagas na garagem ou no móvel assinado. Está na capacidade de um projeto provocar emoção e fazer alguém dizer: “Eu quero morar aqui.” Antes mesmo de saber por quê. *Henrique Blecher é advogado com formação em filosofia e psicanálise, CEO da ARKT Incorporadora e da Nivi Capital e ex-CEO da Gafisa; Silvia Nogueira é arquiteta e urbanista da ARKT Incorporadora, pós-graduada em Gestão Empresarial, com certificação internacional do Healthy Building Certificate (HBC)
pipelinevalor Sun, 19 Oct 2025 11:01:26 -0000
O fim do especialista: como a Nasa e Marte ensinam que versatilidade é sobrevivência Empresas e líderes que prosperam em ambientes incertos transformam pressão em sobrevivência, escreve Pedro Thompson https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/o-fim-do-especialista-como-a-nasa-e-marte-ensinam-que-versatilidade-e-sobrevivencia.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/o-fim-do-especialista-como-a-nasa-e-marte-ensinam-que-versatilidade-e-sobrevivencia.ghtml
]]> Erin Berger, jornalista americana com passagens por The Atlantic, The New York Times e Literary Hub, tem como marca explorar a fronteira entre o humano e o ambiente extremo, transformando o ordinário em extraordinário (em suas palavras). Em seu artigo mais recente, publicado em 17 de junho no The Atlantic, ela lança uma provocação que deveria ecoar muito além do espaço sideral: que tipo de astronauta a Nasa precisará escolher para, enfim, levar uma tripulação a Marte? A reportagem mostra que vozes internas da própria agência já admitem o inevitável: o perfil clássico da Nasa, baseado em engenheiros e PhDs hiperespecializados, começa a dar lugar a aventureiros, exploradores e profissionais capazes de acumular múltiplas funções e improvisar sob pressão. Para chegar a Marte, não basta profundidade em uma única disciplina. É preciso versatilidade. O especialista estreito, que moldou a era espacial do século XX, dá lugar a um novo perfil, capaz de domar o caos e até se alimentar dele para transformar incerteza em sobrevivência. O astronauta veste Prada: grife italiana vai desenhar uniformes da Nasa Brasil: entre o alfa e o beta Berger exemplifica essa transição com personagens que parecem saídos de outro planeta, mas que são bem terrenos. Joe Dituri, mergulhador e engenheiro biomédico, viveu cem dias em um laboratório submerso para estudar os efeitos do isolamento extremo. Christina Koch, hoje astronauta, acumulou experiência em bases remotas na Antártica antes de quebrar recordes de permanência no espaço. Esses perfis híbridos unem ciência, aventura e resiliência. O paralelo com o mundo corporativo é direto: não basta a excelência técnica isolada. Empresas e líderes que prosperam em ambientes incertos são aqueles que transitam entre frentes distintas, adaptam-se rápido e transformam pressão em sobrevivência. Darwinismo puro. Empresas e líderes que prosperam em ambientes incertos são aqueles que transitam entre frentes distintas e adaptam-se rápido Pixabay A ciência reforça essa leitura. Pesquisas em psicologia organizacional, como o Leadership Versatility Index (Kaplan & Kaiser), comprovam que os líderes mais eficazes não são lineares, mas paradoxais – capazes de oscilar entre firmeza e flexibilidade, foco em resultados e em pessoas. Estudos em estações polares e submarinos nucleares (Sandal et al., Aviation, Space, and Environmental Medicine, 2006) mostram que times sobrevivem em isolamento quando cada membro domina mais de uma competência e a coesão emocional sustenta a missão. A neurociência também se alinha: cognitive flexibility (Scott et al., Nature Reviews Neuroscience, 2015) é a chave para reconfigurar estratégias sob pressão. O recado é claro: tanto astronautas quanto executivos precisam ser “aces of several trades”. Job description rígida? Morreu. A profundidade técnica isolada? Insuficiente. O caos, antes inimigo, agora é matéria-prima para o sucesso. O que o rally me ensinou sobre competir, empreender e liderar O texto de Erin Berger é mais do que uma reportagem sobre a Nasa. É um alerta para nós, aqui na Terra. As missões extraordinárias, sejam elas colonizar Marte ou atravessar mercados voláteis, não serão conduzidas por especialistas de laboratório, mas por líderes capazes de transformar incerteza em matéria-prima. A exigência contemporânea não é apenas conhecimento técnico, mas jogo de cintura, humildade e a habilidade de alternar papéis que se complementam e se antagonizam. No futuro multifacetado que se desenha, sobreviverão os versáteis. E talvez essa seja a lição mais poderosa que Marte tem a oferecer ao capitalismo terrestre. Para quem quiser mergulhar no texto original, recomendo a leitura integral do artigo de Erin Berger no The Atlantic. *Pedro Thompson é fundador da Tuesday Capital e membro do conselho do Inteli; foi CEO de Alliança e Estácio, e sócio do BTG
pipelinevalor Sun, 19 Oct 2025 10:01:28 -0000
OPINIÃO: Mais tributos para fintechs é retroceder em inclusão financeira Elevar carga é punir inovação ante as vantagens dos grandes bancos, escreve presidente da Zetta https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/opiniao-mais-tributos-para-fintechs-e-retroceder-em-inclusao-financeira.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/opiniao-mais-tributos-para-fintechs-e-retroceder-em-inclusao-financeira.ghtml
]]> Nos anos 2000, ser cliente de um banco no Brasil significava pagar caro por serviços básicos. Transferências, saques e até a emissão de extratos vinham acompanhados de tarifas que, somadas, podiam ultrapassar R$ 180 por mês. Ter um cartão de crédito simples era privilégio de poucos. Desde então, o avanço da tecnologia e o surgimento das fintechs transformaram esse cenário. A entrada de novos competidores reduziu custos, ampliou o acesso e aumentou a transparência no setor. Ainda assim, os grandes bancos continuam obtendo receitas expressivas com tarifas – em 2024, os dez maiores do país arrecadaram R$ 43,9 bilhões apenas com essas cobranças, valor por cliente 34 vezes superior ao das fintechs, segundo dados da Zetta. Por que é bom para o país uma CVM forte É hora de um Sistema Nacional de Mudança do Clima Nos últimos anos, o debate sobre a tributação das fintechs tem ganhado força. O argumento de que o setor contribuiria menos para a arrecadação ignora, no entanto, diferenças estruturais entre bancos e instituições digitais. A tributação efetiva sobre a renda das maiores fintechs foi, em média, de 29,7% em 2024, ante 12,2% dos grandes bancos, conforme levantamento da associação. Essa disparidade decorre da diferença entre alíquotas nominais – as previstas em lei – e as efetivas, que refletem o imposto realmente pago após deduções e abatimentos. A elevação de tributos, especialmente da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), teria impacto relevante sobre um setor que ajudou a ampliar o acesso de milhões de brasileiros ao sistema financeiro. Fintechs, instituições de pagamento e plataformas digitais simplificaram a abertura de contas, eliminaram tarifas excessivas e ampliaram o crédito a públicos historicamente excluídos – do microempreendedor ao trabalhador informal. Lopes, da Zetta: tributação efetiva sobre maiores fintechs em 2024 foi de 29,7% em média, contra 12,2% dos grandes bancos Divulgação Esses avanços foram impulsionados por medidas do Banco Central, como o Pix e o Open Finance, que estimularam a competição e inspiraram outros países. Hoje, quase 60% dos clientes de fintechs no Brasil afirmam ter tido, por meio dessas empresas, o primeiro contato com produtos e serviços financeiros – o índice mais alto da América Latina. Além de promover inclusão, o crescimento das fintechs também ajudou a reduzir o custo do crédito. Estudos do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central identificaram que a maior concorrência trazida por novas instituições levou os bancos a rever taxas de juros. Experiências semelhantes foram registradas em outros mercados: quando a competição aumenta, os preços tendem a cair. Estalos no Império Reserva para mulheres em conselho é avanço concreto em governança de estatais O desafio agora é preservar os ganhos obtidos e buscar equilíbrio tributário. As fintechs ainda respondem por uma fatia pequena do crédito e dos depósitos – cerca de 6% em cada caso – frente ao domínio dos grandes bancos. Uma tributação desproporcional poderia frear o dinamismo desse ecossistema e afetar justamente os consumidores que mais se beneficiaram da abertura do setor. Manter um ambiente regulatório estável e justo é essencial para que a inovação siga contribuindo com o desenvolvimento do sistema financeiro brasileiro. A consolidação das fintechs não é apenas uma questão de tecnologia ou mercado, mas também de ampliar as oportunidades de acesso e autonomia financeira para milhões de pessoas. *Eduardo Lopes é presidente da Zetta, associação que representa fintechs, diretor sênior de políticas públicas do Nubank, membro do Conselho da Associação Open Finance Brasil e diretor técnico da ABBC (Associação Brasileira de Bancos)
pipelinevalor Sun, 19 Oct 2025 09:01:50 -0000
Dois irmãos no comando do Goldman Sachs na América Latina Promovido, Fernando Rivera será co-head do banco na região com Osmin Rivera https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/dois-irmaos-no-comando-do-goldman-sachs-na-america-latina.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/dois-irmaos-no-comando-do-goldman-sachs-na-america-latina.ghtml
]]> Numa inusitada e provavelmente inédita composição em bancos internacionais, dois irmãos executivos ascenderam ao mesmo patamar no Goldman Sachs e vão compartilhar o comando do banco na América Latina. O Goldman anunciou hoje que Fernando Rivera, que era corresponsável global de estratégias e estruturação de vendas de renda fixa, moedas e commodities (FICC), chefe de vendas regionais para mercados emergentes nas Américas e co-head de trading de crédito estruturado e empréstimos para a América Latina, passa a ser co-head do banco na região. Assim, vai dividir a chefia com Osmin Rivera, que está no cargo há quase dois anos. O novo chefe do Goldman Sachs na América Latina Gustavo Miranda deixa J.P. Morgan e vai para o Goldman De origem hondurenha, os irmãos estão há mais de 15 anos no banco. Fernando entrou 2006 como associado e se tornou managing director em 2012, depois sócio em 2022. Osmin entrou em 2010, virou MD em 2013 e sócio em 2020. Osmin, que antes chefiava a área de moedas, juros e trading de crédito para mercados emergentes, responsável por equipes na Cidade do México, São Paulo e Nova York, foi promovido a co-head em dezembro de 2023, então ao lado de John Greenwood. No banco de investimento do Citi, sobem Pagano e Coutinho Agora, Greenwood assume uma posição global, como chefe de financiamento de infraestrutura e ativos reais da área de Capital Solutions. Além de co-head do banco na região, Fernando Rivera também se torna chefe de banco de investimento para América Latina e fará parte do grupo global chefiado por Greenwood em soluções de capital. Fernando Rivera será co-head do Goldman na América Latina e chefe de IB Divulgação Na reorganização, o Goldman ainda nomeou Paula Moreira e Ramiro Menchaca como corresponsáveis de vendas regionais para os mercados emergentes nas Américas. Os executivos vão acumular o cargo junto com as atuais áreas. Bancos de investimento ajustam times, sob expectativa de 2026 O futuro de Maurício Quadrado sem o Bluebank Moreira gere a mesa de vendas e trading de renda fixa, moedas e commodities (FICC) e é cogestora do negócio de serviços prime na América Latina. A executiva está no banco há 23 anos e ingressou como associada em 2002, sendo nomeada como managing director em 2012. Já Menchaca é CEO da Goldman Sachs México Casa de Bolsa, responsável por supervisionar os times de vendas e trading de ações e FICC, além de liderar o time local da Federação no México. O executivo ingressou no Goldman Sachs em 2000, retornou em 2005 e foi nomeado managing director em 2019.
pipelinevalor Fri, 17 Oct 2025 19:46:24 -0000
Carla Madeira vende sua agência de publicidade em BH Lápis Raro foi comprada pelo grupo Partners, um dos maiores do estado https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/carla-madeira-vende-sua-agencia-de-publicidade-em-bh.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/carla-madeira-vende-sua-agencia-de-publicidade-em-bh.ghtml
]]> A publicitária e renomada escritora Carla Madeira vendeu a agência de publicidade Lápis Raro, que fundou com sócias em Belo Horizonte há 38 anos. Uma das maiores do estado, a agência foi comprada pelo grupo Partners, que atua também em outras verticais de comunicação, como relações públicas, marketing digital e análise de dados. A transação foi assessorada pela butique financeira Araújo Fontes, em conversas que levaram pouco mais de um ano até o contrato final. As fundadoras vão continuar na operação, agora sob novo dono. Madeira é presidente do conselho, Grasiela Scalioni é CEO e Cris Cortez é a diretora de criação. 'Éramos veganos em LLM e estávamos bem', diz escritor Ted Chiang EB e Luciano Huck estão fora das negociações pelo Will Bank A aquisição faz parte da estratégia da Partners de expansão e diversificação, com a meta de bater R$ 100 milhões em receita ao final do ano que vem - o que significaria dobrar de tamanho. Com extensa carreira em publicidade, Madeira publicou seu primeiro livro, "Tudo é rio", em 2014, aos 50 anos de idade. Depois, vieram A Natureza da Mordida e Véspera. Publicou também um conto em "Tempo aberto: Oito décadas em oito contos de grandes autores brasileiros" e tem um lançamento a caminho. Uma das autoras brasileiras mais lidas nos últimos anos, vendeu cerca de 1,2 milhão de exemplares. Paramount põe à venda rede de cinemas UCI no Brasil Carla Madeira, literatura e biologia para as CEOs Carla Madeira fundou Lápis Raro com sócias em Belo Horizonte, em 1987 Maria Tereza Correia/Valor
pipelinevalor Fri, 17 Oct 2025 14:35:48 -0000
Raízs enche a cesta com IA para prever demanda e dobrar margens Mercado saudável quer automatizar pequenos produtores e resolver gargalos do varejo https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/raizs-enche-a-cesta-com-ia-para-prever-demanda-e-dobrar-margens.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/raizs-enche-a-cesta-com-ia-para-prever-demanda-e-dobrar-margens.ghtml
]]> O supermercado saudável digital Raízs quer levar inteligência artificial para o campo, com objetivo de facilitar tanto a vida da empresa – que consegue aumentar margens mesmo quando startups do segmento como Frubana, Diferente e Jüsto fecham as portas – como ajudar o pequeno produtor familiar, acostumado a imprevisibilidades do tempo e do varejo. Nos últimos dois anos e meio, a Raízs decidiu desenvolver um sistema interno de IA baseado em machine learning, capaz de prever a demanda por frutas, legumes e verduras para até três anos. Analisando a curva de procura e validade de até 3 mil itens (como diferentes tipos de batatas e de laranjas, por exemplo), a IA chega a ter precisão de mais de 90% para cada SKU. Capitalizada pelo iFood, Shopper dobra capacidade logística Após levar Do Bem, Tial negocia outras aquisições para atingir primeiro bilhão A tecnologia, aplicada a um segmento pouco digital como a agricultura familiar, resolve problemas comuns ao varejo alimentar: redução de desperdício, escoamento de excessos, previsão de receita e antecipação de rupturas na cadeia, como as provocadas pelas mudanças climáticas. “A IA aumenta a nossa margem em relação ao mercado, o que faz com que a gente tenha um nível de eficiência em relação a outros nomes tanto do varejo online quanto físico”, explica Tomás Abrahão, CEO da Raízs, fundada por ele quando tinha 22 anos de idade, em 2016. Segundo ele, a empresa opera com margens de operação 50% maiores do que outras empresas do mercado. Tomás Abrahão, fundador e CEO da Raízs: “Nosso propósito não é vender tudo, mas ter curadoria do que é saudável” Divulgação No futuro, a empresa quer oferecer produtos de crédito para esses produtores, criando uma nova fonte de receita. Cinco grandes varejistas já procuraram a empresa para pedir licenciar esse tipo de solução, ainda em estudo. “A cadeia inteira do varejo é informal, seja o produtor, o distribuidor, o mercado tradicional. Não existe uma estrutura de dados como a nossa”, explica o CEO. Com esses investimentos, o faturamento da empresa cresceu 30% em 2024, percentual que ele espera repetir neste ano – ao atingir R$ 50 milhões alavancado pela compra de ativos de startups que fecharam – e no próximo, com R$ 65 milhões. Americanas atrai cinco interessados no Natural da Terra Ex-unicórnio, Daki reduz rede e busca aliados para encurtar caminho até o breakeven A Raízs nasceu com foco em vender alimentos orgânicos, ligando diretamente o produtor ao consumidor. A empresa aumentou o escopo para alimentos saudáveis em geral durante a pandemia, incluindo não orgânicos e produtos minimamente industrializados. “Nosso propósito não é vender tudo, mas ter uma curadoria do que é saudável”, explica Abrahão. Desde 2022, a Raízs demitiu pessoal, tornou a operação mais enxuta e estabeleceu meta de breakeven, alcançada em 2023 contrariando o mercado. Em julho, a colombiana Frubana, que vendia frutas e legumes no B2B, encerrou a operação no país após captar US$ 270 milhões. No ano passado, a mexicana Jüsto, investida da General Atlantic, também decidiu sair do Brasil. Rappi expande ultrarrápido para peitar iFood, Daki, Shopper e até Oxxo No Brasil, nomes como Diferente, Mercê e Favo, capitalizadas por fundos de venture capital, fecharam as portas. Restam nomes como Shopper (investida do iFood) e Trela (do SoftBank), enquanto a área de entregas ultrarrápidas conta com Daki e Rappi. A Raízs não busca novas captações no curto prazo. Em 2022, fez uma série A de R$ 20 milhões, liderada por Solum Capital e acompanhada por KPTL, Marcelo Bazzali (ex-GPA), Pedro Navio (da Kraft Heinz) e Heloisa Guarita (da consultoria RG Think). Neste ano, fez um follow-on com os investidores da base, diz Abrahão sem revelar o valor do cheque.
pipelinevalor Fri, 17 Oct 2025 12:30:58 -0000
Com El-Erian, Gramercy amplia aposta no Brasil Gramercy foca crédito privado em agro, infraestrutura e imobiliário https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/ex-pimco-mohamed-el-erian-amplia-aposta-no-brasil.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/ex-pimco-mohamed-el-erian-amplia-aposta-no-brasil.ghtml
]]> A gestora americana de investimentos alternativos Gramercy, que tem Mohamed El-Erian como presidente do conselho, está captando seu quarto fundo de crédito privado de US$ 1,5 bilhão voltado para mercados emergentes e pretende ampliar os investimentos no Brasil, disse Tomas Serrantes, sócio de capital solutions da Gramercy ao Pipeline. A gestora, que tinha US$ 7,4 bilhões sob gestão em março, já levantou US$ 760 milhões nessa carteira, após reduzir a alocação em Brasil para cerca de 15% na terceira, que soma US$ 685 milhões. No novo portfólio, quer aumentar a posição para até 25%, mais próximo das duas primeiras. “Cerca de 70% a 80% dos recursos do nosso fundo estão investidos na América Latina, a maior parte no México”, disse Serrantes, que participou do evento Uqbar Day nesta semana. Para Oaktree, crédito privado continua atrativo apesar de incertezas tarifárias Demanda de investidor faz XP ampliar portfólio de fundos de crédito gringos A gestora, que no passado chegou a investir em ativos estressados como Odebrecht Engenharia & Construção (OEC) e Samarco, agora mira investimentos em crédito high yield, para empresas de maior risco de crédito e maior retorno sem necessariamente estarem em dificuldades financeiras. “Nossa preferência não é para dívida distressed, mas sim para financiar crescimento”, disse o executivo. Entre os setores que a gestora tem olhado, estão o agronegócio, infraestrutura e imobiliário. No campo, a Gramercy tem parceria com a Easy Access Trading (EAT), plataforma de crédito com garantia para segmentos como açúcar, álcool e grãos. A gestora também tem avaliado investir em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) em dólar. “Vemos oportunidades em investir em FIDCs, mas esse mercado é muito competitivo no Brasil”, disse Serrantes. Mohamed El-Erian: ex-Pimco é presidente do conselho da Gramercy Leo Rodrigues/Valor Os fundos da Gramercy buscam, em geral, um retorno de 12% a 13% em dólar. Neste ano, a gestora concedeu um financiamento de US$ 15 milhões para a Frooty, investida do Pátria especializada na venda de açaí, alongar a dívida. Um dos desafios em investir no Brasil, segundo Serrantes, é a volatilidade do câmbio, já que a gestora mira retornos em dólar. Os juros elevados, a complexidade regulatória e o mercado de capitais doméstico competitivo são outros fatores que explicam a menor alocação no país.
pipelinevalor Fri, 17 Oct 2025 10:30:58 -0000
Mubadala analisa fintech do Master Fundo árabe está entre potenciais interessados no Will Bank https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/mubadala-analisa-fintech-do-banco-master.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/mubadala-analisa-fintech-do-banco-master.ghtml
]]> Will Bank é controlado pelo Banco Master e tem R$ 7 bi em CDBs garantidos pelo FGC Divulgação Depois de um baque com a desistência de Luciano Huck e da EB Capital de comprar o Will Bank, o Master segue correndo atrás de potenciais interessados na fintech. Assessorado pela Laplace, o banco tem conversado com fundos e instituições locais e estrangeiras. Quem chegou recentemente às conversas foi o fundo árabe Mubadala, apurou o Pipeline. A análise pelo fundo está em estágio "bastante inicial" e pode não avançar, disseram as fontes. A venda do Will Bank é peça-chave para o Master ganhar tempo com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e evitar uma intervenção. EB e Luciano Huck estão fora das negociações pelo Will Bank Mastercard pode disponibilizar capital ao comprado do Will Bank
pipelinevalor Fri, 17 Oct 2025 09:01:03 -0000
O interesse – e engajamento – da Mastercard na venda do Will Bank Companhia americana estaria disposta a ajudar financeiramente na aquisição https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-interesse-e-engajamento-da-mastercard-na-venda-do-will-bank.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-interesse-e-engajamento-da-mastercard-na-venda-do-will-bank.ghtml
]]> A americana Mastercard tem se engajado em conversas sobre a venda do Will Bank, apurou o Pipeline. A depender do comprador, a companhia americana estaria disposta a ajudar financeiramente na aquisição. Cerca de R$ 6 bilhões em recebíveis futuros de cartão de clientes do Will Bank foram intermediados pela bandeira, segundo fontes. A Mastercard chegou a sinalizar um suporte financeiro entre R$ 1,4 bilhão a R$ 1,7 bilhão para a EB Capital fechar a transação, apurou o Pipeline. Isso poderia se dar, por exemplo, em adiantamento comercial. O CEO da Mastercard no Brasil, Marcelo Tangioni, e o CEO global da empresa de cartões, Michael Miebach, têm se envolvido diretamente no assunto. A EB, no entanto, já desistiu da aquisição. Segundo fontes, a Mastercard ainda avalia se há outro potencial comprador que faria sentido apoiar. Procuradas pelo Pipeline, a EB disse que não iria comentar e a Mastercard respondeu que "não comenta rumores ou especulações de mercado" . EB e Luciano Huck estão fora das negociações pelo Will Bank O desafio da Laplace no mandato do Master Bandeira de cartão de crédito, Mastercard se movimenta nos bastidores da venda do Will Bank Divulgação
pipelinevalor Thu, 16 Oct 2025 23:09:03 -0000
Ambipar diz a credores que FTI vai auditar seu caixa Empresa prometeu mais transparência sobre alocação de recursos https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-diz-a-credores-que-fti-vai-auditar-seu-caixa.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-diz-a-credores-que-fti-vai-auditar-seu-caixa.ghtml
]]> Em conversas com credores, Ambipar disse que contratou a FTI Consulting para fazer uma auditoria independente em seu caixa e avaliar o contrato de derivativos que fez com o Deutsche Bank, apontado pela companhia como gatilho de sua crise financeira. A bondholders, a empresa disse que a contratação visa dar "maior transparência" sobre sua liquidez diante de dúvidas do mercado sobre a alocação de seus recursos. Debenturistas da Ambipar contratam escritório para dívida de R$ 2 bi Controlador da Ambipar diz que Bradesco e Opportunity venderam 6% de suas ações Guilherme Borlenghi autorizou migração de derivativo da Ambipar Procuradas, a Ambipar e a FTI não comentaram o assunto. Ambipar: empresa promete "mais transparência" a credores Reprodução
pipelinevalor Thu, 16 Oct 2025 22:03:43 -0000
EB e Luciano Huck estão fora das negociações pelo Will Bank Apresentador avaliava investimento junto com a firma de Eduardo Melzer https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/eb-e-luciano-huck-estao-fora-das-negociacoes-pelo-will-bank.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/eb-e-luciano-huck-estao-fora-das-negociacoes-pelo-will-bank.ghtml
]]> A negociação pelo Will Bank sofreu uma baixa nesta semana, com a saída da EB Capital e de Luciano Huck das tratativas. A gestora de Eduardo Melzer era a principal candidata à aquisição, em fase avançada de auditoria no ativo, em conversas que correram ao longo do último mês, apurou o Pipeline. Fundada como private equity, a EB vem crescendo em crédito e teria sido chamada no processo pela Laplace, que assessora o Master na venda. Foi o envolvimento de Melzer no negócio que trouxe à mesa o apresentador – os dois são amigos de longa data e o Will Bank é um anunciante relevante no programa de Huck na TV. Mastercard pode disponibilizar capital ao comprador do Will Bank O alívio que a venda do Will Bank pode dar ao Master - e ao FGC O apresentador costuma se aprofundar nas empresas com quem faz publicidade e, dado o perfil popular do Will Bank e a análise do amigo financista, cogitou se associar na aquisição. Melzer já tinha feito algumas conversas também com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A dupla era bem vista no regulador, mas acabou decidindo ficar de fora do negócio e já comunicou que a desistência é definitiva, segundo fontes próximas ao processo de venda. Apresentador e empresário Luciano Huck avaliou investir com a EB no Will Bank Mattias Nutt/WEF O colunista Lauro Jardim, de O Globo, havia antecipado a desistência da EB do processo. A expectativa de envolvidos na venda, no entanto, era convencer a gestora a se reengajar na aquisição, melhorando as condições para sair negócio. Mas o entendimento dos potenciais compradores teria sido que o turnaround levaria tempo, colocando risco adicional na carteira da EB, que ainda está crescendo nesse segmento. Fontes avaliam que, pelo perfil do negócio, faria mais sentido um comprador que já tem uma operação de crédito de varejo e pode diluir custos. Procurados, EB e Huck não comentaram.
pipelinevalor Thu, 16 Oct 2025 20:17:46 -0000
Paramount negocia venda da rede de cinemas UCI no Brasil e na Argentina Grupo de mídia contratou a G5 Partners para tratativas com fundos e estratégicos https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/paramount-negocia-venda-da-rede-de-cinemas-uci-no-brasil-e-na-argentina.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/paramount-negocia-venda-da-rede-de-cinemas-uci-no-brasil-e-na-argentina.ghtml
]]> Terceiro maior operador de salas de cinema no Brasil, a UCI deve mudar de dono em breve. Controlada pelo grupo Paramount Skydance, a companhia tem conversado com fundos de investimentos e empresas de entretenimento para a venda da operação no país, assessorada pela G5 Partners, apurou o Pipeline. Mastercard pode entrar com dinheiro na compra do Will Bank A rede detém 29 complexos de cinema, com 240 salas, espalhadas por 14 cidades, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador. As tratativas acontecem após a UCI registrar o maior faturamento de seus mais de 25 anos no país. Em 2024, a receita foi de R$ 360 milhões, com Ebitda de R$ 25 milhões, de acordo com fontes que tiveram acesso aos números. No ano passado, foram 12 milhões de espectadores nos cinemas da marca, que tem um milhão de assinantes no programa de fidelidade, o UCI Unique - alavancados por blockbusters como Divertidamente 2 e investimentos em tecnologia. A G5 também coordena a venda da UCI na Argentina, apurou o Pipeline. Ticketmaster compra app de ingressos de Gusttavo Lima A animação Ne Zha 2 e o soft power chinês O desinvestimento ocorre no contexto de uma reorganização societária global do grupo de mídia. Desde 2005, a UCI faz parte da National Amusements Inc (NAI), uma tradicional rede americana de cinema com quase mil salas que também era a controladora da ViacomCBS, dona da Paramount. Em meio aos esforços globais da NAI de redução de endividamento, diante principalmente de queda na distribuição de dividendos da Paramount, e da sucessão familiar da holding, o controle do grupo foi vendido à Skydance este ano. Complexo de cinemas UCI no Shopping Anália Franco: 3a maior rede Reprodução/Multiplan Assim, o rebatizado conglomerado Paramount Skydance se tornou o dono das redes de cinema - além de UCI, na América Latina, inclui as marcas Showcase, Cinema de Lux, Multiplex e SuperLux, nos Estados Unidos e países da Europa. Itaú vende cinemas para Cinesystem 30e, de Pepeu Correa, disputa a liderança na indústria de shows Reag dá nome a icônico cinema paulistano A Paramount Skydance vem tentando comprar a rival Warner, mas teve sua oferta rejeitada nesta semana. Analistas americanos esperam uma nova proposta, enquanto o grupo faz uma revisão estratégica de suas área de atuação. Procurada, a Paramount Skydance não comentou de imediato - esta nota poderá ser atualizada para inclusão de posicionamento.
pipelinevalor Thu, 16 Oct 2025 15:00:59 -0000
Debenturistas da Ambipar contratam escritório para dívida de R$ 2 bi Grupo deve fechar com firma de Marcelo Sacramone para representá-los https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/debenturistas-ambipar-se-unem-e-contratam-escritorio-para-divida-de-r-2-bi.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/debenturistas-ambipar-se-unem-e-contratam-escritorio-para-divida-de-r-2-bi.ghtml
]]> Um grupo de credores da Ambipar, com R$ 2 bilhões em debêntures da empresa, está em negociação avançada para contratar o escritório SOB Advogados, de Marcelo Sacramone, para assessorá-los na renegociação da dívida, apurou o Pipeline. Uma assembleia de debenturistas para confirmar a contratação foi marcada para o dia 27 de outubro. A Ambipar tem R$ 2,8 bilhões em debêntures, mas, diferentemente dos casos Americanas e Light, em que os papéis estavam pulverizados no mercado com pessoas físicas, apenas R$ 1,2 bilhão dos títulos da empresa de gestão ambiental estavam em fundos de investimento em junho, e o estante nas mãos de bancos como o Sumitomo e Banco do Brasil. Controlador da Ambipar diz que Bradesco e Opportunity venderam 6% de suas ações Ambipar contrata BR Partners O Sumitomo tinha R$ 450 milhões de uma subsidiária da Ambipar e foi coordenador da emissão da Environmental ESG Participações, de R$ 1,2 bilhão, com Itaú BBA, e subscreveu parte da oferta. Entre os fundos, Itaú Asset e Santander tinham as maiores posições, R$ 568 milhões e R$ 46,9 milhões respectivamente, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, de Einar Rivero. O Itaú informou que reduziu a posição para R$ 283 milhões em 24 de setembro, antes de a Ambipar entrar com a cautelar de proteção contra execução de dívidas, distribuídos em 20 fundos diferentes. Na medida em que os papéis são negociados com desconto de até 12% no mercado secundário – para os de 2029 –, começam a atrair fundos de special situations e trocar de mãos. Ambipar: empresa tem R$ 2,8 bilhões em debêntures Reprodução A BB Asset tinha R$ 228 milhões nesses papéis em agosto, começou a se desfazer dos títulos da Ambipar antes de empresa protocolar a medida cautelar de proteção contra execução de dívidas, em 25 de setembro, e vendeu o resto dos papéis após o evento. A Ambipar tinha uma dívida de R$ 10,7 bilhões no fim de junho, sendo a maior parte em bonds e debêntures que somavam R$ 5,5 bilhões. A empresa entrou com o pedido na Justiça para suspensão da cobrança de dívida após o vencimento de um pagamento de garantia junto ao Deutsche Bank da ordem de R$ 60 milhões, que poderia levar ao vencimento antecipado de US$ 550 milhões. Bondholders da Ambipar contratam Houlihan como assessor financeiro O misterioso FIDC da Ambipar “Não dá para entender uma empresa que diz ter R$ 4,7 bilhões em caixa deixar de pagar uma obrigação de R$ 60 milhões e buscar proteção judicial”, disse um debenturista. “Se o problema for o vencimento antecipado disparado pelo Deutsche, dá para renegociar os pagamentos sem haircut, mas a gente precisa entender se ela tem liquidez.” O impacto da Ambipar no mercado de crédito deve ser menor do que o de Americanas e Light, uma vez que o papel já vinha sendo negociado com grande desconto, disse um gestor. “O mercado secundário hoje já reflete boa parte da perda do crédito.” Procurados, Sumitomo, Banco do Brasil e Santander não comentaram o assunto.
pipelinevalor Thu, 16 Oct 2025 12:50:38 -0000
Uma govtech vai a Dubai para agilizar burocracia brasileira Colab Gov.AI cria fluxos, formulários e plataformas de políticas públicas em segundos https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/a-govtech-powered-by-aws-que-foi-ate-dubai-para-agilizar-burocracia-brasileira.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/a-govtech-powered-by-aws-que-foi-ate-dubai-para-agilizar-burocracia-brasileira.ghtml
]]> A Colab, govtech brasileira especializada na digitalização de serviços públicos, planeja uma nova rodada de investimento para o início de 2026, com expectativa de levantar mais de US$ 10 milhões. A startup, que já captou cerca de R$ 25 milhões desde sua fundação, é investida pelos americanos MDIF e Luminate, EDP Ventures, de Portugal, e o brasileiro KPTL. As conversas, em estágio inicial, são conduzidas pelo fundador e CEO Gustavo Maia durante esta semana em Dubai e São Francisco, mas devem prosseguir nos próximos meses, incluindo Belgrado. “Eu não acredito em captação em que você conhece o fundo num dia e no dia seguinte recebe o dinheiro. É um processo de construção”, explica Maia, que fundou a startup 12 anos atrás com o amigo Paulo Pandolfi, diretor de relações institucionais. i4sea, de inteligência climática, recebe cheque de R$ 7,5 milhões da KPTL Marketplace das licitações, Portal de Compras Públicas prepara rodada A nova rodada visa ampliar sua mais nova ferramenta de gestão pública, o Colab Gov.AI, uma plataforma no-code (sem necessidade de saber programação) para criar serviços digitais e fluxos de políticas públicas em segundos. A plataforma foi criada em parceria com a Amazon Web Services (AWS), combinando os recursos Bedrock e Guardrails. “O Bedrock é uma espécie de marketplace de LLMs (modelos de linguagem) que permite que a base de dados não se torne pública, e o Guardrails cria barreiras de entrada que evitam ofensas, racismo ou qualquer tipo de propagação indevida”, explica o diretor de setor público da AWS, Paulo Cunha. Maia, da Colab, atende TCU, Piauí, Santo André, Diadema, Niterói, São Gonçalo, Rio das Ostras e Duque de Caxias Divulgação/Leo Orestes A ferramenta da Colab reduz em até 94% o tempo necessário para desenhar e implantar serviços digitais, uma das principais dores do servidor público, segundo Maia, que também é membro do conselho global de govtech do Fórum Econômico Mundial. A Colab nasceu como uma plataforma de interação entre cidadãos e governos, permitindo o relato de problemas urbanos pelos cidadãos e o acompanhamento de soluções em tempo real. Hoje, atende órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU), o governo do Piauí e prefeituras de Santo André, Diadema, Niterói, São Gonçalo, Rio das Ostras e Duque de Caxias. KPTL faz aporte em mais duas govtechs O Colab Gov.AI tem uma parte aberta, gratuita, disponível na web, que ajuda a criar fluxos para o serviço público. Já o desenvolvimento de ferramentas propriamente dito depende de contratação do serviço da startup pelo poder público. “Estamos abrindo a ferramenta para o mundo inteiro. Qualquer governo pode descrever o serviço que precisa e a IA gera automaticamente o fluxo e os formulários necessários. É um avanço que permite que as administrações públicas foquem na entrega de valor ao cidadão”, conclui Maia.
pipelinevalor Thu, 16 Oct 2025 12:09:34 -0000
O plano da Krispy Kreme para vender 50 mil donuts por dia em São Paulo Joint venture com AmPm vai abrir mais duas lojas na capital https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/os-planos-da-krispy-kreme-para-encher-o-pais-de-donuts.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/os-planos-da-krispy-kreme-para-encher-o-pais-de-donuts.ghtml
]]> Donut glaceado é principal item da Krispy Kreme Divulgação Depois de testar o mercado brasileiro nos últimos seis meses com uma flaghsip em São Paulo, a rede americana de donuts Krispy Kreme decidiu ampliar a operação. A marca vai abrir mais duas unidades na capital paulista até o fim do ano: uma loja no Shopping Morumbi e um quiosque no Shopping Cidade São Paulo. Chocolate ativista, Tony’s faz acordos regionais na chegada ao Brasil Ultra Pão põe tecnologia na fornada e quer R$ 800 mi na padaria online No Brasil, a operação é uma joint venture entre a Krispy Kreme e a AmPm, a rede de lojas de conveniência dos postos Ipiranga (Grupo Ultra) que opera cerca de 1,5 mil pontos no país. Colocar os donuts nas unidades de postos seria um salto de distribuição no país, mas a estratégia é trabalhar a marca em conceito premium em unidades próprias. A Dunkin' Donuts, que popularizou a guloseima americana no Brasil, também começou com lojas da marca no país, depois passou a fornecer para outros estabelecimentos e supermercados, chegou a sair do Brasil e hoje tem uma rede de franquias. Rei do Mate cresce sem lojas próprias e treina a terceira geração As novas lojas da Krispy Kreme serão abastecidas a partir da unidade principal, na Vila Nova Conceição, onde está a fábrica. A capacidade de produção de itens como o tradicional glaceado, ou os adaptados doce de leite e açúcar com canela, é de 50 mil unidades diariamente. A companhia não revela os números vendidos na loja conceito ou quanto espera para os novos endereços – mas faz questão de dizer que os donuts são fritos sempre e somente no dia em que serão vendidos. O plano é consolidar a operação em São Paulo antes de expandir para outras regiões do país. Para tocar a expansão, a operação brasileira agora tem CEO. João Luiz Marçola, que era CFO da Krispy Kreme Brasil e veio do próprio Grupo Ultra, incluindo passagens por AmPm, Extrafarma e a holding, diz que o objetivo é “ampliar a presença da Krispy Kreme e manter a qualidade e a experiência que caracterizam a marca”. Fundada em 1937 como uma lojinha na cidade de Winston-Salem, na Carolina do Norte, a Krispy Kreme tem hoje operação em mais de 40 países.
pipelinevalor Wed, 15 Oct 2025 22:03:34 -0000
Controladora da Gol prepara IPO nos EUA Abra Group informou que submeterá prévia do pedido de registro à SEC https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/controladora-da-gol-prepara-ipo-nos-eua.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/controladora-da-gol-prepara-ipo-nos-eua.ghtml
]]> Gol deixa B3 rumo a Nova York Divulgação Depois de tirar a Gol da B3, a Abra Group Limited quer se listar em Nova York. A controladora da áerea brasileira anunciou nesta quarta-feira que pretende apresentar à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) uma prévia de pedido de registro do formulário F-1, passo inicial para uma possível oferta pública inicial (IPO) de suas ações ordinárias naquele país. A empresa destacou que a realização da oferta e o seu cronograma ainda dependem das condições de mercado, de outros fatores e da conclusão da análise pela SEC. O comunicado ressalta que o anúncio de hoje não constitui uma oferta. Com Gol e Pan, já são 11 empresas fora da B3 neste ano A Gol informou ontem que planeja fechar capital e convocou uma assembleia para tratar do assunto em 4 de novembro, confirmando o que era esperado desde a criação da Abra, que controla também a colombiana Avianca, em 2022. A saída da B3 era vista como abertura de espaço para listagem da Abra em Nova York.
pipelinevalor Wed, 15 Oct 2025 18:58:55 -0000
Ticketmaster compra empresa de Gusttavo Lima Subsidiária da Live Nation está adquirindo o controle da Baladapp https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ticketmaster-compra-empresa-de-gusttavo-lima.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ticketmaster-compra-empresa-de-gusttavo-lima.ghtml
]]> A Ticketmaster, subsidiária da multinacional de entretenimento ao vivo Live Nation, está comprando o controle da Baladapp, empresa que tem o cantor Gusttavo Lima como sócio. Com sede em Goiânia, a Baladapp presta serviços de venda, marketing e distribuição de ingressos para shows e eventos no Brasil, incluindo as apresentações do artista sertanejo. Segundo a Ticketmaster, a operação representa uma oportunidade de investimento para complementar ofertas e aprimorar entrega e alcance ao se associar a uma operadora já estabelecida. A transação ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 30e, de Pepeu Correa, disputa a liderança na indústria de shows Americanas atrai cinco interessados no Natural da Terra Estima-se que o mercado de venda de ingressos online no Brasil movimentou cerca de R$ 5,4 bilhões em 2024. Procurada a Ticketmaster informou que não está fornecendo comentários adicionais sobre a parceria, que ainda se encontra em uma fase preliminar, aguardando aprovação final do Cade. A Baladapp retornou aos pedidos de entrevista. Gusttavo Lima: Ticketmaster está comprando o controle da empresa do cantor Instagram Após morte de Odete, prédio da TCA vai a leilão
pipelinevalor Wed, 15 Oct 2025 18:32:43 -0000
V.tal, do BTG, compra briga com a Pimco na Oi Em protesto judicial, companhia acusa gestora americana de abuso de poder e sinaliza pedido de indenização https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/vtal-do-btg-compra-briga-com-a-pimco-na-oi.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/vtal-do-btg-compra-briga-com-a-pimco-na-oi.ghtml
]]> Uma das maiores gestoras do mundo, a Pimco está sendo questionada judicialmente pela V.tal, empresa brasileira de infraestrutura de telecomunicações controlada pelo BTG Pactual. Num protesto protocolado nesta manhã nos autos da pré-falência da Oi, a V.tal acusa a Pimco de ter exercido abuso de poder na operadora brasileira e de ser corresponsável pela crise e pela má gestão que levaram à recente intervenção judicial na empresa. O documento de mais de 90 páginas, assinado pelo escritório Galdino Advogados, descreve o que teria sido um “plano deliberado da Pimco para tomar o controle da Oi e explorar seus ativos, em detrimento de credores, trabalhadores e do interesse público”. V.tal recorre à CVM sobre conflito de conselheiros da Oi Juíza decreta intervenção na Oi e afasta gestão; empresa vai recorrer A Pimco se tornou, ao longo dos últimos anos, uma das principais credoras internacionais da Oi. Na segunda recuperação judicial da empresa brasileira, em 2023, a Pimco era a maior detentora de bonds e, com isso liderava a articulação desses credores, assessorada pelo escritório Padis Mattar. No plano da RJ, a Pimco converteu a maior parte de seus títulos de dívida em ações, tornando-se acionista majoritária, com 40% da Oi. Também seguiu na ponta credora, com um novo título da Oi substituindo o restante de sua dívida antiga. Em dezembro do ano passado, já com a conversão em ações efetivada, a Oi elegeu um novo conselho, agora com o poder de influência da Pimco. A nova governança definida pela acionista majoritária contratou novo presidente e diretor financeiro, ligados à consultoria de reestruturação Íntegra, e o escritório Padis Mattar passou a atuar para a companhia. Oi busca Chapter 11 nos EUA para nova reestruturação financeira Valor/Arquivo No início deste ano, a administração da Oi passa a defender o Chapter 11 nos Estados Unidos, que driblaria a restrição para uma terceira recuperação judicial no Brasil e incluiria créditos que, aqui, não estariam sujeitos à renegociação - como o DIP, financiamento prioritário que a companhia tomou na RJ. A tensão entre a V.tal e a Pimco aumentou desde que a Oi tentou redirecionar a reestruturação para jurisdição americana, o que teria impacto direto nos créditos extraconcursais que a V.tal tem contra Oi e em suas garantias. Os advogados da V.tal descrevem, no documento, a estratégia da Pimco como um “movimento de liquidação controlada”, que visaria preservar o valor dos ativos que interessavam ao fundo, como participações e créditos garantidos, às custas da operação no Brasil. Na briga com Oi, V.tal ganha reforços V.tal barra Ligga com liminar e leva ClientCo, da Oi, sem desembolso A V.tal afirma que a Pimco ocupou a gestão da companhia com profissionais de insolvência, sem experiência no setor de telecomunicações - “uma gestão que queimou caixa em honorários milionários, descumpriu obrigações básicas, atrasou salários e colocou em risco serviços críticos, como o 190 e o tráfego aéreo nacional”. Em documentos anteriores, a V.tal já tinha levantado o potencial conflito de interesse na posição da Pimco, acionista e credora. Também participou de questionamentos anteriores à gestão, como a intenção de multiplicar por quatro os bônus de executivos, o que acabou vetado na Justiça. A V.tal também chegou a notificar a Pimco e a apresentar reclamação à CVM, pedindo investigação sobre conflito de interesses e violação dos deveres fiduciários dos administradores, e à Anatel. Reag vende Empírica para outro Mansur Destino da Braskem passa por saída da Novonor de recuperação judicial Em setembro, a Justiça carioca decidiu afastar a diretoria e o conselho da Oi, citando “indícios de má-gestão e conflito de interesses”. O protesto judicial protocolado hoje — espécie de ação preventiva — tem como objetivo “resguardar o direito da V.tal de cobrar indenizações futuras”, impedindo que a Pimco transfira ativos ou se desfaça de bens antes de uma eventual ação de responsabilização. A Pimco gere cerca de US$ 2 trilhões em ativos. Procuradas, a gestora e a V.tal disseram que não iriam comentar.
pipelinevalor Wed, 15 Oct 2025 12:59:41 -0000
Preservaland quer usar COP30 como vitrine para captar US$ 2 milhões Climatech investida da Trivèlla faz compensação florestal para companhias de infraestrutura linear https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/preservaland-quer-usar-cop30-como-vitrine-para-captar-us-2-milhoes.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/preservaland-quer-usar-cop30-como-vitrine-para-captar-us-2-milhoes.ghtml
]]> Mirando a COP30, a climatech Preservaland, empresa brasileiro-americana de compensação florestal, começou a captação de uma rodada seed de US$ 2 milhões para ser concluída ainda neste ano. A startup vai à conferência do clima em Belém para fazer um roadshow buscando fisgar o apetite de investidores interessados em negócios que unam preservação do meio ambiente e finanças. A captação complementa um cheque de US$ 500 mil assinado em julho pelo Apalaches, venture capital da brasileira Trivèlla, gestora foi fundada por Jon Toscano, ex-Icatu Equity Partners responsável por assessorar o IPO da Bematech. Junto de Marcel Malczewski, fundador da Bematech, a dupla criou o Trivèlla M3, que deu origem à Quartzo Capital. Após sair da Quartzo, Toscano retomou a Trivèlla como veículo independente, com foco em private equity e venture capital. É hora de um Sistema Nacional de Mudança do Clima As três startups brasileiras que serão aceleradas pela Amazon Com a expectativa de captar US$ 2 milhões, o objetivo é utilizar o aporte para ampliar o número de clientes (por meio do networking de investidores estratégicos), acelerar a expansão do negócio para a Europa (um mercado que se mostra mais interessado em pautas ESG) e comprar terrenos que possam servir de compensação florestal. Por meio de plataforma própria, a Preservaland conecta proprietários rurais a empresas, principalmente as de infraestrutura linear – como rodovias, ferrovias, linhas de transmissão, oleodutos, gasodutos e fibra ótica, que precisam de extensas compensações ambientais –, reduzindo um processo que costuma levar até cinco anos para cerca de 180 dias. Guilherme Santana, CEO e fundador da Preservaland: Objetivo de criar ativos de meio ambiente e monetizar a natureza Divulgação/Preservaland “A empresa nasceu com o objetivo de criar ativos de meio ambiente e monetizar a natureza”, explica o empresário Guilherme Santana, cofundador e CEO da Preservaland. Outros sócios são Maurício Benvenutti (StartSe e ex-XP), Caio Martinelli, Santiago Thomaz, Roberto Santacroce e Gustavo Hansel. O sexteto lançou a climatech no Vale do Silício para atuar exclusivamente com florestas no Brasil devido ao potencial ambiental. Um investimento-anjo de US$ 150 mil foi levantado no início. Com acesso a proprietários de terras, a startup oferece às companhias os imóveis que podem ser usados para compensação por Reservas Legais Federais. A startup faz proteção de áreas de três a 200 hectares, todas na Mata Atlântica do estado de São Paulo. “Conservar um hectare na Amazônia tem relevância baixa, enquanto o impacto na Mata Atlântica é maior”, diz Santana. Com Votorantim, americana IFF quer o cheiro e o sabor da Mata Atlântica O que a agenda verde pode aprender com o agronegócio O portfólio da Preservaland inclui pesos-pesados de infraestrutura como Tamoios e Rumo. A climatech fechou 2024 com faturamento de R$ 5 milhões, e a meta para este ano é duplicar esta cifra. Segundo Santana, como a empresa é geradora de caixa, a rodada de investimento vem para acelerar a expansão. Para Toscano, amigo de Santana há mais de 20 anos, a Preservaland é um investimento estratégico por atuar em três segmentos diferentes: finanças, regulação governamental e clima. Ele ressalta que o negócio rentável atraiu a gestora. Como membro da conselho da DeLorean Partners, de Cingapura, sua expectativa é levar a Preservaland para o mercado asiático. “Ao contrário de outros ativos no mercado, o valor de uma preservação florestal só tende a aumentar com o tempo”, diz ele. “O desafio é criar os instrumentos para que parte dos ativos de uma empresa seja em preservação.”
pipelinevalor Wed, 15 Oct 2025 10:01:25 -0000
Com Gol e Pan, já são 11 empresas fora da B3 neste ano Saldo fica negativo na bolsa brasileira diante de falta de IPOs https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/com-gol-e-pan-ja-sao-11-empresas-fora-da-b3-neste-ano.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/com-gol-e-pan-ja-sao-11-empresas-fora-da-b3-neste-ano.ghtml
]]> Sem uma abertura de capital desde 2021 e com empresas revendo suas listagens, o saldo da B3 segue negativo no ano. Já foram nove fechamentos de capital e, com mais duas operações anunciadas hoje, Gol e Banco Pan também deixarão de ter seus papéis negociados por diferentes estratégias. A Gol convocou uma AGE para 4 de novembro, confirmando o que era esperado desde a criação em 2022 da Abra, holding que controla também a colombiana Avianca. Após o Chapter 11 da brasileira nos Estados Unidos, a Abra elevou sua participação de 52% para 80%, reduzindo drasticamente o free float e diluindo minoritários. Fundo da B3 investe na fintech chilena Creditú L4 investe na CAF contra a documentação falsificada por IA O movimento é simbólico também porque a aérea foi uma das que lideraram a retomada de IPOs na então Bovespa, em 2004, após uma seca de quase sete anos. Timidamente, o processo havia se iniciado em 2002, com o IPO da CCR, caso isolado até a chegada de Natura, Gol e América Latina Logística (ALL) – incorporada pela Rumo, da Cosan, em 2015 – dois anos depois. No caso do Pan, o controlador BTG Pactual vai incorporar o negócio. O BTG dará uma fração de 0,2128 da sua unit por preferencial da controlada em operação que deve ser concluída até o fim do ano, após aprovação em assembleia. O banco abriu capital em 2007, ainda como Panamericano e sob controle do Grupo Silvio Santos, que vendeu a instituição, em dificuldades, em 2011. B3 amarga ressaca desde os 46 IPOs de 2021, encerrados com o do Nubank, e com várias OPAs Edilson Dantas/Agência O Globo O último IPO registrado na bolsa brasileira foi do Nubank, com listagem dos seus BDRs na B3. Somente naquele distante 2021, 46 empresas estrearam ou reestrearam na bolsa, ante as 28 de 2020, números comparáveis apenas ao recorde de 64 empresas em 2007 e às 26 de 2006. De lá para cá, no sentido inverso, 42 empresas fecharam capital por meio de OPAs registradas na CVM, nove somente em 2025, incluindo nomes conhecidos como Zamp, Santos Brasil, Kora Saúde, Eletromídia e Serena Energia. Atualmente, 439 empresas tem ações listadas na B3. Em 2021, a Gol já havia fechado capital da Smiles – oito anos após o IPO –, em processo controverso na relação com os minoritários. O fechamento de capital na B3 abre espaço para listagem da Abra no exterior. Os acionistas da Gol poderão aderir à OPA ou se manter como sócios minoritários do grupo com capital fechado.
pipelinevalor Tue, 14 Oct 2025 19:59:13 -0000
Americanas atrai cinco interessados no Natural da Terra Proposta vinculante pode ser assinada dentro de um mês https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/americanas-atrai-cinco-interessados-no-natural-da-terra.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/americanas-atrai-cinco-interessados-no-natural-da-terra.ghtml
]]> A venda do hortifrúti Natural da Terra, da Americanas, está avançando. São cinco interessados à mesa hoje, a maioria nomes que já atuam no varejo, e a perspectiva é assinar uma proposta vinculante com um desses players em até 30 dias, apurou o Pipeline. A Americanas retomou a venda da marca neste ano, que está sendo conduzida pela BR Partners, após ter suspendido o processo em 2023. Naquela época, considerou as propostas entre R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão insatisfatórias - o grupo pagou R$ 2,1 bilhões pelo hortifrúti em 2021. Família Coelho Diniz toma a maioria do Casino no conselho do GPA Na crise do metanol, consumidor troca bar por supermercado Guararapes contrata BTG para venda do Midway Mall Natural da Terra pode ter proposta vinculante em até 30 dias Divulgação Envolvidos na operação consideram improvável que a venda seja no mesmo montante que a Americanas pagou anos atrás. A recente mudança de composição acionária no Pão de Açúcar, com a entrada do grupo Coelho Diniz e do Roldão na rede de supermercados, contribuiu para movimentar o setor e ajudou a Americanas a avançar em seu plano de vendas. Pelo plano de recuperação judicial, o desinvestimento precisa ser concluído até fevereiro de 2026. Será a segunda venda de rede. Em setembro, a Americanas anunciou que assinou proposta vinculante com a Fan Store Entretenimento, também conhecida como BandUP!, para a venda da Uni.Co por R$ 152,9 milhões. O Natural da Terra conta com 70 lojas em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. No primeiro semestre, a rede registrou uma receita líquida de R$ 881 milhões, queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. Procurada, a Americanas afirmou que segue com o processo de sondagem de mercado para prospecção de interessados na aquisição do Hortifruti Natural da Terra (HNT), alienação prevista em seu plano de recuperação judicial e que manterá acionistas e o mercado informados sobre o processo.
pipelinevalor Tue, 14 Oct 2025 18:12:25 -0000
Com medo do metanol, consumidor troca bar por supermercado Venda de bebida alcoólica em lojas cresce 7,8% puxada por cerveja, mostra NielsenIQ https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/na-crise-do-metanol-consumidor-troca-bar-por-supermercado.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/na-crise-do-metanol-consumidor-troca-bar-por-supermercado.ghtml
]]> A venda de bebidas alcoólicas em redes de supermercados, hipermercados e atacarejo do país cresceu 7,8% na primeira semana de outubro, em comparação à leitura de um ano antes, indicando uma possível troca de local de consumo em meio ao receio de intoxicação por metanol, mostram dados do Monitor NielsenIQ obtidos pelo Pipeline. Essa alta ainda é puxada pelas vendas de cerveja, que aumentaram sua participação no mix de bebidas adquiridas no varejo, para 76% na semana encerrada em 5 de outubro, de cerca de 70% nos períodos imediatamente anteriores. Destilados recuaram de cerca de 13% para 10%. Os casos de contaminação envolvem, até o momento, o consumo de vodka, whisky e gin. A ressaca da Diageo, dona da Johnny Walker e da Ypióca Cerveja de atleta: Ramatis Rodrigues aposta em gelada wellness O que chama mais atenção, no entanto, é que o faturamento dos mercados com destilados recuou em quase todas as regiões analisadas, exceto a Grande São Paulo, justamente onde os casos de intoxicação por metanol estão concentrados, que registrou alta de 7,9% para esse tipo de bebida na comparação anual. A venda de cervejas cresceu 22% na mesma base de comparação na região. “Pode ser um indício de que o consumidor está buscando o varejo como fonte para seguir consumindo destilados em casa, assumindo que é uma fonte mais segura”, explica o diretor de insights para a indústria da NielsenIQ, Gabriel Fagundes. Considerando o país todo, as vendas desse tipo de bebida caíram 2,9%, enquanto as de cerveja cresceram 9,6%, invertendo a relação das semanas anteriores. Entre os destilados, whisky, vodka e rum tiveram quedas de venda frente a um ano antes. Consumidores têm substituído destilados por cerveja e trocado consumo nos bares por beber em casa Edilson Dantas/O Globo Fagundes pondera que os dados não incluem vendas para bares e são tomados apenas em redes com mais de cinco lojas, que podem representar um menor risco de falsificação na avaliação do consumidor. O que torna essa inferência relacionada ao porte dos estabelecimentos ainda mais válida é o aumento de participação do atacarejo nas vendas de destilados, para 61% na primeira semana do mês, ante 56% no fim de setembro. Até o momento, o país soma 213 notificações por suspeita de intoxicação por metanol, sendo 32 já confirmados, 28 deles em São Paulo – assim como as cinco mortes confirmadas –, três no Paraná e um no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Saúde. Outros nove óbitos estão em investigação em Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e São Paulo.
pipelinevalor Tue, 14 Oct 2025 16:59:53 -0000
O app que promete reduzir o tempo de tela do seu filho – e o seu também Professor da Universidade de Chicago, brasileiro faz primeira captação para expandir a Nomo, que terá piloto em 60 escolas no Reino Unido https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/o-app-que-promete-reduzir-o-tempo-de-tela-do-seu-filho-e-o-seu-tambem.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/o-app-que-promete-reduzir-o-tempo-de-tela-do-seu-filho-e-o-seu-tambem.ghtml
]]> No jargão de empreendedores, a lógica de uma startup é encontrar uma “dor” comum a um número razoável de pessoas ou empresas e propor uma solução. Pois a Nomo identificou uma angústia lancinante entre diferentes gerações: o excesso de tempo de tela, principalmente em redes sociais, de jovens e adultos - que afeta o círculo social, a saúde mental, a educação, o convívio familiar, a capacidade de concentração. O aplicativo da Nomo (No Missing Out) cria desafios em grupo, para que amigos se motivem mutuamente a ficar menos tempo nas redes, também com incentivos para isso. Uma parte extra de mesada, se os pais querem entrar no jogo, um ingresso para um show de música ou cinema, um desconto na loja preferida. Leitura no papel ensina mais do que na tela? “Percebemos que as pessoas passam horas no TikTok e no Instagram mesmo sabendo que isso piora o bem-estar mental. O motivo? Todos os outros também estão lá. É um problema de coordenação social”, diz Leonardo Bursztyn, o brasiliense que rompeu o feudo acadêmico para fundar a startup. Radicado nos Estados Unidos há 20 anos, Bursztyn completou o PhD em Harvard e assumiu uma cadeira de professor titular na escola de Economia da Universidade de Chicago, onde também coordena dois laboratórios. “Minha pesquisa sempre girou em torno de como as normas e os grupos moldam nossas decisões, especialmente entre adolescentes, que são muito influenciados pelos pares”, conta. Nomo, app que regula tempo de tela: desafios entre amigos e familiares, com recompensas Divulgação Um estudo sobre o uso excessivo de redes sociais entre jovens ia virar um livro, mas ele queria um impacto mais empírico. Juntou outros brasileiros que atuam em desenvolvimento de softwares, marketing social, comercial, distribuídos entre Chicago, Los Angeles, Lisboa e São Paulo, para combinar elementos de economia comportamental, gamificação e mudança de hábitos. “Quando você tenta sozinho, é difícil. Mas se todo o grupo se compromete, a mudança fica mais fácil”, diz o economista. Em testes conduzidos na Universidade de Chicago, houve queda de 47% nos sintomas de depressão e aumento de 16% na satisfação com a vida entre os participantes. O prodígio brasileiro que atraiu fundos lendários do Vale do Silício Agora, a startup acaba de levantar US$ 3,7 milhões com um investidor estratégico americano ainda mantido em sigilo, anjos, o fundo brasileiro de impacto Positive Ventures e um fundo ligado à Universidade de Chicago. “Nos nossos grupos de estudo já tínhamos mapeado essa questão de tempo de tela como efeito negativo na educação, mas ainda não tínhamos encontrado um modelo de negócio que fizesse sentido”, contam Bruna Constantino e Fábio Kestenbaum, sócios da Positive Ventures. O modelo de negócios combina três frentes: assinaturas familiares, contratos com governos e escolas, e parcerias com marcas interessadas em incentivar um uso mais consciente da tecnologia. “Os pais estão desesperados por uma solução para o vício digital dos filhos. As escolas também enfrentam o problema, que afeta comportamento e educação. E as marcas percebem que competir pela atenção nas redes é insustentável”, diz. Ele emenda a dicotomia para as marcas que dependem de um engajamento físico - fazem anúncio no TikTok, mas o usuário não sai de lá. Lançado oficialmente há um mês, o aplicativo já vai começar a ganhar tração internacional. No Reino Unido, um piloto será iniciado em novembro em 60 escolas, em parceria com o Behavioural Insights Team, grupo ligado ao governo britânico, e a agência social Nesta. No Brasil, há conversas avançadas com secretarias de educação estaduais e com grupos privados de ensino, que devem começar a implementação ainda neste ano.
 Bursztyn é professor da Universidade de Chicago e fundador da Nomo Divulgação A proposta inicial do app era abarcar o público de 18 a 27 anos, mas os primeiros grupos focais mostraram uma abrangência maior. “No Reino Unido, vimos crianças de 12 anos de idade com índice de 13 horas diárias de TikTok. Por outro lado, também já tivemos retorno de casais mais velhos, que passaram a usar o bump no jantar para se concentrarem na conversa”, diz o empreendedor. O bump é uma feature do Nomo, em que um toque entre um aparelho e outro de telefone bloqueia as redes sociais de ambos por determinado período. Apesar de o aplicativo propor uma redução no uso de telas, o empreendedor e professor rejeita a ideia de banir a tecnologia. “Não se trata de demonizar o celular. A solução não é proibir, mas educar, reequilibrar, até porque as escolas também utilizam a tecnologia como ferramenta”, diz. O papel da ambidestria na transformação digital da educação O empreendedor lembra que não é só uma questão de número de horas em redes sociais, mas do impulso frenético de acessos. As restrições no Nomo são leves - se o usuário quiser, pode desbloquear -, com a proposta de conscientização. “Você já abriu o TikTok 83 vezes hoje, quer mesmo seguir com 84a?”, alerta o app. Não deixa de ser irônico utilizar um app para reduzir o uso de apps, reconhece o acadêmico. "A Nomo é uma forma de usar a própria tecnologia para reparar seus excessos. Eu, inclusive, devo aparecer em vídeos no TikTok falando do aplicativo. Não adianta fingir que os jovens não estão no Instagram: se é lá que eles estão, é lá que a mudança precisa começar.”
pipelinevalor Tue, 14 Oct 2025 16:00:49 -0000
‘ChatGPT’ de Magalu e Renner mira R$ 100 mi para chegar no balcão da loja Alavancada por rodada, plataforma quer dobrar receita em 2026 https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/chatgpt-de-magalu-e-renner-looqbox-busca-r-100-milhoes.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/chatgpt-de-magalu-e-renner-looqbox-busca-r-100-milhoes.ghtml
]]> Quando o físico paraense Rodrigo Murta criou a estrutura de dados da rede de supermercados paulistana St. Marche, em 2013, precisou desenvolver um mecanismo de pesquisa acessível ao usuário comum. Era tudo mato na inteligência artificial. Primeiro com perguntas e respostas por e-mail e, depois, com um tipo de Google na intranet, o sistema teve um milhão de consultas no primeiro ano. Foi o suficiente para ele decidir montar o próprio negócio, a Looqbox, que prevê faturar perto de R$ 25 milhões no ano que vem, duplicando de tamanho. Usando linguagem natural antes de ela se tornar tendência, a Looqbox utiliza hoje as APIs de ChatGPT, Anthropic e Gemini para buscar dados e retornar com análises e insights estratégicos. A IA transformou o Python num Excel e a BotCity vai controlar as planilhas IA faz mágica no wealth e deixa o Citi sonhar com a volta ao topo A interface é similar à dos GPTs mais conhecidos e tem clientes como Casas Bahia, Magalu, Petz, C&A, Santander, Fleury, Iguatemi e Renner. Embora muitas empresas tenham criado seus próprios agentes nos últimos anos, Murta acredita que seu diferencial é justamente ter atendido grupos diferentes de grande porte. "Sabemos lidar com dados de grandes corporações há 12 anos, com governança, protocolos de segurança, VPNs e simulações de invasão”, diz o CEO. Ele tem como sócio o irmão, Daniel Murta, que ocupa o cargo de CTO, e já atraiu os primeiros fundos. A Looqbox levantou R$ 15 milhões em 2022 com DGF, Locaweb e HiPartners. Agora, a companhia prepara uma nova captação. Murta: experiência com dados e governança para grandes empresas Divulgação Para aprimorar os agentes de dados e aumentar sua própria força de vendas, com foco nas grandes companhias, a dupla espera levantar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões junto a investidores numa rodada série A no primeiro semestre do ano que vem. Nvidia coloca US$ 100 bi na OpenAI, a principal parceria de Huang No J.P. Morgan, ChatGPT pode fazer funções de analista “Não existe IA sem dados. Eu plugo empresas que já têm uma estrutura de dados mais madura. Se você não investe forte nesse mercado, fica para trás logo”, diz o CEO. O objetivo é deixar de ser uma ferramenta de escritório, para chegar ao balcão e melhorar o desempenho de cada vendedor e produto. “Como não dá para ter um analista em cada loja, estamos levando a cultura da boa informação e escalando o poder do analista para todos os gerentes de loja.” O modelo está em teste no Magalu, com camadas de acesso que restringem o acesso de informações às da própria loja ou da região, no caso de um gerente regional.
pipelinevalor Tue, 14 Oct 2025 09:51:25 -0000
Os vencimentos do Master até o próximo mês Banco ganhou prazo com FGC mas tem conta de R$ 1 bilhão em CDBs no curto prazo https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/os-vencimentos-do-master-ate-o-proximo-mes.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/os-vencimentos-do-master-ate-o-proximo-mes.ghtml
]]> O Master, de Daniel Vorcaro, tem cerca de R$ 1 bilhão em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) vencendo nos próximos 30 dias, quando encerra o prazo extra dado ao banco pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para quitar uma outra fatura. O FGC rolou a linha de crédito de R$ 4 bilhões que vencia em 30 de setembro por 45 dias - uma parte disso, portanto, já correu. O banco tenta usar o tempo extra para avançar na venda de ativos, levantando capital para saldar a conta com o FGC. O alívio que a venda do Will Bank pode dar ao Master - e ao FGC O desafio da Laplace no mandato do Master Banco Master: linha com FGC foi estendida semana passada por 45 dias Divulgação O Master contratou a Laplace para ajudar a vender ativos da instituição, sendo o principal deles o banco digital Will Bank. O Will Bank contava com cerca de R$ 16 bilhões em ativos e era um dos principais focos do BRB na compra de ativos do Master para crescer na oferta de serviços digitais. O veto a BRB-Master: a semana em que a operação azedou de vez O Banco Central aprovou dois aumentos de capital em empresas do conglomerado Master, sendo de R$ 421 milhões para o Banco Master Múltiplo, para R$ 1,59 bilhão, já incluindo a venda da seguradora Kovr. No Will Bank, o capital aumentou em R$ 419 milhões para R$ 789 milhões. Procurado, o Master não comentou o assunto.
pipelinevalor Mon, 13 Oct 2025 19:51:01 -0000
Guararapes contrata BTG para venda do Midway Mall Banco tem acenado preço de R$ 1 bilhão pelo empreendimento em Natal https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/guararapes-contrata-btg-para-venda-do-midway-mall.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/guararapes-contrata-btg-para-venda-do-midway-mall.ghtml
]]> Um dos maiores shoppings da região Nordeste, o Midway Mall está à venda. O grupo Guararapes, controlador da varejista Riachuelo e proprietário do empreendimento em Natal, contratou o banco BTG Pactual como assessor financeiro, apurou o Pipeline. Nas rodadas de conversa com outros grupos de administração de shoppings e fundos imobiliários, a Guararapes acenou preço pretendido de R$ 1 bilhão - o que foi considerado salgado pelos potenciais interessados. Midway Mall, em Natal, pertence ao grupo Guararapes Divulgação O Midway foi aberto em 2005 e já passou por algumas expansões. Soma hoje 67 mil m2 de área bruta locável (ABL) e quase 300 lojas. É um dos 10 maiores shoppings do país em área construída, e um fluxo médio diário de 70 mil pessoas. Em abril, o Valor revelou que a companhia vinha cogitando a venda do ativo em conversas informais com bancos àquela época. Procurada pelo Pipeline, a Guararapes não deu retorno.
pipelinevalor Mon, 13 Oct 2025 18:52:48 -0000
zMatch, do fundador da Webmotors, volta a rodar com novos sócios Injeção de R$ 10 milhões viabilizará Zai, novo app de assinatura de veículos https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/zmatch-do-fundador-da-webmotors-volta-a-rodar-com-novos-socios.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/zmatch-do-fundador-da-webmotors-volta-a-rodar-com-novos-socios.ghtml
]]> Quase um ano e meio após perder tragicamente o fundador, a empresa de automóveis por assinatura zMatch está trazendo três novos sócios para a companhia: os empreendedores Lucas Moraes e Cristiano Oliveira, cofundadores da Olivia (startup comprada pelo Nubank em 2021) e o executivo Moises Herszenhorn, que comandou o braço de venture capital do banco BV. Os três eram amigos de Sylvio de Barros e já estavam em conversas para entrar na companhia desde antes do seu falecimento, em maio de 2024, que paralisou a jornada da zMatch. O empresário foi encontrado morto em uma cachoeira em Joanópolis, no interior de São Paulo, onde passava as férias com a família, aos 57 anos. Fundador do James Delivery quer trocar vendedores por IA no WhatsApp Fundo da B3 investe na fintech chilena Creditú Além de piloto de corridas automobilísticas, ele era conhecido por ter criado a Webmotors, plataforma de compra e venda de automóveis novos e seminovos. Em 2021, criou a zMatch para oferecer assinatura de carros elétricos a consumidores, negócio ao qual passou a se dedicar integralmente. Após o acidente, a zMatch ficou sob o comando da cofundadora Renata Porto, executiva da área de marketing com décadas de experiência no mercado automotivo, inclusive na Webmotors, onde conheceu Barros. A startup de assinaturas manteve a operação, mas estava reavaliando os passos seguintes. Moises Herszenhorn e Renata Porto vão comandar a zMatch na nova fase da empresa Divulgação/zMatch Agora, a zMatch volta à estrada para focar no B2B2C, com ajuda do trio de novos sócios, que vão injetar R$ 10 milhões na companhia. O capital vai ser usado para lançar o Zai, aplicativo dedicado à venda de assinaturas para outras empresas, como montadoras e concessionárias. “Não estamos pivotando radicalmente. Essa é uma aposta na continuidade do que vínhamos fazendo antes, com escala em cima do aprendizado de anos anteriores”, explica Renata Porto, que agora assume o cargo de co-CEO ao lado de Moises Herszenhorn. “Para mim, que fiquei órfã depois do acidente, ter uma pessoa para dividir a gestão é fundamental, porque esse é um mercado grande.” O Zai deve ser lançado no início do ano. A expectativa é que se torne o principal negócio da zMatch, atingindo mais de 90% da receita em até três anos e metade dela já em 2026, sem abandonar totalmente o negócio original, B2C. No M&A do CRM, Syonet compra Campos Dealer para crescer no agro Por trás do LCD do carro, LogiGo mira rivais globais – e um comprador A empresa começou com frota própria, mas logo viu que funcionaria melhor com veículos de terceiros. O Zai é um passo adicional, com outras partes da indústria no processo, fidelização do consumidor e software de gestão. “Em vez de ser apenas B2C e bancar os custos de acesso ao mercado, viramos B2B2C e surfamos o tráfego que já existe da montadora e da concessionária”, explica Herszenhorn. Para estimular que o produto seja divulgado dentro dos pátios de vendas, a zMatch desenvolveu um comissionamento para os vendedores do mercado automotivo, uma forma de incentivar que as concessionárias, por exemplo, não ganhem menos com vendas ao ter um veículo alugado. A zMatch vai cobrar um percentual pequeno do valor de contrato de cada assinatura fechada. “Esse é um modelo em que, para o vendedor na ponta, vender uma assinatura fica tão bom quanto vender um carro”, explica o co-CEO.
pipelinevalor Mon, 13 Oct 2025 10:01:05 -0000
A ascensão do dadinho de tapioca em 20 anos: é a nossa essência, diz chef Quitute criado na Vila Medeiros por Rodrigo Oliveira, do Mocotó, ganha releituras internacionais https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/a-ascensao-do-dadinho-de-tapioca-em-20-anos-e-a-nossa-essencia-diz-chef.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/a-ascensao-do-dadinho-de-tapioca-em-20-anos-e-a-nossa-essencia-diz-chef.ghtml
]]> O dadinho de tapioca conquistou seu espaço no disputado tabuleiro de paixões nacionais, ao lado do pão de queijo, da coxinha e do acarajé. Criado há 20 anos por Rodrigo Oliveira no seu Mocotó, no bairro paulistano Vila Medeiros, o quitute hoje é facilmente encontrado no cardápio de botecos descolados a restaurantes finos - e o chef paulistano quer garantir o selo de origem. Não é por prestígio ou notoriedade pessoal que ele marca, agora em outubro, o aniversário da primeira porção: o que ele quer é o reconhecimento da origem da “quebrada” paulistana, do restaurante sertanejo e dos ingredientes nordestinos, um combo de brasilidade. “O dadinho de tapioca é a nossa essência”, diz Oliveira, de 45 anos, ao Pipeline, no estabelecimento onde tudo começou. “É um marco para se entender a evolução e dinâmica de uma cozinha nacional.” Mineira Nuu capta R$ 20 milhões em rodada liderada por EcoEnterprises João Fonseca, o fenômeno do tênis: “Estou adorando essa vida” O restaurante de 1973 na zona norte da capital paulista que o chef herdou da família no final dos anos 1990 o transformou em um dos nomes mais relevantes da gastronomia brasileira contemporânea. Foi ali que Oliveira, aos 13, virou ajudante no bar do pai, o pernambucano Zé de Almeida que veio tentar uma vida melhor para a família na cidade grande. Depois de anos servindo caldinho de mocotó no Casa Irmãos Almeida, Oliveira até ingressou na faculdade de Engenharia, mas atendeu o chamado da cozinha. Oliveira, do Mocotó: "o dadinho é um marco da dinâmica de uma cozinha nacional" Divulgação O grupo conta hoje com três unidades do Mocotó e o Balaio, casa ao térreo do Instituto Moreira Salles. Uma quarta unidade da marca principal deve ser inaugurada em 2026, na zona sul de São Paulo. O faturamento conjunto é de R$ 3 milhões ao mês. Só em dadinhos, são 40 mil unidades mensais em suas unidades - e um sem número de réplicas país afora. A outsider que ampliou a Bienal Arte como classe de ativo: como tributar? “Se eu ganhasse um centavo de cada dadinho vendido no Brasil, eu já teria me aposentado há anos”, ri Oliveira, que sabe bem que a inspiração para releituras é a definitiva consagração de um prato. O amigo Albert Adrià, chef do catalão Enigma e cativo no Guia Michelin, já serviu os dadinhos junto de ouriços do mar. O chef brasileiro também já viu versões congeladas sendo vendidas em supermercados no Canadá e na França. Na celebração de 20 anos, a propósito, o Mocotó serve releituras de chefs convidados. Além de Adrià, a brasileira radicada em Paris Alessandra Montagne, dos restaurantes Nosso e Tempero, a gaúcha Helena Rizzo, do Maní, e o chef de comida árabe Fred Caffarena, do Make Hommus Not War. O chef empresário avalia que um dos motivos pelos quais os dadinhos se tornaram tão populares foi justamente o fato de sua receita nunca ter ficado escondida. Oliveira costuma contar com frequência em programas de televisão e em publicações no Instagram como prepara sua versão. Recentemente, o Mocotó lançou uma fôrma, em parceria com a Mundo Vem, que facilita a cocção dos dadinhos no forno. “Quero que todo mundo faça os dadinhos”, diz. Tirolez compra a Levitare e põe burrata no portfólio Nutrella à venda: quem vai levar o pão de forma Os ingredientes estão em qualquer mercado: tapioca, leite tipo A, queijo coalho e uma pitada de pimenta-do-reino branca - que combina melhor com lácteos do que a pimenta preta, ensina o chef. A execução também é simples. A tapioca granulada é misturada ao queijo coalho ralado, com a adição dos dois temperos, e o leite fervente para hidratar. A massa, já fria, sai do descanso e, cortada em cubos, é frita em imersão. Voilà! “Se eu ganhasse um centavo de cada dadinho no Brasil, já teria me aposentado" O segredo, para o chef, é a qualidade dos ingredientes e, na versão do Mocotó, é servido com molho agridoce de pimenta. A receita foi acidental, como nas melhores criações. Partiu de um bolinho de tapioca, com queijo minas, ovos e manteiga, indicação da amiga e chef Adriana Cymes. Outro queijo, menos ingredientes, e o uma massa impossível de bolear, pois perdia o ponto rapidamente. Num dos testes, a massa esquecida na assadeira virou uma placa endurecida similar à polenta. O chef cortou em quadradinhos e testou a fritura, ao invés de forno. “Dadinho era um nome mais simpático do que cubinhos de tapioca e o molho fez acontecer’”, diz Oliveira. O chef francês Laurent Suaudeau, que empregou Oliveira como estagiário em um dos seus restaurantes, trouxe para o Brasil um molho agridoce de uma feira da Alemanha. O vidro, no entanto, dizia que o conteúdo foi produzido na Inglaterra, mas era de origem tailandesa. “E veio parar na Vila Medeiros”, diz o chef. O rótulo trazia vinagre, pimenta, alho, sal, açúcar e… tapioca. Incrédulo com a coincidência, o brasileiro começou a trabalhar em versões diferentes daquele molho. McCain compra Forno de Minas, na segunda saída de fundadores M&A do salame com queijo: Aurora compra Gran Mestri O sumiço do gorgonzola Ele poderia registrar a marca "dadinho de tapioca”, mas afirma que nunca cogitou essa possibilidade, que impactaria diretamente os restaurantes que usam esse termo no país. Em vez disso, prefere firmar parcerias estratégicas, como a colaboração com a marca mineira Nuu, de Rafaela Gontijo, que vende versões congeladas dos dadinhos para serem preparados em casa. O fee por item vendido é irrisório, diz o chef - mas ajuda na conexão entre criador e criatura. As invenções e reinvenções de Oliveira são realizadas no Engenho, uma cozinha de testes no andar superior do primeiro Mocotó. Lá, o chef e a equipe ajustam os próprios pratos, fazem releituras de receitas que ficaram famosas mundo afora e tentam inventar a próxima moda. A carne de sol, ou charque, curada com açúcar mascavo, foi inspirada na carne cecina mexicana, mas que leva cana-de-açúcar na versão original. “O jogo nunca está ganho”, diz Oliveira, também engajado em projetos sociais. A massa esquecida na assadeira deu o ponto para a fritura do dadinho Divulgação Vinci quadruplica capital em venda da Camarada Camarão Com a casa arrumada, Madero volta a acelerar abertura de restaurantes
pipelinevalor Sun, 12 Oct 2025 11:45:59 -0000
Entre raízes e travessias: o que me tocou na 36ª Bienal de São Paulo Historiadora de arte Gisela Gueiros seleciona 10 obras que ilustram a extensa mostra https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/entre-raizes-e-travessias-o-que-me-tocou-na-36a-bienal-de-sao-paulo.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/entre-raizes-e-travessias-o-que-me-tocou-na-36a-bienal-de-sao-paulo.ghtml
]]> Cheguei ao Brasil e fui direto conferir a Bienal de São Paulo. A curadoria é de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, ao lado de cinco cocuradores. O título dessa 36ª edição foi inspirado num poema belíssimo de Conceição Evaristo, “Nem todo viandante anda estradas”. A mostra é organizada em seis capítulos, que resumidamente falam da relação da humanidade com a terra; do nosso poder de resistência numa história marcada por extrativismo, escravidão, violência, exploração predatória e apagamento cultural; da nossa interação com fenômenos espaço-temporais; cuidado e nutrição; o movimento e a transformação; e a beleza como algo político, beleza como resistência, a beleza na morte, no desconforto, no cotidiano. Compartilho os 10 momentos que chamaram minha atenção na primeira visita (outras virão). 1) Nádia Taquary Conhecia o trabalho da Nádia, mas nunca tinha visto algo nessa escala. Suas esculturas remetem à ancestralidade afro-brasileira. A árvore amarela toda revestida de miçangas é de cair o queixo — e aparece cercada por esculturas de bronze que representam as Ìyámis (entidades femininas ancestrais). Já a cor dela faz referência à entidade Ìrókó, “orixá senhor do tempo e da ancestralidade, cultuado no Brasil por meio da gameleira – árvore presente nos terreiros de religiões de matriz africana. Ìrókó é o antídoto para os males, a calma após a tempestade. Foi a primeira árvore plantada e, segundo a tradição, foi por ela que os orixás desceram à Terra, e sobre ela pousaram as feiticeiras Ìyámis”. Foi esse meu primeiro grande impacto no térreo. Arquitetura enfrenta extremos climáticos no Ibirapuera A outsider que ampliou a Bienal 2) Laure Prouvost Essa instalação-lustre recheada por seios de vidro (!) foi feita sob medida para a exposição, inspirada no poema de Conceição Evaristo e nessa exploração de outros “modos de ver, perceber, pensar, mover-se e, em última instância, de existir e de ser guiado por todos os sentidos. Uma planta trepadeira faz parte da escultura e tem um núcleo vivo que pode soltar materiais orgânicos, como plantas secas encontradas e sementes – que podem cair sobre os visitantes e ser carregadas para fora da exposição e espalhadas pelo mundo”. 3) Otobong Nkanga Otobong Nkanga é a rainha dessa bienal pra mim. Ela ocupou o atrium do MoMA no último ano e adorei ver suas tapeçarias em outro contexto, outro prédio, acompanhada de outros artistas, em pleno Brasilzão. Nkanga trata de temas como o meio ambiente e questões sociopolíticas de exploração de recursos. Achei especialmente interessante ver esse grupo de visitantes interagindo com o trabalho — ficou parecendo um cenário. É também essa uma das pesquisas da artista: a relação das pessoas com a paisagem, suas dinâmicas complexas de dependência e abuso. Por sorte, essas tapeçarias que são um dos destaques da exposição podem ser vistas em todos os andares. Bienal de Arte Internacional de São Paulo faz 36ª edição no Ibirapuera até 11 de janeiro Divulgação 4) Moffat Kadiwa Uma espécie de El Anatsui menos “preciosa”, essa instalação de Moffat Takadiwa é toda feita de materiais reciclados — tampinhas de garrafa plástica e peças de teclados, entre outras coisas —, o trabalho critica o consumismo e a desigualdade, trata da relação entre capitalismo, racismo e colapso ambiental. As embalagens de produtos descartados e o lixo pós-industrial se referem especialmente às tradições africanas e ao Zimbabue, país de origem do artista. Sua inspiração foi arca de Noé, os ciclos de destruição do mundo e a necessidade de reconstrução pós-catástrofes. Para Nóe, a arca funcionava como um abrigo, um instrumento de preservação. Para Takadiwa, a estrutura remete a um portal e à ideia de atravessamento, de trânsito e passagem. 5) Juliana dos Santos Juliana dos Santos é movida pela relação entre a cor azul e a experiência afrodiaspórica no Brasil. O azul da flor Clitoria ternatea apareceu numa meditação, onde a artista viu o chakra do terceiro olho, ajña. Esses processos também sugerem tradições de tintura com índigo na África e à história do blues. A imaterialidade e a impermanência no trabalho se referem à blue note do blues: nota dissonante, considerada desafinada que desafia a escala pentatônica aumentando a emoção da música. Sua mãe Eliana de Oliveira, que há anos trabalha com patchwork, colaborou na execução dessa obra. Na Bienal de Helsinki, arte até para insetos A primavera verde e amarela de Nova York 6) Myrlande Constant Visualmente impactante, os bordados em lantejoulas da artista haitiana Myrlande Constant são guiados pelos lwa, espíritos da religião diaspórica do Vudu haitiano. Quando era jovem, Constant trabalhou com uma forma tradicional de arte haitiana conhecida como drapo, que representa os Iwa em estandartes (seus drapo chamam a atenção por trazer um olhar feminino a essa prática antes quase exclusivamente masculina). As composições multicoloridas e brilhantes articulam "narrativas entre dimensões” e encenam cenas históricas e espaços espirituais fabulatórios em paisagens. Um recorte da obra da haitiana nb olhar de Gisela Gueiros Arquivo pessoal Constant cria os bordados com a peça invertida presa num bastidor, sem ver o progresso até desvirar o trabalho do avesso. Ela vai sentindo as lantejoulas com as pontas dos dedos, sendo que algumas são realizadas por equipes com mais de dez artistas trabalhando simultaneamente. Já pensou? Fiquei louca com o trabalho dela. 7) Isa Genzken Minha musona Isa Genzken é a mais enigmática das artistas contemporâneas. Quando estou diante dos trabalhos dela, sempre acho que ela entendeu algo que eu ainda não saquei. Essa série Schauspieler [Ator] reúne manequins vestidos com roupas usadas e uniformes. Os “atores” em várias configurações sugerem "questões relacionadas à sociopolítica, à mídia e ao corpo." O certo era ter ficado fora da fita branca, que delimita o trabalho no chão — mas, sem atrapalhar ninguém, me senti chamada por aquele círculo de manequins e fui me meter no meio deles (foto acima). Acho que parte da graça foi preencher esse vazio. Amo Isa com todas as minhas forças. A arte de caminhar - ou a caminhada na arte Nem lá, nem cá: entre-lugares 8) Heitor dos Prazeres O momento mais brasileirinho da mostra se dá em Heitor dos Prazeres (1898-1966). Suas pinturas figurativas e carnavalescas são apenas uma parte de seus multitalentos. Heitor compôs sambas, criou figurinos e cenários. Quando vejo as pinturas dele, quase escuto o sambinha tocando no ambiente ;) O artista esteve presente na fundação de escolas de samba como Estácio de Sá, Mangueira e Portela. E mais: fez parte da primeira Bienal de São Paulo em 1951! “Minha pintura são coisas que passaram por mim e eu passei por elas”, disse ele. 9) Alberto Pitta Ainda em clima de Carnaval, Alberto Pitta é conhecido desde os anos 80 por criar estampas para os abadás e figurinos de blocos de Salvador como Ilê Aiyê (Band’Aiyê), Olodum, Filhos de Gandhy, Oba Laiyê e o Afoxé Filhos do Congo. O tecido sempre apareceu como material principal em sua produção visual que “transita entre os saberes e fazeres de culturas afro-brasileiras, a espiritualidade e a experimentação gráfica." Ao se tornar vestimenta, seu trabalho de designer de estampas se entrelaça com a comunidade que o veste. Corpos dançando pelo espaço, contando histórias e “atravessando tempos” o melhor estilo Parangolé de Hélio Oiticica. Em 1998, fundou o Cortejo Afro, marcando o trabalho têxtil como parte fundamental de sua prática. Na arte, o outro pode se tornar uma lupa A arte de arrumar a própria cama 10) Thania Petersen Eu já estava cansada, tinha chegado direto do aeroporto para a Bienal, e concluí minha experiência assistindo ao vídeo da Thania Petersen. Achei fantástico — uma verdadeira viagem! A artista sul-africana conta que sua jornada “em direção à libertação” se deu através da música sufi – o som como memória, como liberdade. Ela descreve essa música como uma força que transcende fronteiras, na qual o tempo se dissolve e a comunidade se torna o único compasso. Fenomenal. *Gisela Gueiros é historiadora de arte e consultora; mestre em História da Arte Contemporânea pelo Sotheby’s Institute of Art, foi responsável por Projetos Internacionais na Galeria Millan e curadora de mais de 20 exposições em Nova York
pipelinevalor Sun, 12 Oct 2025 11:01:07 -0000
Os novos conselheiros da seguradora Unimed Companhia financeira atende 6,6 milhões de segurados e faz gestão de recursos de cooperativas https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/os-novos-conselheiros-da-seguradora-unimed.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/os-novos-conselheiros-da-seguradora-unimed.ghtml
]]> Braço financeiro do Sistema Unimed, a companhia Seguros Unimed reforçou sua estrutura de governança com dois conselheiros independentes: Os economistas Paulo César Hartung, que foi da administração de BNDES, Vale e EDP e também fez carreira política, e Zeina Latif, que foi economista-chefe de casas como HSBC, ABN Amro Real e XP. A Seguros Unimed soma 6,6 milhões de segurados nos segmentos de saúde, odontologia, vida, previdência (aberta e fechada) e nos ramos elementares, com seguros patrimoniais e de responsabilidade civil médica. Desde 2019, atua também na gestão de recursos financeiros para o sistema cooperativo, com a criação da InvestCoop Asset Management. Economista Zeina Latiff integra board da Seguros Unimed Divulgação
pipelinevalor Sat, 11 Oct 2025 20:19:55 -0000
O futuro de Maurício Quadrado sem o Bluebank Com indeferimento da transferência pelo BC, banco volta ao portfólio do Master, que busca comprador https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-futuro-de-mauricio-quadrado-sem-o-bluebank.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-futuro-de-mauricio-quadrado-sem-o-bluebank.ghtml
]]> Com o Banco Central barrando a compra do Bluebank (antigo Letsbank) por Maurício Quadrado, a instituição vai voltar a fazer parte do Banco Master, de Daniel Vorcaro. O agora ex-banqueiro deve seguir com outros negócios: o Pipeline apurou que a administração de recursos, custódia e gestão de mais 500 fundos, que somam R$ 136 bilhões, estão desvinculados da sociedade anterior e seguem com Quadrado. O Master não pretende reincorporar a operação do Letsbank e vai incluir o ativo nas vendas que vem tentando fazer nos últimos meses, com a contratação recente de assessoria da Laplace. O desafio da Laplace no mandato do Master O alívio que a venda do Will Bank pode dar ao Master - e ao FGC Maurício Quadrado deve continuar com gestão e administração de carteiras Reprodução/LinkedIn Na época que deixou o Master, Quadrado tinha levado, além do Letsbank, as gestoras de recursos Macam e MAM, e as administradoras Trustee, que já eram do executivo e devem continuar a serem tocadas por ele. O veto a BRB-Master: a semana em que a operação azedou de vez Aquisição do banco Digimais por ex-sócio do Master subiu no telhado Fundos administrados pela Trustee foram alvos da operação Carbono Oculto deflagrada pela Polícia Federal, em agosto. Na ocasião, a gestora afirmou que renunciou à administração dessas carteiras antes do anúncio da operação por decisão da sua área de compliance. O banqueiro também chegou a anunciar, no início do ano, a compra do Digimais - mas o negócio, sem muito apoio do BC, foi cancelado antes mesmo da opinião oficial do regulador. Procurado, Mauricio Quadrado não comentou.
pipelinevalor Fri, 10 Oct 2025 20:19:38 -0000
2W Ecobank quer indenização de credores por vencimento antecipado Empresa, que está em RJ, acusa debenturistas e agente fiduciário de forjar assembleia https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/2w-ecobank-quer-indenizacao-de-credores-por-vencimento-antecipado.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/2w-ecobank-quer-indenizacao-de-credores-por-vencimento-antecipado.ghtml
]]> A 2W Ecobank está pedindo na Justiça uma indenização de credores e agente fiduciário por um vencimento antecipado de R$ 600 milhões em dívidas no ano passado, cuja execução teria sido feita quando a companhia já estava sob proteção judicial. A petição dos escritórios Reis, Souza, Takeishi & Arsuffi e o Padis Mattar Advogados, protocolada ontem à noite, descreve a execução como "ilegal, indevida e fraudulenta”, citando o agente fiduciário Vórtx e os fundos AZ Quest Infra Yield, Credit Suisseo, Evoluation Master Fixed Income Strategy, Clique Master, Gauss Master, Gauss Fife, Panorama Master e Wave. Sem acordo na mediação, 2W pede RJ com dívida de R$ 2,4 bi Em dívida da 2W, credores exercem garantia contra BTG e Sumitomo As debêntures foram emitidas para financiamento de projetos de energia eólica da companhia no Nordeste do país. A 2W argumenta que enfrentava restrição de caixa temporária provocada pelo atraso na conclusão das obras dos parques eólicos Anemus, no Rio Grande do Norte, e Kairós, no Ceará, devido à falência da empreiteira responsável, a Allonda - mas afirma que não estava inadimplente nas obrigações dos papéis. Escritório da 2W Ecobank, de energia: crise financeira Divulgação Uma tranche de R$ 400 milhões em debêntures teria vencimento em 24 de novembro de 2025 e, outra, em 24 de novembro de 2029. A companhia diz que não havia pagamento intermediário, mas uma preocupação com a condição financeira da companhia. Os fundos afirmam que a empresa já estava inadimplente em outras obrigações - como a publicação dos balanços no último trimestre de 2023 e do primeiro trimestre de 2024. 2W Ecobank entrega parque eólico para pagar dívida com fundo Controlador da Ambipar diz que bancos venderam 6% de suas ações Em meio às conversas, no ano passado, houve uma convocação de assembleia de debenturistas para o dia 9 de setembro. A 2W se antecipou e, em 27 de agosto, entrou com pedido de tutela cautelar. A liminar foi condicionada à inclusão de documentos, sendo confirmada a proteção judicial dia 2 de setembro de 2024. Aí começa a briga contra o relógio. Os fundos teriam antecipado a assembleia e realizado o encontro no próprio dia 2 de setembro, notificando o vencimento antecipado por meio da Vórtx após a votação, por volta de 19h30. A companhia diz que, a essa hora, já tinha obtido a confirmação da liminar. Mas não é só esse o ponto da briga. A despeito da discussão de datas e horários, a 2W acusa o grupo de maquiar uma assembleia. “A AGD não foi efetivamente realizada, sendo que a sua 'ata', portanto, é um documento simulado ou ideologicamente falso”, diz na petição. Bondholders da Ambipar contratam Houlihan Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche Ambipar entra com pedido de cautelar contra credores A companhia alega que a assembleia deveria ser gravada, por regra da CVM, e que o agente fiduciário já informou que não houve gravação; também diz que a Vórtx deveria ter os registros de conexão dos debenturistas à AGD, o que não existiria. O entendimento dos advogados é que o encontro não aconteceu - o documento teria circulado entre as partes para assinatura. A 2W diz que esse episódio disparou outros vencimentos e execuções de garantias. A companhia está em recuperação judicial desde abril, com dívidas de R$ 2,4 bilhões.
pipelinevalor Fri, 10 Oct 2025 16:03:54 -0000
Controlador da Ambipar diz que Bradesco e Opportunity venderam 6% de suas ações Bancos tomaram 97 milhões de papéis que Borlenghi afirma serem de sua titularidade https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/controlador-da-ambipar-diz-que-bradesco-e-opportunity-venderam-6percent-de-suas-acoes.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/controlador-da-ambipar-diz-que-bradesco-e-opportunity-venderam-6percent-de-suas-acoes.ghtml
]]> O embate entre Tércio Borlenghi Jr., controlador da Ambipar, e os bancos Bradesco e Opportunity já tirou 6% do capital total da empresa das mãos do fundador. Como o Pipeline revelou, o empresário havia questionado a movimentação na Justiça, em ação que corre em sigilo - agora, comunicou oficialmente o saldo das alienações à empresa, que divulgou fato relevante. Segundo Borlenghi, o Bradesco teria feito transferência de 72,23 milhões de ações da Ambipar que seriam de sua titularidade, das quais 15,89 milhões foram vendidas a mercado entre os dias 30 de setembro de 6 de outubro. Já o Opportunity seria credor do FIP Everest, fundo de Borlenghi que tem o controle da Ambipar, também com ações em garantia. Neste caso, teria dado ordem à Genial para venda de 24,55 milhões de ações entre os dias 2 e 6 de outubro, que executou apesar da notificação do acionista. A briga da Ambipar com Bradesco e Opportunity: bancos desovam ações do controlador O misterioso FIDC da Ambipar A subtração das 97 milhões de ações de sua posição inicial de 73,48% da Ambipar teria resultado, agora, numa atualização dessa fatia para 67,68% do capital total - de forma “irregular, sem autorização do controlador e em descumprimento à medida cautelar”, diz o comunicado. Bradesco pediu ao TJ-SP para evitar esvaziamento patrimonial por empresário Claudio Belli/Valor Borlenghi, na física, não está protegido diretamente pela cautelar mas seus advogados alegam que a proteção abarca “partes relacionadas” e que esse seria o caso. O empresário cita ainda possibilidade de medidas criminais. COEs de XP e BTG com papéis de Braskem e Ambipar evaporam Guilherme Borlenghi autorizou migração de derivativo da Ambipar "Informamos, ainda, que, diante das práticas aqui descritas, em evidente afronta à Tutela Cautelar e com possíveis implicações de natureza cível e criminal, estão sendo adotadas todas as medidas legais cabíveis para reversão da situação e aplicação das penalidades pertinentes ao caso”, diz o documento enviado por Borlenghi à Ambipar, que consta no comunicado a mercado. O Opportunity é um dos maiores acionistas da Ambipar Response, listada na bolsa de Nova York a partir da fusão com uma Spac. Na semana passada, procurado pelo Pipeline, negou que seu fundo fosse credor de Borlenghi, detendo apenas ações de sua própria titularidade. Ambipar obtém vitória sobre o Bradesco Ex-CFO da Ambipar contesta na Justiça narrativa ‘infundada’ da empresa O Bradesco era o principal banco de relacionamento de Borlenghi: liderou seu IPO, assessorou aquisições, financiou a empresa e o empresário. Foi também o banco que citou em documento, pela primeira vez desde o início da crise financeira e reputacional da Ambipar, a palavra fraude. Num pedido à Justiça, em que foi derrotado pela Ambipar, solicitou o impedimento de venda de bens pessoais por Borlenghi, para que não haja esvaziamento patrimonial. A juíza, no entanto, entendeu que ainda não há elementos para isso. “Não há qualquer evidência cabal, ainda, de gestão temerária a justificar qualquer conclusão pela desconsideração da personalidade jurídica, não sendo demais observar que eventuais créditos inadimplidos são devidos pela sociedade, não pelo atual administrador”, escreveu a juíza Ana Laura Rodrigues, da 3a Vara Cível do TJ-SP. Ambipar entra com pedido de cautelar contra credores “O cenário apresentado, embora possa gerar no credor a expectativa de frustração de seu crédito, limita-se a meras conjecturas, por ora, pois ainda não existe qualquer conclusão quanto a ocorrência de fraudes e prejuízos", emendou. *Atualização às 12h30: Em nota, o Opportunity voltou a afirmar que "não é credor do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Everest e não está executando antecipadamente qualquer dívida de Tércio Borlenghi. O Opportunity é cotista, e não credor, do FIP — fundo que, por sua vez, é acionista da Ambipar. As ações detidas pelo FIP são de titularidade exclusiva do próprio fundo e não constituem garantia de qualquer espécie. A alienação de ações pelo FIP corresponde a uma venda no mercado secundário. Essa transação não afeta o caixa da Ambipar e não representa execução de dívida — seja da companhia ou de Tércio Borlenghi."
pipelinevalor Fri, 10 Oct 2025 12:34:39 -0000
Yduqs compra ProMedicina, ProEnem e EuMilitar, fortalecendo cursinhos Marcas vão compor Quest.Edu, edtech do grupo que reúne Qconcursos, Folha Dirigida e Damasio https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/yduqs-compra-promedicina-proenem-e-eumilitar-fortalecendo-cursinhos.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/yduqs-compra-promedicina-proenem-e-eumilitar-fortalecendo-cursinhos.ghtml
]]> ProMedicina, ProEnem e EuMilitar foram compradas pela Yduqs Reprodução A Yduqs acaba de fazer uma reorganização estrutural em suas marcas ligadas a cursinho preparatório e já fechou também a primeira aquisição na nova roupagem da vertical, dois movimentos que mostram a aposta do grupo educacional na categoria. A companhia está fundindo o grupo Q, que coordena a Qconcursos e a Folha Dirigida, com a Damásio, rede com atuação em cursos ligados a direito há cinco décadas. A reorganização das marcas que já compunham seu portfólio vai resultar na edtech Quest.Edu, focada em cursos preparatórios para concursos, vestibulares e pós-graduação com suporte de inteligência artificial e outras tecnologias educacionais. Dona de Ibmec e Estácio, Yduqs atrela bônus dos executivos a ESG Saint Paul põe R$ 40 milhões em primeiro curso de graduação A Quest.Edu acertou a compra da ProEnem, ProMedicina e EuMilitar, plataformas digitais especializadas em preparação para vestibulares, medicina e concursos militares, respectivamente, que pertenciam ao grupo Sistema Prodígio de Ensino. A transação não incluiu a empresa, apenas essas três marcas. Caio Moretti, um dos pioneiros no uso de IA para educação no país, era o CEO do GrupoQ e passa a CEO da Quest.Edu. A companhia prepara uma maratona no início de novembro, hackathon focado em tecnologia, IA e educação. "Queremos não apenas criar uma empresa de sucesso, mas contribuir ativamente para o desenvolvimento do setor de tecnologia aplicada à educação no Brasil”, diz Moretti. O portfólio da Yduqs conta ainda com Estácio, Ibmec e as escolas de Medicina Idomed.
pipelinevalor Fri, 10 Oct 2025 09:01:58 -0000
AGBI e Tivio se unem em fundo de terras agrícolas Veículo terá co-gestão e busca R$ 300 milhões na primeira tranche https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/agbi-e-tivio-se-unem-em-fundo-de-terras-agricolas.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/agbi-e-tivio-se-unem-em-fundo-de-terras-agricolas.ghtml
]]> A AGBI Real Assets e a Tivio Capital estão levantando um fundo de R$ 300 milhões com investidores profissionais para comprar terras degradadas que podem ser recuperadas para exploração agrícola. É o quarto fundo da AGBI, que já executou mais de R$ 420 milhões em transações de terras. A Tivio, por sua vez, gere R$ 30 bilhões, dos quais cerca de R$ 8 bilhões em teses de mercado imobiliário, metade em fundos listados. “Juntamos forças: eles, com o campo, e nós, com o mercado”, diz Adriano Mantesso, chefe da área imobiliária da Tivio, gestora originada de joint venture entre Bradesco e o banco BV. Rio Bravo estrutura FIDC da Desenvolve SP para logística no agro Fundo do BTG vende participação na Fazenda Futuro Desde a época em que trabalhou no canadense CDPQ, Mantesso acompanha os investimentos em terras para exploração agrícola. “O real estate farmland ainda muito informal mas vem atraindo cada vez mais players institucionais e a AGBI tem histórico nisso”, diz Mantesso. Recuperação de terras, arrendamento e crédito de carbono: a capitalização no campo Pixabay No planejamento inicial, o fundo viria a mercado em busca de R$ 700 milhões. Mas o chacoalhão de preços dos ativos - com a correção nos Fiagros principalmente por eventos de crédito de alguns produtores, além de discussões tributárias e alta taxa de juros -, acabou levando as gestoras a optarem por um fundo menor inicialmente e que, conforme a demanda, pode fazer nova tranche. “Quase 90% dos Fiagros oferecidos no mercado eram de crédito. Aqui, a tese é de ativo real, numa lógica de private equity”, diz Gustavo Fonseca, sócio da AGBI. Uma das oportunidades é transformar a terra de pastagem degradada em uma área adequada para cultivo de grãos e também aproveitar que há mais restrição de liquidez nesse mercado. “Há crédito para produção, mas não para comprar terras, e muitos negócios são familiares”. No M&A do CRM, Syonet compra Campos Dealer para crescer no agro Field, gestora filhote da Buriti, aposta em fundos do agro No caso da terra, o aumento de produtividade traz consequentemente aumento de preço, segmento cujo ajuste médio anual bate a inflação. A AGBI tem 1,3 mil ativos mapeados em seu pipeline, um trabalho que começou com monitoramento de dados públicos e foi evoluindo para um software de cruzamento de informações. “Quando entramos nesse mercado do agro, não era pop e nem era tech. É o nosso core: a gente come terra todo dia”, brinca Fonseca, que atua há mais de uma década na área. “Vimos a oportunidade de fazer na propriedade rural aquilo que foi feito com os imóveis urbanos há 20, 30 anos. O investimento traz melhoria para o ativo e ganhamos na revenda.”
pipelinevalor Thu, 09 Oct 2025 20:36:00 -0000
Após morte de Odete, prédio da TCA vai a leilão UFRJ é dona de 11 lajes corporativas, que serão revertidas em reformas para a universidade https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/apos-morte-de-odete-predio-da-tca-vai-a-leilao.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/apos-morte-de-odete-predio-da-tca-vai-a-leilao.ghtml
]]> Tão aguardado quanto o desfecho de Vale Tudo de 2025 é o destino de 11 andares do Edifício Ventura Corporate Towers, no centro do Rio, que pertencem à UFRJ, com leilão marcado para 7 de novembro na B3, em São Paulo. O prédio é usado como cenário externo da sede da TCA, empresa aérea fictícia que tinha como CEO a vilã Odete Roitman, supostamente assassinada no capítulo de segunda-feira. Diferentemente das malas de dólares que costumam aparecer nas transações do folhetim, os imóveis não serão pagos em dinheiro. A empresa vencedora do certame deverá investir o valor em obras e reformas nos diferentes campi da universidade. O lance mínimo é de R$ 251 milhões e a entrega dos documentos para habilitação será no dia 4. Ventura, no Centro do Rio, tem 34 andares e abriga grandes empresas como Petrobras, Shell, Banco do Brasil e BNDES Reprodução As 11 lajes da UFRJ somam 16,6 mil metros quadrados. O valor arrecadado com a venda será aplicado em obras que somam cerca de 84 mil m² de área construída, beneficiando unidades como o Centro de Ciências da Saúde (CCS), o Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), o Centro de Letras e Artes (CLA) e o campus de Macaé. O leilão integra o Projeto de Valorização dos Ativos Imobiliários da UFRJ, que busca otimizar a gestão patrimonial da universidade e direcionar investimentos à infraestrutura. Também faz parte do programa a construção de um Equipamento Cultural Multiuso no espaço da antiga casa de shows Canecão, cuja concessão prevê investimentos de R$ 180 milhões. Flopou? Por que o leilão de Cepacs da Faria Lima desapontou Construtora portuguesa com capital chinês vai construir túnel Santos-Guarujá Os atuais locatários dos andares da UFRJ terão preferência no leilão. São eles: Karoon Energy, Maersk, Trident Energy, IRB e Confab Industrial. Na novela de Manuela Dias – inspirada na obra original de Leonor Bassères, Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, de 1988 –, o último andar é ocupado pela diretoria da TCA, incluindo a sala do conselho e da presidência, da personagem revivida por Débora Bloch. Na vida real, o edifício construído pelo consórcio Camargo Corrêa e Método em parceria com a Tishman Speyer fica na Avenida Chile, custou mais de R$ 650 milhões e foi inaugurado em 2009, abrigando grandes empresas como Banco do Brasil, BNDES, Shell, Petrobras, Souza Cruz e Allianz. A UFRJ recebeu os 11 andares em troca do terreno que tinha onde foi erguida parte do prédio espelhado de 34 andares, correspondendo a cerca de 17% do total construído.
pipelinevalor Thu, 09 Oct 2025 18:29:06 -0000
IA quintuplica participação em M&As Transações envolvendo tecnologia passaram de 5% para 23% no ano passado, segundo estudo do BZCP https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ia-quintuplica-participacao-em-mandas.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ia-quintuplica-participacao-em-mandas.ghtml
]]> A participação das transações de fusões e aquisições envolvendo inteligência artificial no Brasil quase quintuplicou em 2024, passando de 5% das operações totais em 2023 para 23% no ano passado, voltando a crescer depois atingirem 13% dos negócios entre 2021 e 2022. É o que mostra o estudo do escritório BZCP, que analisou 70 transações de M&As com valores entre R$ 50 milhões e R$ 500 milhões. Com a maior abrangência do uso dessa tecnologia, os investidores têm pagado prêmios para startups de tecnologia, fintechs e healthtechs com IA embarcada. “Isso exige due diligence técnica e cláusulas específicas de IA”, afirma Marcelo Shima, sócio do BZCP. Fundador do James Delivery quer trocar vendedores por IA no WhatsApp L4 investe na CAF contra a documentação falsificada por IA Outra tendência identificada pelo estudo foi uma redução dos negócios envolvendo troca de ações. Com a alta dos juros e a necessidade de liquidez, os vendedores passaram a priorizar o pagamento em dinheiro, que representou 80% dos negócios de 2024, enquanto as operações com troca de ações ou instrumentos híbridos recuaram de 28%, em 2023, para 15%. Da mesma forma, as cláusulas de earn-out, que definem pagamentos adicionais pela compra conforme o desempenho da empresa nos anos seguintes, também recuaram para cerca de 30% dos negócios, depois de atingirem o pico de 57% em 2022, sugerindo menor apetite por pagamentos condicionados a desempenho futuro. Marcelo Shima, sócio do BZCP: vendedor passou a priorizar pagamento em dinheiro Divulgação “Com os juros elevados e a volatilidade de valuations, os investidores passaram a querer mais previsibilidade, favorecendo estruturas mais simples e com contrapartidas em cash”, disse Shima. Esse cenário de custo de capital mais elevado e aperto no crédito também trouxe oportunidades para transações de special situations. No arcabouço regulatório, três temas afetaram os preços: a reforma tributária, que começa a entrar em vigor em 2026, a lei das offshores e o projeto de lei de IA. O principal risco, segundo Shima, é a responsabilidade por danos causados por sistemas de IA, tornando-se essencial avaliar potenciais passivos jurídicos e reputacionais relacionados ao uso dessa tecnologia. Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão OPINIÃO: Por que é bom para o país uma CVM forte Houve também uma mudança nas garantias financeiras exigidas nos negócios, com a redução da adoção de holdback, que é a retenção de parte do preço por parte do comprador como garantia contra perdas ou responsabilidades futuras que o vendedor possa ter que indenizar. Essas garantias foram substituídas, por exemplo, por cláusulas de limites de alavancagem (covenants) e de capital de giro, ou por seguro de indenização (RWI) do comprador sobre violações das declarações e garantias feitas sobre a empresa-alvo.
pipelinevalor Thu, 09 Oct 2025 17:32:32 -0000
Por que a Keeta escolheu Santos para seu piloto de delivery Chinesa usa região para testar plataforma antes de chegar à capital paulista https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/por-que-a-keeta-escolheu-santos-para-seu-piloto-de-delivery.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/por-que-a-keeta-escolheu-santos-para-seu-piloto-de-delivery.ghtml
]]> A chinesa Keeta decidiu começar a operação de delivery brasileira pelas cidades de Santos e São Vicente, no litoral paulista. O projeto-piloto tem início planejado para 30 de outubro e, até o fim do ano, a empresa vai levar à região os capacetes inteligentes para entregadores utilizados na China, onde a marca se chama Meituan e atende 80 milhões de pedidos por dia. O foco principal do teste é a tecnologia. Segundo a empresa, seu diferencial é o algoritmo de entregas, mais eficiente do que os rivais ao reduzir tempo nas três pontas: restaurantes, clientes e entregadores. Rappi pede para entrar na briga entre Keeta e 99Food O plano da Meituan para tirar o iFood do pódio de delivery no Brasil A escolha pela Baixada Santista não é óbvia, mas tem explicação. Com quase 750 mil habitantes, Santos e São Vicente são conhecidas pela homogeneidade populacional, com alto índice de desenvolvimento econômico e renda mais alta do que em outras cidades de mesmo porte no estado. Cerca de 20% da população de Santos tem mais de 65 anos. Também há um fator geográfico para a escolha. “As cidades são cercadas por barreiras naturais — de um lado o mar, de outro a serra —, e isso nos permite testar e adaptar nossos algoritmos de roteirização, garantindo que os entregadores tenham sempre as melhores rotas”, explica o presidente de operações internacionais da Keeta, Tony Qiu, ao Pipeline. Santos, no litoral de São Paulo, foi escolhida pela chinesa Keeta para iniciar a operação de delivery no Brasil Francisco Arrais/Prefeitura de Santos Segundo a Keeta, a Baixada Santista foi escolhida por conta do alto número de pedidos de delivery de restaurantes PMEs, de 82% ante 62% na capital paulista. “É uma oportunidade única de compreender de perto as necessidades concretas desses empreendedores”, acrescenta Qiu. Segundo a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), quase 90% dos 5 mil estabelecimentos de Santos, por exemplo, são pequenos e médios, com faturamento de até R$ 4,8 milhões. “A semelhança de porte é grande em relação a São Paulo”, diz Paulo Solmucci, presidente da entidade. 99Food começa com meio bilhão em São Paulo e 100 cidades no alvo Por que a Alelo pode livrar o iFood de uma dor de cabeça em benefícios Depois da incursão no litoral, a Keeta reafirma o compromisso de se lançar até o fim do ano em São Paulo, onde vai disputar com o líder iFood, a também chinesa 99Food (acusada pela Keeta de práticas anti-competitivas) e o colombiano Rappi. A empresa já fez mais de mil contratações no país desde maio, quando anunciou a vinda para o Brasil. Tony Qiu, líder de operações internacionais da Keeta, quer lançar no Brasil o capacete inteligente para entregadores Divulgação/Keeta
pipelinevalor Thu, 09 Oct 2025 16:57:27 -0000
Índice de utilidade: a métrica de Jorge Gerdau, rumo aos 89 Empresário industrial se engaja em debates de gestão e avanços socioeconômicos https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/indice-de-utilidade-a-metrica-de-jorge-gerdau-rumo-aos-89.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/indice-de-utilidade-a-metrica-de-jorge-gerdau-rumo-aos-89.ghtml
]]> Em tempos de alta tecnologia, nada mais importante que… gente. A dois meses de completar 89 anos, o empresário Jorge Gerdau só reforça sua convicção de que dedicação e alinhamento de propósito e processos são os caminhos para fazer um negócio dar certo. “A evolução muito rápida da tecnologia exige muita atualização das pessoas, e elas precisam estar engajadas, motivadas para se dedicar a aprender e acompanhar essa velocidade”, disse o empresário no palco do Congresso do Instituto Brasleiro de Governança Corporativa (IBGC), nesta manhã, em São Paulo. O prodígio brasileiro que atraiu fundos do Vale do Silício A sucessão na Copa Energia, com a benção da matriarca Entre suas menções preferidas, estão a máxima de Harvard “business is people” e a “tecnologia de gestão” de Falconi. Para Gerdau, uma empresa só cresce com entusiasmo dos colaboradores - do porteiro ao engenheiro chefe. Gerdau, no Congresso do IBGC: "manter a capacidade de ser útil e pertencer" Pipeline “Só dá para ter sucesso, em qualquer atividade, se houver dedicação”, diz. “E diálogo. Tudo que funciona tem diálogo." Bisneto do fundador da metalúrgica Gerdau e um dos homens mais ricos do país, o empresário gaúcho segue envolvido em iniciativas que discutem o ambiente econômico e social do país. É presidente do conselho do Movimento Brasil Competitivo. Questionado com frequência sobre seus segredos de longevidade e lucidez, Gerdau contou que tem duas ‘regras'. Rubens Ometto segue com cadeira de chairman da Cosan até 81 anos Rei do Mate cresce sem lojas próprias e treina a terceira geração “A cada aniversário, estabeleço que daqui a 10 anos quero estar fazendo tudo que consigo fazer hoje. Faço 89 em dezembro. Me desculpem a empolgação, mas eu tenho convicção disso”, disse ele, numa animação aplaudida. Mantendo a veia industrial, emendou: “Também monitoro meu índice de utilidade. Eu ainda sou útil? Na prática, escolho questões de gestão e interesse público onde eu possa ser útil e, naquilo que não posso, descarto. O prazer de ser útil, de pertencer, não devemos perder.”
pipelinevalor Thu, 09 Oct 2025 16:33:39 -0000
Guilherme Borlenghi autorizou migração de derivativo da Ambipar Empresa atribui contrato a ex-CFO; estatuto dispensa conselho para crédito abaixo de R$ 500 milhões https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/guilherme-borlenghi-autorizou-migracao-de-derivativo-da-ambipar.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/guilherme-borlenghi-autorizou-migracao-de-derivativo-da-ambipar.ghtml
]]> O contrato de swap cambial da Ambipar junto ao Bank of America (BofA) foi transferido para o Deutsche Bank no começo de 2025 com a anuência de Guilherme Borlenghi, filho do principal acionista da empresa, Tercio Borlenghi, e diretor operacional, apurou o Pipeline. Também houve autorização de Thiago Costa Silva, diretor de integração e finanças, na assinatura, em 17 de fevereiro, da chamada novação da operação - passo necessário para migrá-la entre as instituições financeiras. Uma petição protocolada pela Ambipar na semana passada voltou a colocar sob os holofotes a responsabilidade pelo acordo. A empresa atribui a seu ex-CFO, João Piran de Arruda. Foi a primeira vez, nos documentos públicos nos autos do processo, que a companhia de gestão ambiental acusou diretamente o ex-diretor. COEs de XP e BTG com papéis de Braskem e Ambipar evaporam A briga da Ambipar com Bradesco e Opportunity Arruda renunciou ao cargo em 19 de setembro por divergências com Tercio. Menos de uma semana depois, no dia 24, a companhia entrou no TJ-RJ com pedido de medida cautelar para suspender o pagamento de dívidas. A novação é, a grosso modo, uma espécie de portabilidade do contrato. É comum em casos de transferência porque sai mais barato e é mais simples que liquidar as operações em um banco e refazê-las em outro. Foi esse o caso na Ambipar. Depois disso, já no Deutsche Bank foi assinado o contrato e, em 18 de agosto, um aditivo com as condições do hedge cambial e a contratação de um empréstimo de US$ 35 milhões. Conforme o Pipeline já mostrou, esse “malfadado aditivo” - como o qualificou a empresa em documentos judiciais - foi assinado por dois executivos da Ambipar ligados aos Borlenghi: Costa Silva e Luciana Barca Nascimento, diretora-adjunta. O misterioso FIDC da Ambipar Deutsche questiona 'narrativa espetaculosa' da Ambipar No entanto, em novo documento apresentado à Justiça na semana passada, a companhia voltou a atribuir ao ex-CFO a responsabilidade pelo contrato. “(...) o desastroso aditivo foi negociado e celebrado entre o Deustche Bank e o ex-diretor financeiro do Grupo Ambipar, o Sr. João Daniel Piran de Arruda, sem o prévio conhecimento – e menos ainda autorização – do conselho de administração do grupo”, disse a Ambipar. O aditivo, de fato, não foi oficialmente submetido ao conselho. O estatuto social da empresa define que só precisam passar pelo colegiado operações de crédito superiores a R$ 500 milhões. O empréstimo de US$ 35 milhões fica abaixo desse patamar. O contrato de hedge cambial com o Deutsche é de US$ 1,05 bilhão, mas no entendimento do próprio banco não configura uma dívida. O Valor apurou que Arruda abriu conversas com bancos em janeiro deste ano com o objetivo de prospectar melhores condições para o hedge cambial feito pela companhia. O contrato com o Bank of America havia sido firmado no começo de 2024, quando o próprio Arruda ainda era executivo do banco americano. Tratava-se de uma operação de US$ 750 milhões, fechada quando o dólar estava em torno de R$ 5 e com previsão de chamada de margem de se a moeda caísse para R$ 4,5. Bondholders da Ambipar contratam Houlihan como assessor financeiro Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche Embora fosse um banco próximo da Ambipar, o BofA pediu à empresa o depósito de cerca de R$ 350 milhões, a título de garantia, para o fechamento do contrato. Esse dinheiro ficou depositado na instituição financeira como uma espécie de caução. Quando Arruda já estava do outro lado do balcão, como CFO da companhia, chegou a renegociar esse valor, que caiu para algo em torno de R$ 200 milhões. Ambipar prepara pedido de recuperação judicial Divulgação Porém, nas conversas com os bancos mais adiante, o Deutsche Bank ofereceu à Ambipar condições melhores. O banco alemão dispensou a empresa de manter essa caução, além de ter reduzido taxas e ampliado o período de cobertura de juros com o swap cambial. A taxa de juros do swap com vencimento em 2031, de CDI + 1,68% no BofA, caiu para CDI + 1,44% com a mudança. Em agosto, após a negociação do aditivo, a taxa foi novamente revisada e passou a CDI + 1,29%, refletindo a decisão de usar os bonds emitidos pela empresa entre as garantias da operação, em um modelo conhecido no mercado como PIK bonds. Nesse mesmo aditivo, a Ambipar contratou junto ao Deutsche um empréstimo de US$ 35 milhões. Ambipar é donar da hotel no Espírito Santo CFO da Ambipar deixou empresa três dias antes da cautelar De acordo com petição feita pelo Deutsche à Justiça na semana passada, o banco afirmou que a Ambipar se manteve em dia com as chamadas de margem desde o início do contrato, e depositou cerca de R$ 170 milhões apenas em agosto e setembro. Foi só na última cobrança, de R$ 60 milhões no dia 24 do mês passado, que a companhia passou a contestar a operação. Na mesma data, a empresa entrou com pedido de proteção contra credores no TJ-RJ. O episódio levou credores a questionar o que aconteceu com o caixa da Ambipar, que dizia ter R$ 4,7 bilhões em disponibilidades no fim do segundo trimestre. Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão Juiz de São Paulo nega pedidos de Tanure em caso Emae As chamadas de margem são comuns em contratos desse tipo. Não representam, efetivamente, um desembolso de caixa, mas um valor que precisa ficar depositado no banco como uma garantia para a empresa tomadora do hedge honrar sua posição no vencimento do contrato. Na Justiça, o Deutsche vem pedindo para que possa declarar o vencimento antecipado desses derivativos, para que possa “estabilizar suas perdas frente ao grupo Ambipar”. O banco argumenta, ainda que seria do interesse da própria empresa para que seja evitado aumento de seu endividamento. Procurada, a Ambipar não comentou até a publicação desta reportagem, que poderá ser atualizada para inclusão de posicionamento.
pipelinevalor Wed, 08 Oct 2025 23:31:54 -0000
Oncoclínicas atrai até Latache em corrida por debêntures Gestora, que tem 14,9% da empresa, compra papéis no secundário em vez de exercer direito de preferência https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/oncoclinicas-atrai-ate-latache-em-corrida-por-debentures.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/oncoclinicas-atrai-ate-latache-em-corrida-por-debentures.ghtml
]]> A possibilidade de usar os títulos de dívida para participar do aumento de capital da Oncoclínicas tem levado a um aumento da procura pelas debêntures da empresa no mercado secundário. Investidores como Joesley Batista, ARC Capital e até a Latache, que tem uma participação de 14,9% na empresa, aumentaram a compra desses papéis. Só a debênture com vencimento em novembro de 2029 (ONCO29) teve uma valorização de 13% desde o dia 20 de agosto, quando a empresa anunciou pela primeira vez a intenção do aumento de capital, até 6 de outubro, segundo os preços indicativos da Anbima. Oncoclínicas avalia converter dívida em equity para reduzir a alavacagem O que a Latache quer na Oncoclínicas Os investidores têm aproveitado papéis a preços descontados em até 40% do valor de face, para usar a dívida para participar do aumento do capital. Entre os papéis com preço na Anbima, a debênture com vencimento em 2027 (ONCO19) tinha o maior desconto, negociada a 69% do valor de face. Além de poder converter a dívida a 100% do valor de face, os investidores ainda vão ganhar um bônus de subscrição por ação que, por sua vez, poderá ser exercido em até dois anos, com o preço a R$ 3, abaixo da cotação atual de R$ 3,49. Oncoclínicas: investidores compram debêntures para participar do aumento de capital Divulgação A Latache, por exemplo, pretende participar do aumento de capital usando os instrumentos de dívida e não exercendo o direito de preferência de acionista para subscrever via cash o equivalente à posição que detém, afirma Marcel Cecchi , CEO da Latache. “Mas, dependendo do tamanho do aumento de capital, devemos ser diluídos”, disse. A Oncoclínicas aprovou um aumento de capital de até R$ 2 bilhões, com a subscrição de até 666,7 milhões de novas ações a R$ 3,00 cada, com um aporte mínimo de R$ 1 bilhão. Como alguns acionistas como Goldman Sachs e Daniel Vorcaro não devem participar do aumento de capital e devem ter a posição diluída, os assessores financeiros contratados para conduzir a transação, Rothschild e CVpar estão conversando para repassar o direito de preferência de subscrição desses acionistas para investidores interessados, para depois abrir a todo mercado. O maior acionista da Light Família Coelho Diniz toma a maioria do Casino no conselho do GPA Nesse caso, o limite estabelecido na poison pill, de 15% do capital, não será disparado, afirma Cecchi. Contudo, essa cláusula continua válida para as demais situações. A Latache entrou na CVM para pedir que a autarquia analise a necessidade de realização de uma OPA após o aumento de participação da Centaurus, que era cotista de um fundo gerido pelo Goldman Sachs, acionista de referência da companhia. O aumento de capital é necessário para que a Oncoclínicas não descumpra o limite de alavancagem financeira de 3,5 vezes a dívida líquida/Ebitda no fim do ano. A alavancagem da empresa estava em 4,4 vezes no segundo trimestre. Para reduzir a alavancagem, a empresa também vem implementando outras medidas como a mudança do plano de investimento na Arábia Saudita, que deve ficar a cargo do grupo Al Faisaliah, parceiro no negócio em Riad, e rescisão do contrato para construção de novo hospital em São Paulo. A Oncoclínicas negocia ainda a venda de hospitais. A empresa já vendeu as unidades em Uberlândia no Rio, e está em tratativas em Goiânia e Belo Horizonte. “A ideia é a empresa não operar mais hospitais no futuro”, disse Cecchi.
pipelinevalor Wed, 08 Oct 2025 18:20:14 -0000
Juiz de São Paulo nega pedidos de Tanure em caso Emae Fundo Phoenix tentava reverter vencimento antecipado de dívida, que abriu espaço para Sabesp comprar controle de empresa de água https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/juiz-de-sao-paulo-nega-pedidos-de-tanure-em-caso-emae.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/juiz-de-sao-paulo-nega-pedidos-de-tanure-em-caso-emae.ghtml
]]> Processos foram extintos no TJ-SP; havia outro pedido no TJ-RJ Pixabay O juiz Adler Nobre, da 3a Vara de Falências e Recuperações Judiciais do TJ-SP, indeferiu um pedido e extinguiu outro movidos pelo empresário Nelson Tanure, por meio do fundo Phoenix, para tentar evitar a venda do controle da Emae à Sabesp. O Phoenix pedia mediação com a XP, detentora da dívida que tinha as ações da Emae em garantia. Pedia ainda tutela cautelar antecedente, referindo-se à dependência da controlada Phoenix Água e Energia desse ativo. Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão Nelson Tanure vai brigar por Emae e aciona Justiça no Rio e São Paulo O juiz, no entanto, entendeu que esse procedimento seria legalmente inadequado neste caso, pois não se trata de uma lista de credores - mas de uma relação bilateral, de um crédito extraconcursal que venceu e que tinha garantias e avalistas. “O que se observa é uma tentativa inábil e temerária de utilizar o Poder Judiciário como sucedâneo de uma negociação privada infrutífera, buscando forçar um standstill que a lei expressamente veda para a natureza do crédito em questão”, escreveu o magistrado. O maior acionista da Light O juiz reforçou ainda a correção do valor da causa - mesmo extinguindo os processos, demandou a correção do pagamento de custas, considerando o valor do pedido em torno de R$ 656 milhões (atualização dos créditos totais de R$ 520 milhões das debêntures), e não dos R$ 10 mil inicialmente apontados na petição do escritório Campinho Advogados. Petições iniciais no TJ-SP têm taxa de 1,5% do valor da causa. Nesse ajuste, o custo para o requerente sai de R$ 150 para R$ 9,84 milhões. O empresário também tinha entrado com uma ação no TJ-RJ, na esteira da crise da Ambipar - indicando que a queda das ações da empresa havia afetado as garantias dadas em alienação fiduciária nas debêntures detidas pelo fundo da XP. Ontem, no entanto, desistiu do requerimento. “O imbróglio jurídico passou a configurar um típico contencioso empresarial (…) e não mais à luz de uma reestruturação do endividamento com base nas ações da Ambipar”, escreveram os advogados. *Atualização em 08/10 às 15h20: inclui informações sobre o processo no TJ-RJ
pipelinevalor Wed, 08 Oct 2025 17:53:35 -0000
Fundador do James Delivery quer trocar vendedores por IA no WhatsApp Agent.Shop começa com 20 lojistas e espera chegar a 100 até o fim do ano https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/fundador-do-james-delivery-quer-trocar-vendedores-por-ia-no-whatsapp.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/fundador-do-james-delivery-quer-trocar-vendedores-por-ia-no-whatsapp.ghtml
]]> Depois de fundar dois negócios que faziam a jornada do consumo da compra até a entrega (James Delivery e Mercado Diferente), o empreendedor Eduardo Petrelli decidiu focar na experiência de venda surfando duas ondas em alta. O Agent.Shop transforma o WhatsApp em um vendedor conversacional (“conversational commerce”), permitindo a compra por meio do chat como se fosse com um humano. A startup começa pelo atual app preferido dos brasileiros, mas o objetivo é estar integrada a outros canais de conversa. “No futuro, pode ser que haja negócios que não tenham sequer um site”, diz Petrelli. Ele acredita que o novo canal vai adicionar uma alternativa relevante à jornada de compra. No nocaute do delivery de alimentos, a Mercado Diferente fecha as portas Ultra Pão põe tecnologia na fornada e quer R$ 800 milhões na padaria online A tese atraiu a gestora Maya Capital, de Laura Lehmann e Monica Saggioro, a Caravela Capital e a Mira Capital, que aportaram R$ 5,5 milhões no negócio. O trio já havia investido nos negócios anteriores de Petrelli. A Agent.Shop se lança ao mercado com 20 lojistas e 20 integradores como plataformas de e-commerce, ERPs, logística e pagamentos. A meta é aumentar o número de lojistas para 100 até o fim do ano, com um GMV de R$ 40 milhões. Nos primeiros meses da operação, em modo stealth, a plataforma mostrou, segundo ele, conversão sete vezes maior e retorno sobre investimento (ROI) 10 vezes acima dos canais tradicionais. Depois da Mercado Diferente, Eduardo Petrelli (esq.) e Paulo Monçores apostam em startup de IA para vendas no WhatsApp Divulgação/Agent.Shop Toda a parte de tecnologia da startup tem sido desenvolvida por Paulo Monçores, cofundador e CTO do Agent.Shop. Ele teve passagem pela Vtex como diretor de engenharia de software entre 2021 e 2023 e, entre março de 2019 e abril de 2021, foi do time de tecnologia da Shopify. Depois, cofundou o Mercado Diferente com Petrelli, que chamou o colega para a empreitada atual em março. Para o Agent.Shop, Petrelli e Monçores querem aplicar os aprendizados dos últimos anos. Enquanto o James Delivery foi comprado pelo Pão de Açúcar em 2018, o Mercado Diferente encerrou as operações no fim de 2024 com problemas de geração de caixa em um mercado de venture capital mais antipático para negócios B2C e com margens baixas. “Nós nos orgulhamos muito desse período, mas não conseguimos chegar a um tamanho para ter a eficiência de uma varejista grande”, diz Petrelli. Mineira Blip ganha o mundo com robôs de WhatsApp Ele trocou a pressa dos patinetes pela saúde mental sem sair do WhatsApp Agora, Petrelli acredita estar no timing certo com a popularização dos agentes de IA entre as startups. “Queremos estar na hora certa do lugar certo na escala. O ano de 2025 ainda não é o ano do ‘agentic commerce’, mas pode ser 2026 ou 2027”, diz ele. “Queremos estar preparados e com a infraestrutura pronta para escalar e, aí sim, pensar se vamos buscar mais um fundo de venture capital ou se vamos escalar com as próprias pernas.”
pipelinevalor Wed, 08 Oct 2025 13:00:59 -0000
Rei do Mate cresce sem lojas próprias e treina a terceira geração Amanda Nasraui cria linha com whey, colágeno e engajamento na operação presidida pelo pai https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/rei-do-mate-cresce-sem-lojas-proprias-e-treina-a-terceira-geracao.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/rei-do-mate-cresce-sem-lojas-proprias-e-treina-a-terceira-geracao.ghtml
]]> Perto de completar 50 anos, o Rei do Mate se aproxima dos R$ 400 milhões de faturamento mantendo o negócio familiar: sem investidores, sem lojas próprias e – mais importante para o CEO e sócio principal – sem dívidas. “Zero alavancagem, do mesmo jeito que meu pai começou”, diz Antonio Carlos Nasraui. Aos 59, ele comanda a marca criada em 1978 pelo paulistano Kalil, filho de imigrante sírio com mãe brasileira, em um balcão de quatro metros na avenida São João que vendia apenas o chá gelado puro, com limão, leite ou outros sucos concentrados. Em 1992, depois de três lojas próprias e com Antonio Carlos já tomando a frente dos negócios, veio a primeira franquia, no Shopping Penha. Um ano depois, a companhia passou a adotar exclusivamente o modelo franqueado. Menos frango frito e mais Frango Assado: a aposta na virada da IMC Vinci quadruplica capital em venda da Camarada Camarão Com unidades espalhadas por 100 municípios de 20 estados mais Distrito Federal, a rede soma hoje 315 lojas em operação e 13 a inaugurar, apostando na fidelização dos franqueados. Há operadores com mais de 10 franquias e há 20 anos na rede. A marca também avança em estabelecimentos como hospitais, rodoviárias, aeroportos, lojas de material de construção e sedes de grandes bancos. O maior teste do grupo foi a pandemia. O fechamento temporário das lojas quase paralisou a operação logística que abastece a rede. “Se eu não pagasse os fornecedores locais, eles quebrariam. Fizemos um aporte para segurar tudo, sem deixar ninguém inadimplente. Isso fez toda a diferença, a dívida ficou interna e ficou mais fácil de controlar”, relembra o executivo. Antonio Carlos e Amanda Nasraui: negócio familiar Divulgação Apenas 15 lojas fecharam e o período marcou a adoção do delivery, com a criação de uma linha de empório e a reformulação das lojas, agora mais aconchegantes, consolidando-se como espaço de trabalho. Um dos motivos para não voltar a ter loja própria, Nasraui diz, é a preocupação com o próprio franqueado, que pode ver o dono da marca como concorrente e que fica sempre com as melhores lojas. “Prefiro franquear 100% da rede, cuidar da gestão, da marca e da relação com os franqueados. Operar loja é uma coisa diferente, exige outra estrutura.” Bold, do Outback, mira América Latina para expandir portfólio de marcas Por que o Mubadala quer fechar o capital da Zamp O empresário também não recompra franquias em dificuldades como fazem outros franqueadores, que pesam a mão nas exigências para forçar a venda do ponto. “Nunca cobramos uma multa, prevista em contrato, se a loja fechou por problema de mercado. A gente ajuda a repassar a franquia, não deixa na mão, mas não compra. Não adianta eu falar que é o melhor negócio do mundo se o franqueado disser o contrário. Eu faço o que gostaria que fizessem comigo, da forma mais justa e clara possível.” Antonio Carlos tem como sócios a irmã – ela não atua no negócio, mas herdou metade da parte do pai, que seguiu trabalhando diariamente até o início da pandemia, aos 87 anos, e faleceu no fim de 2020 – e um primo, filho do tio que foi sócio no começo do Rei do Mate. Primeira loja do Rei do Mate, na avenida São João, Centro de São Paulo, em 1978 Divulgação Agora, a terceira geração começa a aparecer. Sua filha Amanda, de 22 anos, recém-formada no Insper, entrou no negócio há seis meses, participa ativamente das redes sociais da marca, de olho no público jovem, e já lidera o desenvolvimento de uma linha funcional com whey e colágeno, prevista para ser lançada no ano que vem em novo cardápio. Amanda ainda deve passar por todas as áreas da empresa. “Não sei se para sucessão ou para conhecer o mercado, para montar o negócio dela ou perpetuar o nosso”, diz o pai, abrindo o caminho, sem pressão.
pipelinevalor Wed, 08 Oct 2025 10:44:03 -0000
O maior acionista da Light Com ajustes na posição da WNT, Cezar Coelho retomou posição de referência no capital https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-maior-acionista-da-light.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-maior-acionista-da-light.ghtml
]]> Elétrica do Rio passou por mudanças na composição acionária Divulgação Numa movimentação que passou quase despercebida nos últimos meses, o empresário Nelson Tanure deixou de figurar como o maior acionista da Light. Com os mesmo 20% que mantém há anos, Ronaldo Cezar Coelho voltou a ter a maior posição individual. A posição de Tanure era consolidada com a posição do banqueiro Daniel Vorcaro, do Master, em fundos da WNT. A gestora aparecia com 35% do capital da Light no ano passado. Vorcaro, como se sabe, incluiu suas ações na Light numa transação de ativos feita com o BTG Pactual em julho. Fundos do banco de André Esteves passaram a ter 14,8% da Light. Essa fatia foi subtraída do consolidado da WNT e Tanure também teria feito um pequeno ajuste em sua posição direta. Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão Nelson Tanure vai brigar por Emae e aciona Justiça no Rio e São Paulo Hoje, a posição de WNT é de 18,94%. O fundo Samambaia, de Cezar Coelho, tem 20,01%. Tanure é conselheiro na companhia e também indicou o chairman, o ex-ministro Helio Costa, e é o nome de referência na reestruturação financeira da companhia. O empresário poderia garantir ainda uma recomposição de votos por meio de outra transação. Parte das ações e bônus que o BTG comprou da WNT foram negociadas pelo banco com a Emae — a empresa de energia e água que, até uma reviravolta no final de semana, era controlada por Tanure. COEs de XP e BTG com papéis de Braskem e Ambipar evaporam No início de setembro, o BTG e a Emae anunciaram um acordo de R$ 250 milhões para venda do banco à empresa de units da Light, debêntures conversíveis e bônus de subscrição da elétrica carioca — o que ainda estava sujeito à aprovação da Aneel. Por conta de um vencimento antecipado de dívida, o controle da Emae foi comprado pela Sabesp, em tratativa com a XP, administradora do fundo credor de Tanure. O embate judicial por conta da Emae já começou. E a nova dona não teria interesse no uso de caixa da Emae para comprar títulos da Light.
pipelinevalor Wed, 08 Oct 2025 09:31:03 -0000
Uma venda emperrada na Amil Empresa contratou assessor para vender clínicas oftalmológicas, mas preço afasta compradores https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/uma-venda-emperrada-na-amil.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/uma-venda-emperrada-na-amil.ghtml
]]> O empresário José Seripieri Filho, controlador da Amil, voltou a cogitar aquisições pela empresa depois da primeira etapa de arrumação da casa. Mas também já definiu ativos que não fazem sentido no portfólio e quer vender. Nessa lista, estão as redes de clínicas oftalmológicas Eye Clinic e Lotten Eyes. Amil compra carteira odontológica da Zurich Santander, que sai do segmento Dasa + Amil: "Nossa performance ainda é muito ruim", reconhece CEO da Américas O banco BR Partners já vem buscando um comprador para a Eye Clinic nos últimos meses, mas o processo ainda não avançou por questão de preço, segundo fontes. Rede Américas, de Dasa e Amil, pode incorporar clínicas AMO Em 2019, a UnitedHealth, que era dona da Amil, comprou duas unidades da Eye Clinic — uma em São Paulo e outra em Guarulhos. Em 2023, Seripieri comprou a Amil da UnitedHealth Group por R$ 11 bilhões, e incorporou o portfólio de clínicas oftalmológicas, que ainda inclui a Lotten Eyes — também à venda, ela compõe a Rede Américas, que reúne hospitais da parceria entre a Dasa. Procurada, a Amil disse que “sempre avalia oportunidades de negócios” mas, sobre o ativo, “não comenta especulações”. Amil contratou BR Partners para vender a rede oftalmológica Eye Clinic Divulgação
pipelinevalor Tue, 07 Oct 2025 19:00:03 -0000
Fundo da B3 investe na fintech chilena Creditú Empresa vai acelerar estratégia de financiamento habitacional para baixa renda no Brasil https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/fundo-da-b3-investe-na-fintech-chilena-creditu.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/fundo-da-b3-investe-na-fintech-chilena-creditu.ghtml
]]> Fundo da B3, o L4 Venture Builder entrou na rodada de capitalização da fintech chilena Creditú. A série A de US$ 6 milhões contou também com aporte da Alive Venture, gestora de impacto da região andina. A rodada vai viabilizar a estratégia da startup no mercado brasileiro. A fintech já começou a avançar por aqui com o chamado crédito de entrada, em parceria com 10 incorporadoras que atuam nas faixas dois a quatro do Minha Casa Minha Vida. São famílias que, muita vezes, não têm poupança e por isso com mais dificuldade para obter o valor inicial exigido para o financiamento habitacional. L4 investe na CAF contra a documentação falsificada por IA A fiança da Provence Partners para o CredAluga “Nosso objetivo é abrir a porta da casa própria para milhares de famílias brasileiras que hoje ficam de fora do sistema financeiro formal”, diz David Muñoz, CEO da Creditú. A fintech já originou US$ 800 milhões em crédito para 12 mil famílias no Chile, Peru e Brasil. Com a nova rodada, a fintech projeta atender cerca de 50 mil famílias até 2030, aumentando parceria também com bancos locais e securitizadoras. Imóveis do programa Minha Casa Minha Vida: fintech quer ser alternativa de financiamento Fernando Frazão/Agência Brasil
pipelinevalor Tue, 07 Oct 2025 16:00:58 -0000
COEs de XP e BTG com papéis de Braskem e Ambipar evaporam Perdas aparecem na marcação a mercado e se tornam efetivas por cláusulas de vencimento antecipado https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/coes-de-braskem-e-ambipar-da-xp-tem-perda-de-ate-93percent.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/coes-de-braskem-e-ambipar-da-xp-tem-perda-de-ate-93percent.ghtml
]]> Investidores de COEs da XP atrelados a bonds de Braskem e Ambipar deverão amargar perdas de até 93% do principal, de acordo com comunicados enviados pela instituição aos seus assessores de investimento. A medida será aplicada aos certificados com cláusula de vencimento antecipado obrigatório caso os papéis de referência caíssem abaixo de 50% do valor no mercado secundário. No caso da Ambipar, os investidores das emissões feitas até 18 de março de 2024 receberão 6,88% do montante inicialmente aplicado, com liquidação financeira hoje mesmo. No caso dos COEs da Braskem – emitidos até 25 de março de 2024 –, o valor a ser pago varia entre 26,62% e 36,97% do investimento inicial, dependendo da emissão, com marcação hoje e liquidação na sexta-feira, 10. Riza fecha acordo para comprar a Virgo Executivos da gestora Reag acertam buyout com controlador A XP acrescentou, no comunicado aos assessores de investimento, que encaminhará uma planilha com o detalhamento do valor executado de cada cliente, para facilitar o acompanhamento individual das operações. Além da XP, o BTG também ofereceu o produto a seus clientes e está sendo alvo de queixas em plataformas como o Reclame Aqui. Em uma delas, o investidor questiona o valor do seu COE com lastro em bonds da Ambipar, que agora aparece zerado no extrato. Nela, o banco de André Esteves responde que a queda brusca decorre da mudança no regime de marcação dos respectivos papéis após pedido de tutela cautelar obtido pela empresa para evitar o vencimento antecipado de dívidas. “A partir desta data, os valores desses COEs passarão a ser registrados nos extratos e na posição dos clientes com base no valor de mercado dos instrumentos de hedge que compõem a estrutura do produto, em substituição à metodologia anteriormente adotada”, diz a réplica, que acrescenta ser responsabilidade do investidor a análise de riscos e a resposta adequada ao questionário de suitability. Procurados pelo Pipeline, XP e BTG não quiseram comentar. *Atualização em 07/10 às 14h22: inclui informações sobre BTG XP enviou comunicado sobre perdas em COEs de Ambipar e Braskem para assessores de investimento Pexels/Jakub Zerdzicki
pipelinevalor Tue, 07 Oct 2025 14:24:39 -0000
Flourish aporta em paytech colombiana que quer entrar no Brasil Akua quer inaugurar operação no país no primeiro semestre de 2026 https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/colombiana-akua-levanta-us-85-milhoes-e-quer-entrar-no-brasil.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/colombiana-akua-levanta-us-85-milhoes-e-quer-entrar-no-brasil.ghtml
]]> A startup colombiana Akua, que fornece infraestrutura de pagamentos para adquirentes e lojistas, levantou uma rodada seed de US$ 8,5 milhões com a americana Flourish Ventures e a mexicana Cathay Latam, ambos fundos de venture capital focados em fintechs. O cheque vai ser utilizado principalmente para lançar, no primeiro semestre de 2026, a operação da startup no mercado mais competitivo da América Latina, mas com maior potencial: o Brasil. A rodada também contou com as gestoras brasileiras Atlântico, de Julio Vasconcellos, e a paranaense Honey Island 4UM. Também entraram a peruana Krealo (corporate venture capital da Credicorp) e a colombiana Simma Capital. No ano passado, a Akua havia levantado US$ 4,5 milhões em uma rodada pré-seed, que também trouxe a Propel, H2O, Flourish e investidores-anjos. Depois do Banco Neon, Flourish Ventures quer fintechs interseccionais No M&A do CRM, Syonet compra Campos Dealer para crescer no agro Fundada por um trio de latinos (incluindo um brasileiro) na Colômbia em agosto de 2024, a Akua oferece uma infraestrutura de pagamentos que contempla uma série de métodos e diferentes negócios, permitindo que a startup atue com adquirentes, subadquirentes, bancos, empresas cross-border e lojistas (merchants), por exemplo. Entre as vantagens do negócio, segundo a empresa, estão a visualização única dos pagamentos para lojistas e o fluxo automatizado de operações com IA, poupando tempo para os clientes da fintech colombiana e atuando em prevenção de fraudes. Os planos para acelerar a internacionalização acontecem em um momento em que a Akua já tem um pacote de soluções completas para entrar no principal mercado da América Latina. Até então, a startup operava na Colômbia e Uruguai, países-natais dos cofundadores Carlos Marín (CEO) e Juan José Behrend (CTO), respectivamente. Neste ano, deve se lançar na Argentina e Peru e, em 2026, Brasil e México. Brasileiro Rodrigo Rodrigues (dir.), da colombiana Akua: Cautela ao entrar no mercado brasileiro Divulgação/Akua “A nossa estratégia foi começar a empresa por um mercado menor e menos complexo para provar a tese da fintech para depois ganhar escala”, explica o brasileiro Rodrigo Rodrigues, cofundador e COO da Akua. “Sempre soubemos que viríamos para o Brasil, porque não tem como ficar de fora desse mercado. Mas está em outro nível de maturidade, então tivemos cautela”. A Akua é o primeiro negócio de Rodrigues. Entre 2011 e 2019, o brasileiro fez carreira na Mastercard, trabalhando na emissora durante a ascensão dos bancos digitais no Brasil e, depois, na Colômbia, para onde foi enviado pela empresa para lançar o mercado de fintechs no país latino (e onde conheceu Carlos Marín, seu cofundador cinco anos mais tarde). O cheque para a Luzid dar um empurrãozinho em SAP e Salesforce Quero Educação abre espaço para GP e Iporanga em reorganização societária Depois, ele trabalhou de Bogotá na fintech Movii e, em 2022, de volta a São Paulo, trabalhou na operação de cartões da fintech mexicana Jeeves. Em 2024, recebeu uma “ligação inusitada” de Marín, que estava então na fintech argentina Pomelo, sobre o que viria a ser a Akua. Atualmente, a fintech tem escritórios em três cidades: Bogotá, Montevidéu e São Paulo, onde tem mesas no Cubo, do Itaú. A empresa tem 40 funcionários, dos quais sete são brasileiros em regime remoto de trabalho.
pipelinevalor Tue, 07 Oct 2025 14:01:01 -0000
As três startups brasileiras que serão aceleradas pela Amazon Programa da AWS selecionou 40 empresas do mundo, com mentoria e suporte de até US$ 1 milhão https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/as-tres-startups-brasileiras-que-serao-aceleradas-pela-amazon.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/as-tres-startups-brasileiras-que-serao-aceleradas-pela-amazon.ghtml
]]> A Amazon Web Services (AWS), empresa de serviços de nuvem da Amazon, escolheu três startups brasileiras para participar da terceira edição do programa global de aceleração da big tech, o Generative AI Accelerator (Gaia). O trio, parte de um grupo de 40 no mundo todo (e cinco da América Latina), é composto pela AI Cube, a Dharma AI e a Forlex. Cada uma receberá até US$ 1 milhão em créditos na AWS e será acompanhada durante oito semanas por especialistas técnicos e de negócios da gigante da tecnologia. “Qualquer uma dessas empresas executa muito bem o trabalho, então nosso objetivo é apenas entender como a AWS pode ajudar para que elas acelerem do ponto A para o B, aprendendo, errando em coisas diferentes, vendo acertos dos outros”, explica Karina Lima, chefe de startups da AWS no Brasil. Menos disrupção, mais pragmatismo: os jovens inovadores do Brasil, segundo o MIT O cheque para a Luzid dar um empurrãozinho em SAP e Salesforce As startups têm chegado à AWS mais maduras em termos de negócio, diz a executiva, que atribui ao fim de uma fase mais “experimental” da IA com a chegada do ChatGPT e a popularização da tecnologia generativa. “A demanda está mais definida e as startups conseguem entender melhor como aportar valor mais rapidamente”, diz. No Brasil, as três selecionadas têm até dois anos de operação. Com 10 meses, a Dharma AI foi criada por Gabriel Renault e outros cinco sócios para desenvolver SLMs: specialized language models ou small language models. Ao contrário dos LLMs (large language models), mais generalistas, esses são desenhados para atender a indústrias específicas, com menor custo para o cliente e menor consumo energético. A startup avalia que o programa pode ajudar também na aproximação e abordagem a fundos de venture capital – a Dharma AI levantou uma rodada seed de R$ 15 milhões em janeiro e agora prepara uma série A. “A AWS vai ajudar a lapidar a visão de negócios, ao mesmo tempo em que vai nos adequar ao jogo global de tecnologia. Temos uma expectativa altíssima”, diz Renault. O prodígio brasileiro que atraiu fundos lendários do Vale do Silício O cheque para a Luzid dar um empurrãozinho em SAP e Salesforce Já a AI Cube, fundada há pouco mais de um ano, desenvolveu o Qube, um operador de softwares de computador a partir de comandos no estilo ChatGPT. Conforme os fundadores Bruno Ramos e Garry Dias, trata-se de criar sistemas de “força de trabalho sintética”, já que é possível programar, editar vídeos, preencher planilhas e acessar sites sem sequer um clique de mouse feito por um humano. “A AI Cube nasceu por preguiça”, brinca Bruno Ramos, CTO e cofundador. “Nosso primeiro lançamento foi criado para acelerar um processo de entrega para um cliente, mas ele se interessou mais pelo processo do que pela entrega final.” Karina Lima, da AWS: candidatas com proposta de negócio mais madura Divulgação/AWS O programa da AWS deve dar uma força na penetração de mercado, já que a AI Cube vai conseguir colocar o seu produto na loja global da AWS. A startup teve US$ 1,2 milhão em receita nos primeiros seis meses de operação e a expectativa é fazer US$ 18 milhões em receita anual recorrente (ARR) até o próximo ano. SP Tech Week ganha corpo ao abraçar Faria Lima 22 mil startups: o gigantesco programa de aceleração da Nvidia Com a AWS, a expansão global também está no caminho da Forlex, legaltech brasileira que automatiza tarefas para o setor jurídico. O modelo da empresa é adaptado para o setor jurídico do Brasil, entendendo jurisprudências e referências da área. Em agosto, seu sistema passou a ser utilizado pela OAB, ampliando o alcance do produto para os advogados do país. “A aceleração vai permitir que a gente atue na Europa e EUA, onde nosso concorrente é muito grande e capitalizado, então vamos primeiro para Reino Unido, Portugal, França, Alemanha e Holanda”, diz Daniel Bichuetti, co-CEO e CTO da Forlex. Para o próximo ano, a startup espera atingir o breakeven e partir para uma rodada de até US$ 20 milhões. No ano passado, levantou R$ 3,6 milhões com a Vinci Ventures. “Estamos focados em gerar receita para depois fazer um processo de captação mais demorado”, diz o fundador.
pipelinevalor Tue, 07 Oct 2025 12:00:58 -0000
Intercement aprova plano com credores; argentino de olho na Loma Negra Parte do pagamento será feita com a venda do ativo, que já tem ao menos um interessado https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/intercement-aprova-plano-de-recuperacao-judicial-com-credores.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/intercement-aprova-plano-de-recuperacao-judicial-com-credores.ghtml
]]> Os credores da Intercement, subsidiária do grupo Mover, aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia para reestruturar uma dívida de cerca de R$ 10 bilhões. O plano foi aprovado por 99,66% dos credores em assembleia realizada nesta segunda-feira. A companhia é assessorada pelo banco Houlihan e pelo escritório E.Munhoz. Do total da dívida, os credores com garantia real receberão US$ 700 milhões (R$ 3,7 bilhões na taxa de câmbio atual) com a venda da Loma Negra, por meio da emissão de US$ 500 milhões em títulos de participação atrelados à subsidiária na Argentina e US$ 200 milhões em papéis conversíveis em ações da Intercement. Isso porque a venda da Loma Negra não será suficiente para cobrir todo o pagamento desses credores. Bondholders da Intercement compram crédito do BB e vão assumir empresa Itaú vende dívida da Intercement a bondholders Dentro desse grupo, o empresário Marcos Mindlin, presidente da Pampa Energia, detém cerca de 28% dos títulos de participação da subsidiária Argentina. Mas para levar a Loma Negra, Mindlin terá que participar de um processo competitivo em que a venda do ativo tem que ser aprovada pelos bondholders. A Intercement tem 52% da empresa argentina. O empresário, junto com outros bondholders, comprou os créditos dos bancos Itaú e Banco do Brasil, que tinham como garantia ações da Loma Negra. Do restante da dívida, os credores receberão R$ 1,8 bilhão em títulos garantidos pela Intercement com prazo de cinco anos e remuneração de CDI mais 2% e o restante será convertido e equity equivalente a uma participação de 72,5% da empresa. Intercement: plano prevê a venda da Loma Negra para pagar credores Divulgação Os credores que participarem de um novo financiamento para a companhia, no valor de US$ 110 milhões terão direito a uma participação de 27,5% na empresa. A Mover, controladora da Intercement, também aprovou o plano para reestruturar cerca de R$ 15 bilhões em dívida. O acordo com os credores prevê a venda da participação de 14,86% que a Mover, controladora da Intercement, detém da Motiva (antiga CCR) para pagar a dívida de R$ 3,2 bilhões com o Bradesco. No acerto, a Mover ficará com cerca de R$ 500 milhões dessa venda, colocando fim a um impasse nas negociações. No Brasil, a InterCement está presente em nove estados com 15 unidades produtivas e cerca de 3.400 trabalhadores. Na Argentina, controla 23 fábricas e 14 centrais de concreto por meio da Loma Negra. Sem acordo com CSN, Intercement pede recuperação judicial e arrasta a holding Mover
pipelinevalor Mon, 06 Oct 2025 20:43:51 -0000
Sai Pátria, entra Vinci: após rearranjo societário, DRS avança no exterior Fundador do grupo que atua em pesquisa clínica retomou controle e abre operação na Europa https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/sai-patria-entra-vinci-apos-rearranjo-societario-drs-avanca-no-exterior.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/sai-patria-entra-vinci-apos-rearranjo-societario-drs-avanca-no-exterior.ghtml
]]> A DRS fez um rearranjo em sua estrutura societária, que permite à companhia, agora, focar em seu plano de crescimento internacional. O grupo atua na cadeia de pesquisa clínica e medicamentos, desde fornecimento de insumos e amostras biológicas à logística com controle de temperatura. Desde 2021, o Pátria era o controlador da empresa fundada por David Bueno, que havia seguido na administração do negócio como minoritário. A proposta do Pátria era integrar a DRS como uma vertical da Elfa, mas a tese da consolidadora acabou se mostrando mais complexa e a adquirida perdeu destaque no emaranhado de negócios. Vinci Compass compra 70% das ações da Changi no Galeão Vinci e Verde: o preço e o prazo No início deste ano, Bueno alinhou uma transação dupla: recomprou uma fatia da participação do Pátria, voltando a ser o controlador, e um fundo de private equity da Vinci Compass comprou as demais ações. A transação com a Vinci, de valor não revelado, também colocou capital no caixa da DRS. O fundo Vinci Impacto e Retorno (VIR IV), que levantou R$ 1 bilhão em 2021, tem feito negócios de até R$ 150 milhões. “Foi o nono investimento do fundo, que inclui teses de varejo, saúde, serviços, com foco B2B. O David está há 20 anos nessa área, com modelo provado, em um negócio que já cresce e podemos ajudar a acelerar”, diz José Pano, sócio da Vinci. DRS atua em operações de suporte a pesquisas, produção e transporte de medicamentos e insumos Pixabay Num negócio com tantas especificidades, a aceleração vem com maior investimento em tecnologia com expansão geográfica. “Um dos desafios sempre foi escalar porque é uma operação extremamente complexa, em controle de tempo, de temperatura, de qualidade, de auditorias e regulações”, diz Bueno. Pátria busca comprador para empresa de odonto da Elfa Elfa busca comprador para Descarpack Os clientes são os principais laboratórios e indústrias farmacêuticas nacionais e internacionais e a própria DRS tem cerca de 70 profissionais farmacêuticos no time. A companhia quer ser referência no suporte regional e global desta indústria e tem planejado crescimento em Argentina, México e Colômbia no plano para América Latina. Mas já deu também os primeiros passos para entrar na Europa. "Decidimos começar o plano por um mercado maduro, por isso estruturamos uma equipe na Irlanda e estamos em processo de obtenção de licenças”, diz Bueno. Segundo o CEO, a atuação internacional deve ajudar a adicionar 30% de resultado já ao fim de 2026. Vinci compra controle de rede baiana O Varejão Autopeças GEF e Vinci compram Logvett e vão ampliar escopo em logística A projeção do grupo é faturar R$ 230 milhões em 2025, o que significaria um crescimento de 30% sobre o ano passado. A expectativa é chegar a R$ 500 milhões em três a cinco anos. "Estamos entregando para os investidores este ano o que foi planejado entregar em 2027. Se continuarmos nesse nível de crescimento, pode ser que em 2026 ou 2027 façamos uma nova rodada de captação”, antecipa o CEO.
pipelinevalor Mon, 06 Oct 2025 19:10:26 -0000
Encontro de avatares: a campanha da Lu e da Dora Personagens femininas do Magalu e da Rede D'Or se unem por Outubro Rosa https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/encontro-de-avatares-a-campanha-da-lu-e-da-dora.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/encontro-de-avatares-a-campanha-da-lu-e-da-dora.ghtml
]]> Duas “influenciadoras virtuais” terão um encontro inédito: a Lu, avatar do Magazine Luiza, e a Dora, avatar da Rede D’Or. Ambas criadas para uma interação mais simpática com o público-alvo, elas se entrosam numa campanha do Outubro Rosa, o mês de mobilização mundial para conscientização sobre o câncer de mama. A Lu traz as dúvidas e mitos sobre a doença, prevenção e tratamento, para que a assistente Dora encontre as respostas com o corpo clínico de oncologia da D’Or. “Temos a oportunidade de usar nossa força digital para falar de um tema que salva vidas. Juntar a Lu e a Dora é unir engajamento e credibilidade para disseminar informação de qualidade e baseada em critérios técnicos”, diz o oncologista clínico Gilberto Amorim, da D’Or Rio. Lu e Dora se unem no Alerta Rosa pela saúde da mulher Divulgação A varejista de Luiza Trajano já fez outras campanhas de engajamento em causas femininas - como a notória #metoacolhersim , que incentiva denúncia de agressão a mulher. “O Magalu tem um compromisso com temas relevantes e temos lastro em ações relacionadas à causa da mulher”, diz Aline Izo, gerente sênior de marketing, branding e comunicação do Magalu. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil, excluindo pele não melanoma, com quase 74 mil novos casos nos últimos dois anos.
pipelinevalor Mon, 06 Oct 2025 18:23:11 -0000
Rappi pede para entrar na briga entre Keeta e 99Food App colombiano diz que cláusulas de exclusividade podem ajudar a formar duopólio com iFood https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/rappi-pede-para-entrar-na-briga-entre-keeta-e-99food.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/rappi-pede-para-entrar-na-briga-entre-keeta-e-99food.ghtml
]]> O Rappi foi ao Cade pedir para ser aceita como parte interessada no processo movido pela chinesa Keeta contra a rival 99Food, acusada de firmar contratos com cláusulas de exclusividade com restaurantes. O ofício foi protocolado nesta segunda-feira pelo time de advogados do Cescon Barrieu. A Keeta, marca internacional da gigante chinesa de delivery Meituan e prestes a iniciar operação no Brasil, foi ao Cade em agosto denunciar as supostas práticas anticompetitivas da 99Food. Segundo os autos do processo, o braço de delivery da 99 proíbe que, em troca de benefícios financeiros, restaurantes atuem nas plataformas da Keeta e do Rappi. 99Food começa com meio bilhão em São Paulo e 100 cidades no alvo O plano da Meituan para tirar o iFood do pódio de delivery no Brasil Líder no segmento, o iFood não é citado nessas cláusulas contratuais, o que, segundo o app colombiano, indica a formação de um duopólio. O Rappi pede para ser admitido como parte interessada na investigação que corre em Brasília justamente por ser citado nominalmente nesses contratos levados pela Keeta. Além disso, o app colombiano se vê prejudicado pelo comportamento da 99Food, que se relançou no mercado brasileiro em agosto passado com a promessa de investimento de R$ 500 milhões em investimentos até o fim deste ano em São Paulo. Ao Cade, o Rappi afirma que essas práticas de exclusividade já foram reconhecidas pelo próprio órgão como prejudiciais ao mercado de delivery. Em 2020, a empresa colombiana foi ao órgão denunciar o iFood, que firmou esses contratos para se consolidar no mercado. Em 2023, o Cade firmou um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o app, estabelecendo limites para essa conduta e reconhecendo a prática anticompetitiva denunciada pela colombiana. Rappi: “Consolidação de um duopólio seria danosa” ao mercado de delivery Reprodução/Valor “A consolidação de um duopólio seria especialmente danosa ao ecossistema de pedidos online de comida (delivery) brasileiro, pois eliminaria a diversidade competitiva que o TCC do CADE no caso iFood buscou preservar”, escrevem os advogados do Rappi nos autos. Na semana passada, a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), que há anos vem defendendo a abertura do mercado de delivery e o fim dos contratos de exclusividade firmados entre plataformas e estabelecimentos, também foi ao órgão anticoncorrencial pedir para ser aceita como parte interessada no processo.
pipelinevalor Mon, 06 Oct 2025 16:13:12 -0000
Família Coelho Diniz toma a maioria do Casino no conselho do GPA É a primeira mudança de comando em mais de uma década no Pão de Açúcar https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/familia-diniz-toma-a-maioria-do-casino-no-conselho-do-gpa.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/familia-diniz-toma-a-maioria-do-casino-no-conselho-do-gpa.ghtml
]]> No Pão de Açúcar, nova mudança de board Divulgação Acabou há pouco a assembleia para eleger o novo conselho do Pão de Açúcar (GPA), que marcou uma mudança histórica na administração da companhia. Pela primeira vez em cerca de 13 anos o francês Casino deixa de ter maioria no board, por indicação direta ou alinhamento. Quem passa ao comando é a família mineira Coelho Diniz, que emplacou três nomes ligados ao grupo, mais um membro independente e tem alinhamento com outro membro independente - assim, num bloco de cinco dos nove votos. Uma capitalização privada de R$ 500 milhões no GPA As próximas mudanças no GPA: equipe e capex Rafael Ferri, que vinha sendo um dos acionistas e conselheiros mais ativista, deixou o board - ele passou seus votos a Edison Ticle que, somando também boa parte do free float, foi o mais votado. André Diniz deve ficar como chairman e Ticle como vice. Foram eleitos também Gustavo Lobato, Leandro Assis e Luiz Henrique Alves. Indicados pelo Casino, foram reeleitos Christophe Hidalgo e Helene Bitton. Entrou também para o conselho Rodolfo Neves Francisco, indicado por Ronaldo Iabrudi, acionista que vem reduzindo sua participação no GPA. Completa o board o CEO Marcelo Pimentel. Tirolez compra a Levitare e põe burrata no portfólio Nelson Tanure vai brigar por Emae e aciona Justiça no Rio e São Paulo Acionista da família Roldão, que vem comprando posição no GPA nos últimos meses, Ricardo Roldão havia se autoindicado, mas não teve votos suficientes para eleição. Como o Pipeline havia antecipado, os donos de varejista homônima queriam pleitear um assento mas há potencial conflito de interesse entre as varejistas na análise de outros membros do conselho. A nova administração quer revisar os custos atuais do GPA e o plano de investimentos. Também deve mexer na direção executiva e discute um aumento de capital no curto prazo.
pipelinevalor Mon, 06 Oct 2025 15:39:01 -0000
Tirolez compra a Levitare e põe burrata no portfólio Companhia, com 45 anos de operação, tinha fabricação concentrada em produtos com leite de vaca e adiciona 50 itens de búfala https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/tirolez-compra-a-levitare-e-poe-burrata-no-portfolio.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/tirolez-compra-a-levitare-e-poe-burrata-no-portfolio.ghtml
]]> Linha da Levitare: mais de 50 itens com leite de búfala Reprodução O grupo de laticínios Tirolez acaba de assinar a compra da Levitare. A aquisição adiciona uma linha de 50 produtos de leite de búfala ao portfólio, que nos 45 anos de operação da Tirolez foi concentrado em fabricações a partir do leite de vaca. Líder na produção de queijos de búfala em São Paulo, segundo dados da Scanntech, a Levitare ajudou a colocar os produtos no dia a dia de consumo nas últimas duas décadas – além da mozzarella de búfala, a companhia apostou no uso do leite em itens como minas frescal, padrão e manteiga, e foi pioneira na linha sem lactose, no requeijão de búfala e burrata recheável. M&A do salame com queijo: Aurora compra Gran Mestri Ultra Pão põe tecnologia na fornada e quer R$ 800 milhões na padaria online Essa é a primeira aquisição de marca da Tirolez, que privilegiava o crescimento orgânico e compra de ativos estruturais. As companhias têm uma similaridade histórica. Enquanto a Tirolez foi fundada em 1980 pelos irmãos Cícero e Carlos Hegg, a Levitare foi fundada pelos irmãos Denise e Jorge Nakid. A dupla começou a fabricar artesanalmente queijos produzidos com leite do rebanho bubalino da fazenda da família, na cidade de Sete Barras, interior de São Paulo, e criou a marca Levitare em 2004. Marcel de Barros, CEO da Tirolez: grupo vai dar capilaridade à linha de búfala Gabriel Reis/Valor Agora, passam a compor o portfólio da Tirolez, que já tinha 28 tipos de queijos e mais de 130 SKUs. A nova dona vai dar maior capilaridade à marca. “Identificamos na Levitare missão e propósito que combinam com os nossos. Ao mesmo tempo em que é uma empresa de raiz familiar e que preserva a tradição, possui uma forte cultura de inovação e utiliza as melhores práticas de fabricação de laticínios”, diz Marcel de Barros, CEO da Tirolez. Segundo ele, os queijos de búfala apresentam crescimento composto de dois dígitos nos últimos cinco anos. O acordo prevê a permanência dos irmãos Nakid no negócio durante todo o período de integração entre as duas operações. Além de aprovação do Cade, como de praxe, a conclusão da operação está condicionada ao cumprimento de cláusulas precedentes.
pipelinevalor Mon, 06 Oct 2025 15:12:28 -0000
No M&A do CRM, Syonet compra Campos Dealer para crescer no agro Investida de search fund colocou aquisições no centro da estratégia de expansão https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/no-manda-do-crm-syonet-compra-campos-dealer-para-crescer-no-agro.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/no-manda-do-crm-syonet-compra-campos-dealer-para-crescer-no-agro.ghtml
]]> A Syonet, empresa de software de CRM e marketing para concessionárias de veículos, fechou a compra da Campos Dealer, plataforma líder em relacionamento para revendedoras agrícolas. Com a operação, a companhia passa a um market share de mais de 50% das concessionárias do país – tanto no geral quanto no agronegócio especificamente –, ampliando sua base de clientes em cerca de mil lojas, para 4,2 mil. A transação não teve o valor divulgado. O crescimento por aquisição é parte relevante da estratégia da Syonet, iniciada em 2023 após a aquisição pelo search fund Atlante Capital. Com a Campos Dealer, a projeção é fechar 2025 com um crescimento de 50% nas receitas recorrentes, superando R$ 106 milhões, quase o triplo dos R$ 39 milhões registrados em 2022. Por trás do LCD do carro, LogiGo mira rivais globais – e um comprador Mototáxi no Brasil supera transporte de carro de outros mercados da Uber Segundo o CEO da Syonet, Caio Nascimbeni, a expectativa é que a sinergia entre as empresas seja grande, já que Syonet e Campos Dealer compartilham uma base de clientes complementar. Muitos clientes atendidos pela Syonet também operam lojas de maquinário agrícola, criando oportunidades imediatas de integração, cross-selling e ganho de escala. Outras negociações para aquisição já estão em curso e pelo menos uma deve ser anunciada no ano que vem, podendo aumentar ainda mais o escopo da Syonet, como lojas de carros usados e oficinas. “Vemos muitas oportunidades de consolidação nesse mercado de martechs” – que combinam marketing e tecnologia –, diz o executivo. Nascimbeni: outros segmentos do mercado automotivo em vista para futuras aquisições Divulgação Atualmente, a Syonet atende concessionárias de marcas como Stellantis, BYD, Hyundai e Toyota, que movimentaram R$ 85 bilhões em transações nos últimos 12 meses. Com a incorporação da Campos Dealer, a empresa passa a fornecer sistemas também para concessionárias agrícolas de fabricantes como Valtra, John Deere, New Holland e Massey Ferguson. Juntas, as duas plataformas representarão mais de R$ 100 bilhões em veículos, peças, acessórios e serviços automotivos transacionados em 2025. Com a aquisição, os executivos da Campos Dealer permanecerão na operação, somando-se-se aos mais de 250 colaboradores da Syonet. “Estamos muito felizes e empolgados com a chegada do time da Campos à nossa empresa, formando com a gente um verdadeiro dream team de especialistas em tecnologia para concessionárias de todos os tipos”, diz Nascimbeni. Mexicana OCN vai disputar motorista de aplicativo com Kovi e Localiza Com frota própria, Turbi acelera e já é quarta maior locadora do país “Passamos a integrar um ecossistema ainda mais completo, com acesso imediato a um portfólio mais amplo de produtos e serviços. Essa união fortalece nossa posição no mercado de agronegócio e potencializa os resultados da rede de concessionárias que atendemos”, afirma Humberto Santos, CEO da Campos Dealer. Segundo Nascimbeni, a aquisição faz parte de uma estratégia mais ampla de consolidação. “Seguimos com um plano elaborado e estratégico de expansão. A entrada da Campos Dealer é um marco importante. Planejamos realizar ao menos mais uma aquisição estratégica no próximo ano, sempre com foco em agregar tecnologia, escala e especialização aos nossos clientes”, conclui o executivo. A Syonet foi assessorada na transação pelo Demarest Advogados, e a Campos Dealer teve como assessores a LKC Capital e a Timoner e Novaes Advogados.
pipelinevalor Mon, 06 Oct 2025 14:00:58 -0000
Nelson Tanure vai brigar por Emae e aciona Justiça no Rio e São Paulo Empresário foi surpreendido com venda à Sabesp e alega má-fé da XP, segundo fontes; imbróglio tem conexão com a crise da Ambipar https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/nelson-tanure-vai-brigar-por-emae-e-aciona-justica-no-rio-e-sao-paulo.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/nelson-tanure-vai-brigar-por-emae-e-aciona-justica-no-rio-e-sao-paulo.ghtml
]]> A Sabesp assinou a compra da Emae – mas, se depender do atual controlador, não vai levar. A semana promete uma guerra de liminares. O acionista por trás da Phoenix Água e Energia, que detém 75,8% das ações ordinárias da Emae, é o empresário Nelson Tanure. Como o Pipeline revelou mais cedo, a transação não incluiu o acionista, mas trata-se de uma execução de dívida que tinha suas ações em garantia. A venda à Sabesp pegou Tanure de surpresa. “Vamos contestar de todas as formas, tentar impedir isso em todas as instâncias”, afirma uma fonte próxima ao empresário. “Não há interesse do Nelson em vender a Emae e muito menos em perdê-la por causa de R$ 130 milhões”, complementa, referindo-se ao montante de juros vencidos em 27 de setembro. Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão As debêntures, que financiaram a compra da Emae, são detidas por um fundo administrado pela XP que tem a Vórtx como agente fiduciário. A emissão foi em setembro do ano passado e, agora, seria o primeiro desembolso. No dia 30, sem a quitação, as instituições notificaram sobre o vencimento integral. O Pipeline apurou que o FIP Phoenix, veículo de Tanure na Phoenix Água e Energia, já havia entrado, na sexta-feira, com três ações contestando a execução de dívida – uma no TJ do Rio e duas em São Paulo. Neste domingo, os advogados devem acionar mais uma vez os tribunais com pedido de urgência. A demanda era justamente para evitar a execução e solicitar uma mediação com prazo de um a dois meses para a quitação. A Phoenix alega à Justiça que vinha conversando há meses sobre o pagamento e teria tido uma sinalização positiva do credor na última semana. Ambipar aciona Bradesco e Opportunity na Justiça por venda de ações Segundo fontes envolvidas no assunto, há relação direta dos últimos acontecimentos com a crise da Ambipar. As empresas não têm qualquer relação, mas possuem acionistas em comum. No ano passado, Tanure comprou ações da Ambipar e o controlador dessa companhia, Tércio Borlenghi, comprou também ações da Emae. ,Tanure, controlador da Emae, foi surpreendido com venda à Sabesp Léo Pinheiro/Valor Há cerca de quatro meses, Borlenghi teria manifestado sua intenção de sair da Emae, com interesse nas ações de Tanure na Ambipar. Ele detém as ações por meio do fundo Arys, com 24,19% das ONs da Emae. Acertaram uma troca, apurou o Pipeline, que teria ainda uma tranche em dinheiro de Borlenghi à Tanure. Por essa diferença da ordem de R$ 250 milhões, o controlador da Ambipar assumiria o pagamento dos juros à XP e teria a liberação de suas garantias pessoais. Segundo a fonte, a credora também já estava de acordo, que teria sido registrado em troca de emails e acertos em reuniões. No entanto, Borlenghi mudou de ideia pouco depois. Há cerca de um mês e meio, informou à XP que não iria mais seguir com a transação e a credora voltou a discutir o pagamento pelo Phoenix. Tanure então propôs à XP um waiver, que prorrogasse o vencimento para março (mediante pagamento de waiver fee de R$ 15 milhões). A credora iniciaria a venda espaçada das ações do empresário na Ambipar, papéis que compunham a garantia das debêntures, levantando capital até o início do ano que vem, podendo antecipar a quitação da dívida. Ambipar entra com pedido de cautelar contra credores O misterioso FIDC da Ambipar Segundo fontes próximas ao Phoenix, esses termos também estariam avançados. No dia 24 de setembro, no entanto, a Ambipar obteve uma cautelar de proteção contra credores, que derrubou a ação e alterou o risco das garantias. O Pipeline apurou que Tanure detém 150 milhões de ações da Ambipar. Antes da cautelar, com a ação a R$ 14, isso valia R$ 2,1 bilhões. Ao preço da última sexta-feira, de R$ 1,4 por ação, vale R$ 210 milhões. Diante do novo cenário, a XP quis reduzir o risco, mantendo a data. Segundo fonte próxima à credora, a preocupação com a alavancagem e governança do devedor aumentou, de forma geral – no início de setembro, a Emae anunciou uso de caixa para comprar ações da Light, que tem Tanure como um dos acionistas de referência. Aquisição da Emae por Sabesp é de R$ 1,1 bilhão Reprodução “Pode ter havido surpresa na venda à Sabesp, mas o vencimento já tinha data definida há um ano e as conversas sobre o pagamento vinham há seis meses”, afirma um executivo próximo aos debenturistas. A XP tem assessoria jurídica dos escritórios Pinheiro Guimarães e Tepedino, Berezowski & Poppa Advogados. A Sabesp conta com assessoria financeira do Rothschild e legal do Mattos Filho.  O desafio da Laplace no mandato do Master O alívio que a venda do Will Bank pode dar ao Master - e ao FGC O Phoenix teria pedido inicialmente um prazo de 90 dias para fazer o pagamento e, diante da negativa, pediu 30 dias. Não houve acordo e a execução das garantias foi declarada pelo credor. “Não houve pedido de desconto, ninguém disse que não ia pagar. O que houve foi demanda de prazo mínimo e a XP agiu de má-fé ao negociar uma venda em paralelo”, avalia essa fonte. O Phoenix também deve buscar a Aneel e o Cade, a quem a Sabesp já submeteu a transação. O governo de São Paulo, que detém 18% da Sabesp incluindo uma golden share, se manifestou a favor da transação. “A aquisição é uma operação de mercado e pode ampliar os investimentos em segurança hídrica”, disse em nota. Procurados, Tanure, XP, Sabesp e Borlenghi não comentaram.
pipelinevalor Sun, 05 Oct 2025 20:20:17 -0000
Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão Acordo foi feito com debenturistas, que executaram dívida de fundo Phoenix, e com Eletrobras https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/sabesp-compra-o-controle-da-emae-em-transacao-sem-nelson-tanure.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/sabesp-compra-o-controle-da-emae-em-transacao-sem-nelson-tanure.ghtml
]]> A Sabesp acaba de acertar a compra do controle da Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae) por R$ 1,1 bilhão. A Sabesp está de olho na integração dos sistemas Guarapiranga e Billings, que pode garantir a segurança hídrica de São Paulo. A transação se dá em duas etapas. Primeiro, a Sabesp assinou a compra de 74,9% das ações ordinárias da Emae que pertencem à Phoenix Água e Energia S.A. e foram dadas em garantia de uma emissão de debêntures. O Pipeline apurou que o primeiro vencimento de juros dessas debêntures aconteceu em 27 de setembro e não houve pagamento. A primeira parcela do principal vence em abril. Com o inadimplemento, o agente fiduciário Vórtx e a administradora XP notificaram o devedor e declararam o vencimento integral da dívida na terça-feira, dia 30, iniciando na sexta-feira, dia 3, o processo de execução das garantias - que inclui todo o equity correspondente da Emae. Sabesp avança em metas e afasta risco de multa no primeiro ano Sabesp toma o maior crédito no escopo do Eco Invest As ações da Phoenix Água e Energia são detidas pelo Phoenix FIP, administrado pela Trustee. O fundo tem como cotista de referência o empresário Nelson Tanure, que não foi envolvido das tratativas, apurou o Pipeline. O Phoenix é também o único cotista do fundo Esna - o veículo que entrou na investigação da CVM por uma suposta compra orquestrada de ações da Ambipar e da Emae, envolvendo Tanure e o controlador da Ambipar, Tércio Borlenghi. Operação hídrica da Emae é estratégica para Sabesp Divulgação A dupla comprou a Emae, no ano passado, por R$ 725 milhões. As debêntures financiaram R$ 520 milhões e têm também garantias pessoais de Tanure, Borlenghi e respectivos cônjuges e ações da Ambipar detidas por eles. Esse montante dos papéis de dívida (PHAG11) está alocado em um fundo gerido pelo Modal e administrado pela XP, o Macadâmia. As debêntures da Phoenix Água e Energia respondem por 26,8% do fundo Macadâmia, posição registrada pelo valor de emissão, de R$ 520,15 milhões. O fundo, com PL total de R$ 1,9 bilhão, também tem diferentes papéis do Banco Master e empresas controladas, como Will Bank. Com a execução de equity da Emae, o debenturista ainda pode executar as demais garantias. Da fonte da Sabesp, bebem os gringos A jogada frustrada da Eletrobras na Emae Transferidos os papéis da Phoenix, a segunda etapa da transação da Sabesp é a compra de 66,8% de ações preferenciais da Emae detidas pela Eletrobras. Esse acordo também já foi assinado. Assim, a Sabesp terá 70% do capital total da Emae, a depender de aprovacão da Aneel e Cade. A aquisição põe nas mãos da Sabesp um ativo em plena região metropolitana de São Paulo, com potencial de ampliação do abastecimento também na Baixa Santista. A Sabesp já capta água da Guarapiranga e da Billings, mas ao assumir a gestão das represas pode ganhar mais flexibilidade e eficiência operacional. A estimativa é que, após a universalização do saneamento e a consequente melhora na qualidade da água do Rio Tietê, previstos no plano de investimento da privatização, a Sabesp volte a bombear água do Tietê para a Billings, via Rio Pinheiros - aumentando a vazão de água disponível em cerca de 60m3 por segundo, como ocorria até a década de 1990. Isso seria possível a partir de 2029. Com isso, a Sabesp não precisaria investir no médio prazo em novas infraestruturas para trazer mais água do Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, ao longo de 40 km, e de Sorocaba, ao longo de 100km. Privatizada, Emae vai investir R$ 2,6 bi em expansão até 2029 Tanure atraiu entrada do Fundo Phoenix no leilão da Emae, diz Banco Master A Emae também atua em geração de energia e vai manter seus contratos. A companhia foi a leilão de privatização em abril do ano passado, avaliada em R$ 1,04 bilhão. O Phoenix pagou R$ 70,65 por ação, ágio de 33,68% sobre o valor definido pelo governo de São Paulo. A Sabesp está pagando o correspondente a R$ 59,33 na ON que era detida pelo Phoenix e R$ 32,07 na PN detida pela Eletrobras. Tanure e Borlenghi pagaram cerca de R$ 780 milhões pelo controle da operação (a Eletrobras já tinha posição na Emae, ações que não compuseram o leilão, e também tem papéis com os funcionários). Fora os R$ 520 milhões financiados pelas debêntures, o restante das ações adquiridas pela dupla está no fundo Arys (antigo Oceania), administrado também pela Trustee, que tem 9,63% de participação, com 24,19% das ONs. Leia também: Nelson Tanure vai brigar por Emae e aciona Justiça no Rio e São Paulo
pipelinevalor Sun, 05 Oct 2025 13:01:39 -0000
O que o rally me ensinou sobre competir, empreender e liderar "Não me lembro da minha vida sem ser contra um cronômetro", escreve o empreendedor e piloto, que se aproxima do título mundial https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/o-que-o-rally-me-ensinou-sobre-competir-empreender-e-liderar.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/day-off/noticia/o-que-o-rally-me-ensinou-sobre-competir-empreender-e-liderar.ghtml
]]> Desde pequeno, minha vida foi movida a motores. Antes mesmo de entender o que era uma corrida, eu já estava no guidão de uma moto de cross — com as botas cobertas de barro e o coração acelerado pela sensação de velocidade e liberdade. Essa chama nunca se apagou. O que começou como paixão virou profissão e, de certa forma, propósito: hoje sou piloto de rally-raid, uma modalidade que leva homem e máquina aos limites em alguns dos cenários mais belos e extremos do planeta. O rally-raid é, para mim, o teste definitivo. São dias cruzando desertos, dunas, pedras e lama. É resistência física, mental e mecânica. É enfrentar imprevistos a cada quilômetro e, ainda assim, manter a concentração e a determinação. É a Fórmula 1 do off-road — só que com um grau de imprevisibilidade que a torna ainda mais desafiadora e fascinante. Arquitetura enfrenta extremos climáticos no Ibirapuera A outsider que ampliou a Bienal Não me lembro da minha vida sem ser contra um cronômetro. Dos 11 aos 21 anos, o esporte ajudou a forjar meu caráter e me ensinou muita coisa além da escola. Contribuiu e continua contribuindo com outra frente de atuação pela qual sou apaixonado: a de investidor e empreendedor. Costumo dizer que empreender é o esporte mais difícil do mundo. E foi o automobilismo que me trouxe importantes lições para vencer também nesse cenário. Lições sobre como trabalhar em equipe, respeitar os concorrentes, liderar, alcançar resultados, aprender com as vitórias e, principalmente, com as derrotas. Mas, acima de tudo, avaliar cada decisão com responsabilidade, sabendo que das minhas escolhas dependem também valores importantes para outras pessoas. Lucas Moraes já empreendeu, é investidor e piloto: há uma semana, venceu o Rally de Portugal Simon Bauchau/Red Bull Content Pool Em países como França, Espanha e Catar, o rally é acompanhado de perto e celebrado como um grande espetáculo esportivo. No Brasil, ainda é um esporte restrito aos apaixonados. Mas acredito que o brasileiro é naturalmente atraído por velocidade, superação e grandes desafios — e que temos tudo para transformar o país em uma potência também no rally. Com território, público, tradição no automobilismo e um espírito ousado, podemos construir juntos um novo capítulo para o esporte no Brasil. O quebra-cabeça da tributação de arte no Brasil 'Éramos veganos em LLM e estávamos bem', diz Ted Chiang Nos últimos anos, vivi experiências que reforçaram essa certeza. Em 2023, logo na minha estreia no Rally Dakar, subi ao pódio — um feito inédito para um brasileiro na categoria mais disputada, a Ultimate. No ano seguinte, conquistei a primeira vitória do país em uma das etapas da prova mais dura do mundo. Hoje sigo como piloto Toyota/Red Bull na disputa do W2RC (Campeonato Mundial de Rally-Raid), entre os três melhores da temporada e ainda com chances de título — e encerrei 2024 com o terceiro lugar no campeonato. Esses marcos não são apenas conquistas pessoais: são sinais de que o Brasil pode — e deve — ter protagonismo também nesse cenário. Temos provas históricas no nosso próprio solo, como o Rally dos Sertões, um dos maiores do mundo em número de participantes, que mobiliza milhares de pessoas e mostra a força desse esporte no país — e do qual tenho a honra de ser tricampeão. João Fonseca, o fenômeno do tênis: “Estou adorando essa vida” O poder do esporte e a olimpíada da vida normal É por isso que, além de lutar por títulos, carrego o objetivo de levar o nome do Brasil ao topo e tornar o rally mais conhecido e admirado. Quero que mais jovens descubram o prazer dessa modalidade e enxerguem não só a poeira e a velocidade, mas também a superação, a estratégia e o trabalho em equipe — valores essenciais no rally. A popularização do esporte pode contribuir não só para formar futuros campeões, mas também para levar esses valores a outros pilotos — mesmo que amadores — e aos fãs da modalidade. Sonho com o dia em que a mídia destaque o esporte e os patrocinadores abracem o universo off-road, para que mais brasileiros vibrem com cada conquista. Se o futebol conquistou o coração do nosso país, por que não permitir que o rally conquiste também o seu espaço — como símbolo de ousadia, resiliência e conquista? *Lucas Moraes é piloto profissional e empreendedor; fundou a fintech Olivia, vendida ao Nubank. Na semana passada, venceu o Rally de Portugal, título inédito para um brasileiro, e está na disputa pelo Mundial, que acontece agora em outubro, no Marrocos
pipelinevalor Sun, 05 Oct 2025 09:01:13 -0000
A briga da Ambipar com Bradesco e Opportunity: bancos desovam ações do controlador Em ação que corre em segredo de justiça, empresário alega que execução de garantias contraria proteção judicial https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/a-briga-da-ambipar-com-bradesco-e-opportunity-bancos-desovam-acoes-do-controlador.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/a-briga-da-ambipar-com-bradesco-e-opportunity-bancos-desovam-acoes-do-controlador.ghtml
]]> A Ambipar entrou com uma ação contra o Bradesco e o Opportunity por executarem antecipadamente uma dívida de seu controlador, Tércio Borlenghi Jr, apurou o Pipeline. O processo, em segredo de Justiça no TJ-RJ, afirma que as duas instituições financiaram Borlenghi em aumentos de capital da companhia nos últimos anos, tomando ações da empresa em garantia. A Ambipar faz referência a um volume de crédito, no Bradesco, de R$ 750 milhões e, no Opportunity, R$ 550 milhões - mas, segundo fontes, essas cifras podem estar superestimadas, ao contabilizar também parte de créditos PJ e papéis detidos por veículos dos grupos financeiros. Na última semana, ambos teriam executado parte dessas garantias, desovando as ações no mercado. A companhia alega nos autos que essa teria sido a razão do aprofundamento da queda das ações. O papel foi de R$ 12,15 na véspera do pedido de proteção judicial a R$ 1,40 no fechamento desta sexta-feira. Só hoje, a queda foi de 49%, após despencar 61% ontem. Deutsche questiona 'narrativa espetaculosa' da Ambipar O misterioso FIDC da Ambipar A dívida é do empresário, mas a ação é movida pela empresa porque ela seria a parte afetada pela forte queda de ações e é a parte protegida pela cautelar. A companhia também argumenta que, ainda que Borlenghi não seja listado na pessoa física na proteção judicial, a cautelar fala em partes relacionadas - o que, na interpretação do grupo, incluiria o controlador e tornaria ilegal a venda por parte dos bancos. Tércio Borlenghi tem 73,5% da Ambipar Reprodução O Bradesco teria notificado Borlenghi no domingo à noite sobre a execução de garantias e iniciou vendas na segunda-feira, segundo levantamento de volume de ordens da corretora do banco incluído no processo. O documento argumenta ainda que o movimento de execução de garantias seria uma vantagem dos dois credores perante os demais bancos e investidores, e que altera a composição acionária da empresa protegida. A estimativa é que Bradesco e Opportunity já tenham vendido quase metade das garantias. O desafio da Laplace no mandato do Master O alívio que a venda do Will Bank pode dar ao Master - e ao FGC A Ambipar afirma ao juiz que não houve uma solicitação das partes para substituição de garantias e que não tinha havido evento de inadimplemento, que seria o gatilho da execução. Trata-se de uma ação vinculada à cautelar antecedente, que pode virar ainda uma ação indenizatória. O Opportunity é um dos maiores acionistas da Ambipar Response, listada na bolsa de Nova York, e é também acionista da Ambipar S.A. por meio de um FIP - é este fundo a parte requerida no processo da Ambipar. Já o Bradesco tem relacionamento longo com o grupo e com o empresário, sendo credor também da Ambipar. Procurados, Ambipar e Bradesco não comentaram. O Opportunity afirmou, em nota, que seu FIP detém ações da Ambipar, e não de Tércio Borlenghi, de quem a firma não é credora. “O Opportunity não é credor da Ambipar e não está executando antecipadamente uma dívida de seu controlador. O Opportunity é cotista de um FIP - que é acionista da Ambipar - e não credor. As ações detidas pelo FIP são de titularidade exclusiva do fundo e não representam garantia de qualquer espécie”, informou a instituição.  Atualização em 04/10 às 14h20: inclui posicionamento do Opportunity
pipelinevalor Fri, 03 Oct 2025 22:01:02 -0000
O alívio que a venda do Will Bank pode dar ao Master - e ao FGC Banco digital tem R$ 7 bi em CDBs com a cobertura do fundo garantidor https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/por-que-a-venda-do-will-bank-se-tornou-prioridade-no-master.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/por-que-a-venda-do-will-bank-se-tornou-prioridade-no-master.ghtml
]]> O Banco Master colocou a venda do Will Bank entre as prioridades no seu plano para levantar caixa. O banco desperta interesse de concorrentes por sua base de sete milhões de clientes ativos, principalmente da baixa renda e no Nordeste, com pouca sobreposição com outras instituições. Mas não é só isso. Vender o Will Bank traria um alívio relevante na relação entre Master e FGC. Diferentemente do que era a negociação com o BRB, em que o banco de Brasília levaria parte dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) sem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o Will Bank conta com quase a totalidade de CDBs emitidos cobertos pelo fundo. O desafio da Laplace no mandato do Master O veto a BRB-Master: a semana em que a operação azedou de vez O Will Bank tem cerca de R$ 7 bilhões em CDBs que teriam cobertura pelo FGC em caso de uma liquidação do banco, aqueles que possuem valores abaixo de R$ 250 mil. Isso representa quase a totalidade do estoque de CDBs dessa instituição, de R$ 7,5 bilhões ao fim de 2024. Will Bank tem R$ 7 bilhões de CDBs cobertos pelo FGC Divulgação O Master contratou a Laplace para ajudar a vender ativos da instituição e levantar liquidez enquanto negocia a extensão da linha de crédito de R$ 4 bilhões com o FGC. BRB avalia solução alternativa para Master após negativa do BC Deutsche questiona 'narrativa espetaculosa' da Ambipar O Will Bank conta com 12 milhões de clientes, sendo sete milhões ativos, e oferece serviços como conta digital e emissão de cartões, com forte presença no Nordeste. O banco contava com cerca de R$ 16 bilhões em ativos e era um dos principais focos do BRB na compra de ativos do Master, para crescer na oferta de serviços digitais. No mês passado, o Banco Central vetou a compra de parte do Master pelo BRB. Procurados, Master e FGC não retornaram ao pedido de entrevista até momento da publicação dessa reportagem.
pipelinevalor Fri, 03 Oct 2025 20:04:19 -0000
O desafio da Laplace no mandato do Master Venda de ativos pode ajudar a comprar tempo com FGC https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-desafio-da-laplace-no-mandato-do-master.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-desafio-da-laplace-no-mandato-do-master.ghtml
]]> A assessoria financeira Laplace foi contratada há 15 dias pelo Banco Master para ajudar na venda de ativos da instituição financeira, que corre contra o tempo para rolar ou quitar parte de uma dívida com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O vencimento sem renegociação pode provocar uma intervenção no banco - o que será tema hoje de uma reunião entre o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e a cúpula do FGC às 12h30. Na prática, a Laplace precisa ajudar o Master a comprar tempo. "Qualquer venda de ativo é uma redução da exposição do FGC ao banco, o que tornaria o fundo mais inclinado a negociar", diz uma fonte próxima ao tema. Por isso o foco inicial de venda está no Will Bank, considerado menos complexo e mais atrativo para uma proposta rápida. Deutsche questiona 'narrativa espetaculosa' da Ambipar O misterioso FIDC da Ambipar Cerca de sete interessados já teriam se manifestado, mas ainda sem proposta firme - a intenção é ter contratos de confidencialidade assinados na próxima semana, para uma oferta não vinculante na sequência. Diferentemente de transações a jato como Reag ou Virgo, que jogam o pagamento para frente, com zero saída de caixa pelo comprador de imediato, o Master não tem como fazer uma estrutura em earnout. "Não existe o 'daqui a cinco anos' se não tiver entrada de caixa hoje. Quem fizer uma proposta razoável primeiro, leva", diz outra fonte com conhecimento do assunto. E, sim, existe o risco de uma intervenção no meio do caminho. "Um risco conhecido por todas as partes." Riza fecha acordo para comprar a Virgo Reag vende Empírica para outro Mansur Banco Master teve venda ao BRB negada Divulgação
pipelinevalor Fri, 03 Oct 2025 14:47:13 -0000
O Houdini que multiplicou o lucro da gestão de fortunas do Citi por 100 Andy Sieg vê brasileiro como investidor sofisticado e tem desafio de recolocar banco no topo de wealth https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/o-houdini-que-multiplicou-o-lucro-da-gestao-de-fortunas-do-citi-por-100.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/o-houdini-que-multiplicou-o-lucro-da-gestao-de-fortunas-do-citi-por-100.ghtml
]]> Quando o economista Andy Sieg assumiu como head global de gestão de fortunas do Citi dois anos atrás, a meta bastante ambiciosa para o executivo que havia deixado o mesmo cargo no Merrill Lynch era reposicionar aquele que já foi o maior banco em ativos do mundo novamente entre os primeiros do wealth management. A posição foi perdida na crise financeira de 2008. O desafio era tão grande que o analista de bancos do Wells Fargo, Mike Mayo, chegou a dizer, em entrevista à Bloomberg, que Andy precisaria ser “uma espécie de Harry Houdini”, em referência ao mágico húngaro-americano. O topo ainda está distante, mas o cofre também já não está mais trancafiado no fundo do mar. Por que o Citi resolveu apostar no BB Philips contrata Citi para vender Tasy, de prontuário médico eletrônico O wealth do banco encerrou o segundo trimestre com lucro de US$ 494 milhões, quase 100 vezes os US$ 5 milhões daquele fim de 2023. Não teve coelho na cartola: a melhora de resultados veio com ajuste de equipe, com a demissão de parte dos gerentes para trazer contratações mais sêniores, aumento de base de clientes e, principalmente, do percentual de patrimônio alocado. “Nos últimos dois anos, fizemos progressos enormes no nosso negócio global de wealth. Mas ainda estamos apenas começando em relação ao que acreditamos ser possível”, disse Sieg, em sua segunda vinda a São Paulo. As mudanças fazem parte da transformação que a CEO do Citi, Jane Frase, tem feito em todas as áreas do banco centenário desde que assumiu, em março de 2021. Com variações conforme o ranking, o Citi figura atualmente entre a quinta e a décima posição em fortunas globais, com uma carteira de US$ 1,2 trilhão sob gestão. “Somos, sem dúvida, o player mais global”, diz o executivo. O crescimento tem sido da ordem de 20% ao ano nas receitas do segmento nos últimos balanços. “Queremos que o Citi seja o número um em gestão de patrimônio no mundo. Isso vai levar alguns anos, mas já mostramos que podemos ser o que mais cresce.” Haddad alfineta Faria Lima: ‘vai lá e faz’ No banco de investimento do Citi, sobem Pagano e Coutinho Foi essencial tirar o Citi da defasagem tecnológica em relação aos concorrentes. Segundo Sieg o banco já usa ferramentas internas de IA – como o ChatGPT interno da área, apelidado de Ask Wealth -- para apoiar bankers e advisors. “A inteligência artificial vai automatizar processos que hoje são tediosos e manuais. Ela mostra qual cliente se beneficiaria mais de uma ligação naquele dia e garante que nossos assessores tenham acesso fácil ao melhor conhecimento do Citi.” No próximo ano, clientes terão acesso direto a algumas dessas soluções, hoje pendentes por questões regulatórias, mas Sieg não vê o trabalho do advisor ser substituído por máquinas tão cedo. “Os assessores humanos vão continuar sendo muito importantes por muitos e muitos anos, porque os temas que trabalhamos estão entre os mais pessoais para os clientes e suas famílias.” Sieg está há dois anos no comando do wealth management do Citi Ana Paula Paiva/Valor A tecnologia é também o principal driver para o otimismo do Citi com o mercado de ações, que ainda deve se beneficiar do impulso à atividade econômica com os cortes de juros pelo Fed. “A inteligência artificial vai ser transformadora não apenas para as que estão na linha de frente como a Nvidia, mas também para as que fornecem infraestrutura, e para bancos, indústrias e empresas de logística e transportes, que vão ganhar eficiência com a tecnologia. Isso abre espaço para que os lucros superem as expectativas, já que as empresas estão reduzindo custos e se tornando mais rápidas e eficientes.” Ele descarta a hipótese de uma bolha iminente nas bolsas. “Não vemos sinais de que estejamos na fase final de um ciclo de alta. Em estágios avançados de um bull market, todo mundo joga dinheiro em ações, e isso não está acontecendo agora. Pelo contrário, os clientes estão muito equilibrados em relação ao risco e ainda perguntam se não seria tarde demais para entrar no mercado acionário.” Bet de eleição, Polymarket pode ditar mercado em 2026, diz Stuhlberger Chefe de IB do Citi, Eduardo Miras vai para o J.P. Morgan Por outro lado, diz, com a alta volatilidade, a busca por investimentos alternativos tem puxado a captação de hedge funds – o primeiro semestre registrou a maior entrada em 10 anos, US$ 37,3 bilhões, segundo a Reuters. “Os clientes estão se inclinando na direção de investimentos mais líquidos, mostrando certa resistência em deixar o dinheiro travado por muito tempo.” Nessa busca por opções, o executivo destaca os clientes brasileiros “entre os mais sofisticados do mundo, especialmente em renda fixa e em câmbio, pois já viram muitos ciclos e têm um faro para o risco que querem correr, investem em casa e fora do país, se sentem muito confortáveis com risco e entendem aspectos do mercado que outros investidores provavelmente não entendem tão bem.” Read the story in English
pipelinevalor Fri, 03 Oct 2025 09:01:43 -0000
Deutsche questiona 'narrativa espetaculosa' da Ambipar Banco pede reconsideração da Justiça para antecipar vencimento de derivativos https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/deutsche-questiona-narrativa-espetaculosa-da-ambipar.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/deutsche-questiona-narrativa-espetaculosa-da-ambipar.ghtml
]]> Nos dois meses que antecederam seu pedido de cautelar para se proteger de execuções de credores, a Ambipar estava em dia com as chamadas de margem do Deutsche Bank. A empresa de gestão ambiental efetuou pagamentos da ordem de R$ 170 milhões entre agosto e setembro. Foi só na última chamada de margem, de R$ 60 milhões, que a situação mudou. As informações constam na nova petição da instituição financeira à Justiça do Rio de Janeiro, pedindo a reconsideração da proteção judicial contra execuções e definindo como "espetaculosa" a narrativa da Ambipar. No mesmo documento, o banco alemão explica que o depósito de margem foi pedido por conta da valorização do real em relação ao dólar, mecânica que, segundo a instituição financeira, é absolutamente comum em operações cujo objetivo é fazer “hedge” (proteção) cambial. O misterioso FIDC da Ambipar Ambipar demitiu diretores antes do pedido de cautelar A mudança de atitude se deu somente em 24 de setembro com a cobrança dos R$ 60 milhões (US$ 11 milhões), argumenta a instituição financeira. A Ambipar, então, “decidiu agir de forma oportunista e completamente contraditória, passando a alegar, sem rastro de provas, que essas chamadas seriam ilegítimas”. Nessa mesma data, a Ambipar entrou com pedido de medida cautelar no TJ-RJ pedindo proteção contra credores, apontando como estopim a nova chamada de margem do Deutsche Bank. Na alegação do banco, tal depósito não deveria representar risco para a Ambipar, já que a companhia reportou ter R$ 4,7 bilhões em caixa, conforme seu último demonstrativo financeiro, relativo ao segundo trimestre — informação que vem sendo alvo de questionamentos do mercado desde a semana passada. Banco diz que Ambipar vinha cobrindo chamadas de margem Bloomberg Na nova petição à Justiça, o Deutsche Bank pede que seja permitido o vencimento antecipado das operações de derivativos. “A cristalização e definição sobre o tamanho da exposição do DBSA frente ao Grupo Ambipar é urgente e também no melhor interesse do próprio Grupo Ambipar (para evitar o aumento de seu endividamento em razão do risco diário da variação cambial)”, afirma. O banco é assessorado no caso pelos escritórios Pinheiro Neto e Bermudes. No documento, o banco alemão reforça também que não é e nunca foi credor da Ambipar. “O DBSA não é e jamais foi credor ou exigiu garantias ou pagamentos do Grupo Ambipar correspondente a US$ 550 milhões! Esse valor foi lançado a esmo na petição inicial, novamente para impressionar e induzir esse D. Juízo a erro.” Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche A Ambipar firmou dois contratos de swap cambial com o Deutsche Bank em fevereiro deste ano: um com vencimento em 2031, outro, em 2033. Até então, a empresa fazia hedge com o Bank of America, mas optou por transferir as operações para o banco alemão porque as condições eram mais vantajosas. De quebra, nessa transferência, a companhia liberou recursos que estavam depositados. Como qualquer operação de swap cambial, os pagamentos só ocorrem no fim dos contratos, mas no meio do caminho podem ser acionadas chamadas de margem dependendo da oscilação da moeda. Foi o que aconteceu neste ano. De fevereiro a setembro, a cotação do dólar passou de R$ 5,80 para R$ 5,30, aproximadamente. Esse movimento levou o Deutsche a pedir à empresa a garantia adicional de US$ 11 milhões (cerca de R$ 60 milhões). Pouco antes disso, em agosto, a instituição financeira e a companhia negociaram um aditamento do contrato de 2031. A revisão foi feita para contemplar duas coisas. O caixa da Ambipar na pré-RJ A primeira delas foi a inclusão de “bonds” emitidos pela Ambipar entre as garantias, em uma modalidade conhecida como pagamento em dação, ou “PIK bonds”. O objetivo dessa medida era reduzir as taxas de juros em reais pagas pela empresa no contrato de swap. A outra medida do aditivo foi a contratação de um empréstimo de US$ 35 milhões, que na prática é o único crédito que o Deutsche Bank detém contra a Ambipar. Apesar de prevista no mesmo contrato, essa operação é independente do swap. "A narrativa espetaculosa da petição inicial simplesmente não corresponde à realidade dos fatos. A crise do Grupo Ambipar, como se vê, nada tem a ver com as operações de derivativos realizadas com o DBSA, sobre as quais a cautelar construiu uma verdadeira cortina de fumaça, valendo-se delas como mero pretexto para alegar urgência e obter, de inopino, uma tutela cautelar sabidamente ilegal", escreveu o banco à Justiça. Ambipar contrata BR Partners O aditivo, como revelou o Pipeline, foi assinado por dois executivos próximos a Tercio Borlenghi, controlador da Ambipar. São eles Thiago da Costa Silva, diretor de integração e finanças, e Luciana Barca Nascimento, diretora-adjunta da empresa. As ações da empresa recuaram 61,48% nesta quinta e terminaram a sessão cotadas a R$ 2,75, na mínima histórica, depois de passarem por leilão na B3. Procurados, Ambipar e Deutsche não se pronunciaram.
pipelinevalor Fri, 03 Oct 2025 00:48:14 -0000
SPX e Domus pretendem converter dívida da Toky neste ano CVPar, assessor financeiro da empresa, busca investidores para comprar o crédito dos bancos com a Toky https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/spx-e-domus-pretendem-converter-divida-da-toky-neste-ano.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/spx-e-domus-pretendem-converter-divida-da-toky-neste-ano.ghtml
]]> A gestora SPX e a Domus Aurea Serviços de Tecnologia pretendem converter cerca de R$ 200 milhões em dívida da Toky – empresa criada na compra do controle da Tok&Stok pela Mobly – em participação no capital ainda este ano, apurou o Pipeline. Pelo plano de recuperação extrajudicial homologado pela Toky em novembro de 2024, a SPX, que possui hoje 13% da empresa, se comprometeu a converter dívidas de R$ 132,3 milhões em ações ao preço de R$ 9 corrigido pelo CDI mais 2%. Quem é o comprador de 42% da Toky, dona de Mobly e Tok&Stok (spoiler: não são os Dubrule) Mobly vê proposta "irresponsável" dos Dubrule e diz que rejeição chega a 40% Já a Domus tem R$ 75 milhões a receber, que ela pretende converter em ações a um preço de cerca de R$ 2,95, equivalente ao valor patrimonial do papel. Hoje, a ação da Toky negocia a R$ 0,99 na bolsa. A SPX e a Domus já sinalizaram a intenção de fazer a conversão da dívida mas o acordo com a Toky ainda não foi assinado. A Toky tinha uma dívida de R$ 656 milhões no fim do segundo trimestre e a conversão de parte das obrigações financeiras em equity vai ajudar a reduzir a alavancagem da companhia, que estava em 10,83 vezes segundo o Valor Empresas 360. Megastore da Mobly: empresa comprou o controle da Tok&Stok ano passado Divulgação Paralelamente, a CVPar, assessor financeiro da empresa, está buscando investidores para tentar uma negociação com os bancos credores para a compra dos créditos que possuem contra a Toky, que somavam cerca de R$ 454 milhões em junho e tinham como principais credores Banco do Brasil, Santander e Bradesco. Essa dívida foi renegociada na recuperação extrajudicial por meio de uma nova emissão de debêntures que vence em 2031, cuja remuneração é de CDI mais 2%, com carência de pagamento de principal até dezembro de 2026 e de juros até o fim deste ano. “A empresa vai precisar resolver esse passivo porque, no ano que vem, começa a pagar juros sobre essa dívida”, disse uma fonte próxima ao assunto. O misterioso FIDC da Ambipar Dress To mira EUA para morder fatia da Farm A família Dubrule, fundadora da Tok&Stok comprou uma dívida de R$ 55,9 milhões do Itaú com a empresa e se tornou credora da Toky. Alguns dos acionistas que entraram recentemente na companhia estariam entre os interessados em comprar o crédito dos bancos. Em julho, a Home24 vendeu a participação de 42,7% na empresa para um grupo de gestoras de investimentos lideradas pela GTF Capital, de Rafael Ferri. O restante da fatia ficou com Latache e DSK. Procurada, a Toky não comentou o assunto. SPX não retornou ao pedido de entrevista.
pipelinevalor Thu, 02 Oct 2025 16:11:21 -0000
Demanda de investidor faz XP ampliar portfólio de fundos de crédito gringos Plataforma faz parceria com Morgan Stanley e Franklin Templeton https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/demanda-de-investidor-faz-xp-ampliar-portfolio-de-fundos-de-credito-gringos.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/demanda-de-investidor-faz-xp-ampliar-portfolio-de-fundos-de-credito-gringos.ghtml
]]> A XP está ampliando a oferta de fundos internacionais disponíveis na plataforma de olho na crescente demanda dos brasileiros por investimentos em ativos no exterior, especialmente em renda fixa. A gestora fechou uma parceria com o Morgan Stanley e com a Franklin Templeton para oferecer fundos de crédito privado com retorno em reais. “Vemos uma demanda maior dos investidores por ativos de crédito privado lá fora como forma de diversificação do risco doméstico dado o cenário de disparada de pedidos de recuperação judicial por empresas brasileiras”, diz Fabiano Cintra, head da área de análise de fundos da XP. Segundo o executivo, os investidores brasileiros aproveitaram a queda do dólar frente ao real em setembro para aumentar as alocações em ativos no exterior. “Tivemos uma captação recorde de US$ 100 milhões na plataforma em fundos em dólar lá fora”, emenda. Para Oaktree, crédito privado continua atrativo apesar de incertezas tarifárias Giant Steps, de fundos quant, incorpora DAO Capital Nos ativos de crédito privado estruturado high yield no exterior, de maior risco e maior retorno, a avaliação é que as taxas estão atrativas, de duplo dígito, e devem se beneficiar do início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos com valorização dos ativos emitidos com taxas mais altas. "E a taxa de recuperação de crédito em default nos Estados Unidos é maior que a do Brasil, superior a 80%", diz. Fabiano Cintra, da XP: 'crédito privado high yield no exterior tem retorno atrativo' Silvia Zamboni/Valor A XP ainda não abre detalhe dos fundos, mas o Pipeline apurou que, com o Morgan Stanley, trata-se do fundo MNH Private Income FIF Multimercado IE, com retorno em reais e aplicação mínima de R$ 5 mil. O portfólio investe em crédito para empresas do segmento middle market nos Estados Unidos e tem retorno-alvo de dólar mais 9,5%. Um improvável fundo quant do interior gaúcho que bate o CDI Depois de duas transações, MAG negocia mais duas No prospecto do fundo MNH Private Income FIF Multimercado IE, que está na CVM, o retorno estimado é de CDI mais 4% ao ano. Já a parceria com a Templeton vai envolver a oferta da estratégia Franklin Alcentra CLO Europa, que investe em ativos de crédito estruturado daquela região e busca retorno entre 11% a 12% em dólar. Conforme a documentação na CVM, ambos fundos são voltados para o investidor qualificado, que tem aplicações financeiras acima de R$ 1 milhão. Como os portfólios contam com hedge cambial, o investidor ainda pode ganhar com o chamado carrego, dado pelo diferencial entre os juros no Brasil e lá fora. Ambipar entra com pedido de cautelar contra credores Juíza decreta intervenção na Oi e afasta gestão; empresa vai recorrer Ao todo, a XP conta pouco mais de 100 fundos internacionais na plataforma de mais de 10 gestoras. A casa pretende ampliar a oferta desse produtos e está buscando novas parcerias para trazer mais carteiras de renda fixa. Cerca de um terço do total captado foi alocado em fundos com retorno em reais e o restante em portfólios em dólar no exterior.
pipelinevalor Thu, 02 Oct 2025 13:00:02 -0000
Dress To mira EUA para morder fatia da Farm Marca carioca começa expansão global com loja própria na Flórida https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/dress-to-mira-eua-para-morder-fatia-da-farm.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/dress-to-mira-eua-para-morder-fatia-da-farm.ghtml
]]> A marca carioca de roupas femininas Dress To está replicando os passos da concorrente mais florida, a Farm Rio, para internacionalizar a grife e o lifestyle “made in Rio”, em um movimento de priorização do mercado americano em relação ao Brasil. No início de setembro, a empresa inaugurou sua primeira loja própria fora do país, em Miami. O espaço de 300 metros quadrados fica no Aventura Mall, shopping conhecido das famílias brasileiras na cidade. “Miami é uma cidade solar e tem tudo a ver com o Rio”, diz o CEO Rodrigo Braga. Nos primeiros 45 dias, a marca registrou vendas de US$ 200 mil, um bom resultado para o começo em um novo território, avalia o executivo. 'Cafona é ser blasé', diz Katia Barros, a contadora que redescobriu o lápis de cor para criar a Farm Na Azzas, Birman e Jatahy chegam a acordo de governança “Esse é um grande passo para nós, porque o cliente que conquistamos é quem passou na porta da loja”, diz ele, que cofundou em 2003 a então Dress To Kill com a esposa, Thati Amorim, também diretora criativa e de marketing da empresa. Hoje, o negócio tem 40 lojas (38 pelo Brasil), das quais 20 são franquias, e 900 clientes multimarcas. Os EUA são a prioridade para a Dress To, que foge do inverno mais rigoroso ao norte (como Nova York), com foco em regiões mais “solares”, como a própria Flórida, Texas (Houston e Dallas são duas cidades de interesse) e Califórnia, como em Los Angeles. A operação americana é acompanhada pela dupla de fundadores e pelos filhos do casal, que também estão ajudando no negócio. Dress To inaugura loja em Miami, nos EUA, e vende US$ 200 mil em 45 dias Divulgação/Dress To A internacionalização também se dá via distribuidores internacionais, tendo fechado contratos no Canadá, Reino Unido, Grécia (para países do mediterrâneo e norte da África) e Espanha (que também atende Portugal e Itália). Ao todo, são mais de 300 clientes multimarcas pelo mundo, além de uma franquia na Cidade do México. A marca projeta receita no exterior de US$ 2 milhões neste ano e US$ 3,5 milhões no primeiro semestre do ano que vem. A Farm aposta na globalização desde 2017 e hoje possui 144 lojas em sete países, tornando-se um dos casos de internacionalização mais bem-sucedidos do varejo de moda brasileiro dos últimos anos. “A Farm vinha tendo um crescimento grande, e então as distribuidoras dos EUA nos procuraram para saber quem era a outra marca brasileira que poderia se apresentar ao mercado. Foi aí que começamos a montar a nossa operação”, diz Braga. Outlet de moda, Privalia disputa com TikTok a atenção do comprador Renner aumenta aposta na YouCom Para a Dress To, o Brasil deve ficar em segundo plano. A varejista tem planos de abrir apenas uma loja própria, em Maceió, mais 10 franquias, mantém o retrofit das unidades atuais e investe no e-commerce próprio (que representa 20% da receita). Para este ano, a projeção de crescimento é de 25%, para R$ 320 milhões, com R$ 300 milhões já realizados. Já em 2026, as turbulências das eleições presidenciais e o cenário macroeconômico ainda hostil para os negócios fazem a empresa carioca “pisar no freio”, diz o CEO. A expectativa é crescer 10% ante 2025, acelerar a retomada em 2027 e atingir receita anual de mais de R$ 650 milhões em 2028. H&M aposta em produção no Brasil para brigar com Zara, Shein e Renner Ex-Forever 21 aposta em desodorante de cristal para tirar um naco da Rexona Em 2022, em meio ao boom dos então grupos Soma e Arezzo, analistas do Itaú BBA escolheram a Dress To como uma das marcas em ascensão no ramo da moda, inclusive como potencial ativo a ser adquirido pelas grandes varejistas. A ideia agradou os fundadores da carioca, que contrataram o Bradesco BBI para estruturar a operação interna. Hoje, a empresa nega que hajas planos de se lançar como compradora ou vendedora no mercado. “Estamos nos estruturando para fazer a emissão de notas comerciais, de debêntures”, explica Braga. “Trabalhando sozinhos temos um resultado bom e não estamos abertos para escutar nada.” Rodrigo Braga é cofundador da Dress To ao lado da esposa, Thati Amorim, diretora criativa Divulgação/Dress To
pipelinevalor Thu, 02 Oct 2025 11:26:01 -0000
O misterioso FIDC da Ambipar Fundo contabilizado como caixa tem partes relacionadas e fez movimentações recentes de captação e provisão https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-misterioso-fidc-da-ambipar.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-misterioso-fidc-da-ambipar.ghtml
]]> Um fundo de recebíveis em que a Ambipar diz estar parte de seu caixa teve perdas na rentabilidade de suas cotas, fez um aumento de provisões contra calotes, aprovou a captação de R$ 1,2 bilhão e mudou de nome duas vezes — tudo isso em apenas uma semana. Toda essa movimentação se deu no Fênix Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados Ltda., que em 23 de setembro, em assembleia de cotistas, teve sua denominação alterada para América do Norte Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados Ltda. e, no dia seguinte, voltou a se chamar Fênix, segundo documentos disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambipar contrata BR Partners para assessorar reestruturação Ambipar demitiu diretores antes do pedido de cautelar A alteração do nome, de acordo com a corretora ID, que administra o fundo, se deu por um “erro material”, e por isso foi retificada. A primeira mudança, para América do Norte, foi feita na véspera do pedido de medida cautelar apresentado pela Ambipar à Justiça do Rio para se proteger das cobranças de dívidas. Apesar da alegação de que o erro foi material, o estatuto do fundo, com o novo nome, foi protocolado junto à CVM. Depois de informar que o fundo voltaria ao nome antigo, um novo estatuto foi apresentado. O Fênix — ou América do Norte — está ligado a empresas do grupo controlado por Tercio Borlenghi. O fundo tem como cotistas a Ambipar Incorporações e a fintech Ambipar Bank, conforme explicações dadas pela companhia a fontes de mercado. Na estrutura desse FIDC, o “sacado” — o devedor, que tem de quitar os recebíveis — são a ESG Participações e a Response, que fazem parte da Ambipar. Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche Ambipar põe até hotel em lista de proteção de credores No entanto, o que mais chama atenção são os “cedentes” - tomadores do dinheiro do fundo, que trocam seus recebíveis por caixa. Em alguns informes mensais enviados à CVM (no de agosto, por exemplo), o maior vendedor de recebíveis é a Everest Participações e Empreendimentos S.A., cujos donos são Guilherme Borlenghi, filho de Tercio e diretor operacional da Ambipar, e Luciana Barca Nascimento, diretora-adjunta da Ambipar. Ambipar prepara reestruturação em dívida de R$ 10,7 bilhões Divulgação Ou seja, uma companhia de dois diretores da Ambipar presta serviço para empresas ligadas ao grupo e tem seu pagamento antecipado por um fundo com capital de outras empresas ligadas ao grupo, numa cadeia de partes relacionadas. É possível traçar os envolvidos por meio de uma varredura nos documentos disponibilizados na CVM e na Junta Comercial. O caixa da Ambipar na pré-RJ Nascimento é também um dos dois signatários, pela Ambipar, do aditivo com o Deutsche Bank que a empresa alega ter sido o gatilho para seu pedido de medida cautelar. O outro é Thiago da Costa Silva, diretor de integração e finanças. Everest, cedente, e Ambipar Bank, cotista, têm sede no mesmo endereço, na Avenida Pacaembu, em São Paulo. Além do vaivém no nome, o FIDC passou por outras movimentações desde a semana passada. Na mesma assembleia de cotistas do dia 23, foram deliberados o encerramento da 3a emissão de cotas do fundo, no valor de até R$ 1,2 bilhão e a abertura da 4a emissão. Era véspera do pedido de proteção judicial da companhia no TJ-RJ, feito no dia 24 e obtido no dia 25. CFO da Ambipar deixou empresa três dias antes da cautelar Bradesco BBI corta recomendação de Ambipar após alta de mais de 1.000% Ambipar muda discurso e guidance, mas investidor quer resultado No último informe mensal divulgado pelo Fênix, relativo a agosto, o fundo tinha R$ 646,35 milhões em ativos, quase a totalidade disso em direitos creditórios. De acordo com o documento, não havia créditos inadimplentes. Ontem, no entanto, o administrador do FIDC informou ao mercado a redução na rentabilidade das cotas, alegando que “houve uma queda da rentabilidade das cotas do fundo, em razão do aumento no provisionamento ‘PDD (provisionamento para devedores duvidosos)’ ocorrido na carteira. O FIDC em questão, que é um dos pontos de alerta envolvendo a crise da Ambipar, está sob os holofotes desde a divulgação do demonstrativo financeiro da companhia referente ao segundo trimestre do ano, em agosto. Em balanços anteriores, a companhia apontava aplicação de longo prazo em fundo de participação (FIP) mas, no terceiro trimestre, adicionou uma linha de aplicações financeiras de R$ 2,07 bilhões, identificada no rodapé como “Fundo de Investimento em Direitos Creditórios com liquidez entre 30 a 60 dias". A estranha dinâmica da CVM na dispensa de OPA da Ambipar Bondholders da Ambipar contratam Houlihan como assessor financeiro O fundo em direitos creditórios foi contabilizado no caixa da empresa. Ou seja, dos R$ 4,7 bilhões que a Ambipar alegava ter em seu caixa ao final de junho, quase a metade se referia a esse fundo. Credores e gestores de investimento têm questionado a própria contabilização do FIDC como caixa, e não contas a receber, como se trataria de créditos com fornecedores, segundo explicações dadas pela empresa. Não houve qualquer ressalva da Deloitte sobre esse ponto — a firma, no entanto, assumiu as contas a partir do primeiro trimestre e publicou, nos dois períodos, o que chama de revisão das informações, e não uma auditoria de fato, conforme carta anexada aos balanços. “O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria”, escreveu a Deloitte no documento. Outro questionamento levantado por investidores, credores e analistas ainda não esclarecido pela empresa é a diferença entre esse FIDC e o montante apontado no balanço — de R$ 1,4 bilhão considerando dados de junho. Fitch corta notas de crédito da Ambipar de ‘BB-’ para ‘C’ S&P corta a nota de crédito global da Ambipar de ‘BB-’ para ‘D’ Procurada, a ID afirmou que não comenta “por questões de sigilo regulatório e fiduciário qualquer operação, fundo ou cliente”. A Deloitte disse que, “em razão de compromissos de confidencialidade e ética profissional, não comenta a respeito de seus clientes ou de empresas do mercado”. A Ambipar não comentou.
pipelinevalor Wed, 01 Oct 2025 23:36:34 -0000
Ultra Pão põe tecnologia na fornada e quer R$ 800 milhões na padaria online Panificadora mineira criou método para pão fresco durar quatro meses sem aditivos - e os investidores aprovaram https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ultra-pao-poe-tecnologia-na-fornada-e-quer-r-800-milhoes-na-padaria-online.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ultra-pao-poe-tecnologia-na-fornada-e-quer-r-800-milhoes-na-padaria-online.ghtml
]]> A pandemia fermentou a criatividade dos padeiros amadores, que passaram a cultivar em casa seu próprio “levain” para a fornada de crescimento natural. Para muita gente, a retomada ao trabalho presencial eliminou a terapia da cozinha artesanal – mas não o hábito do pão mais orgânico. Foi aí que a mineira Ultra Pão Alimentos, especializada em fornecer pão francês e pão de queijo ultracongelados para finalização em pontos de venda, viu um filão. A companhia desenvolveu uma tecnologia que substitui o oxigênio por gás inerte nas embalagens e é capaz de manter pães de fermentação natural frescos por até 120 dias à temperatura ambiente, sem conservantes. Nutrella à venda: quem vai levar o pão de forma Bold põe mais lanches no forno para chegar a meio bilhão Fundada pelos engenheiros Rafael Mendes e Túlio Rezende, a Ultra Pão garante que a marca Leviassa usa apenas cinco ingredientes: farinha, água, sal, massa madre e fermento natural. A linha já chegou a quase mil PDVs da região Sudeste e vai estrear o primeiro e-commerce nacional de uma padaria nas próximas semanas. “A padaria não conseguia ser online porque é muito difícil entregar frescor longe. Estamos inaugurando um novo momento da panificação”, diz Mendes. “O cliente vai poder comprar no Acre, uma vez que o produto está fora da cadeia do frio.” Mendes, da Ultra Pão: faturamento de R$ 150 milhões e meta de quintuplicar até 2030 Divulgação A panificadora começou a operar há nove anos em Pouso Alegre, no interior de Minas, com R$ 400 mil de investimentos que Mendes e Rezende juntaram. Contrataram dois funcionários e, desde então, o negócio gera caixa e dá lucro. Hoje, são 360 colaboradores e a companhia deve fechar o ano com faturamento em torno de R$ 150 milhões. Com a aposta na Leviassa e no e-commerce, a meta é bater R$ 800 milhões em 2030. O pão quentinho tem atraído investidores. Em 2021, a Ultra Pão levantou R$ 6 milhões num aporte liderado por Mário Ceratti, representando a família fundadora da marca de frios. Dois anos depois, ele trouxe investidores como Pedro Mello, ex-CEO da KPMG, somando R$ 3 milhões. No ano passado, entrou o fundo Allievo com mais R$ 6 milhões e, no começo deste ano, o CEO da Ravex, Jair Moura, chegou como investidor e com o plano de implementação de uma operação logística própria. McCain compra Forno de Minas, na segunda saída de fundadores Chocolate ativista, Tony’s faz acordos regionais na chegada ao Brasil A partir dos centros de distribuição em Pouso Alegre, Guarulhos e Rio de Janeiro, a Ultra Pão abastece quase 600 pontos de venda por dia nos três estados. Mendes espera uma nova rodada de aportes no primeiro semestre do ano que vem, para fazer frente a investimentos de até R$ 250 milhões em novas linhas de produção, comodato de freezers, ampliação dos CDs e da frota de caminhões. “Como nossa tese é operacional, sempre pensamos primeiro em colocar dinheiro mais inteligente, que ajude a fechar lacunas do nosso plano, encontrando acionistas que de fato agreguem coisas que não temos ainda”, diz Mendes. Por que o Toblerone é obrigado a mudar o símbolo da embalagem Também no ano que vem, os empreendedores planejam lançar uma linha de pães suplementados, com 15 gramas de proteína, ricos em fibras e reduzidos em carboidrato. “O pão nunca foi tão bem recebido e queremos espaço também no mercado wellness”, antecipa.
pipelinevalor Wed, 01 Oct 2025 09:01:11 -0000
Juíza decreta intervenção na Oi e afasta gestão; empresa vai recorrer Decisão inclui interventor e bloqueio das ações da NIO, criada a partir da compra da Oi Fibra pela V.tal https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/juiz-decreta-intervencao-na-oi-e-afasta-gestao-empresa-vai-recorrer.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/juiz-decreta-intervencao-na-oi-e-afasta-gestao-empresa-vai-recorrer.ghtml
]]> Em dificuldade financeira e em meio a uma negociação para um aditamento de seu plano da segunda recuperação judicial, enquanto tenta um Chapter 11 nos EUA, a Oi sofreu uma reviravolta hoje. A juíza, Simone Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, decretou a intervenção na companhia e o afastamento dos administradores da empresa. A juíza nomeou Bruno Rezende como interventor na Oi para realizar o processo de transição dos serviços públicos, decretando o afastamento dos membros da diretoria e do conselho de administração do grupo. Tatiana Binato foi nomeada como responsável pela transição dos serviços públicos prestados pelas subsidiárias Serede e Tahto. Bondholders da Ambipar contratam Houlihan como assessor financeiro V.tal recorre à CVM sobre conflito de conselheiros da Oi O fluxo de caixa projetado para a Oi é de aproximadamente R$ 21 milhões no fim do mês e, sem uma suspensão temporária da cobrança créditos, pode ficar negativo em R$ 178 milhões ao final de outubro, segundo informações do processo. A Oi hoje tem como maiores acionistas os credores que converteram a dívida em ações dentro do processo de recuperação judicial, sendo o maior deles a Pimco, com uma posição acionária de 36,37%. A companhia pretende recorrer da decisão desta terça-feira, apurou o Pipeline. Oi: juíza nomeou a intervenção na empresa pelo prazo de 30 dias Edilson Dantas/Agência O Globo A juíza também determinou a suspensão das obrigações extraconcursais, que somam R$ 1,5 bilhão, pelo prazo de 30 dias , o que inclui o crédito da V.tal, empresa de fibra controlada pelo BTG Pactual, e que é uma sociedade com a Oi. A V.tal deu um financiamento (DIP) à Oi na segunda RJ que teria preferência de pagamento e ficaria protegido de outra reestruturação, no montante de R$ 734 milhões. Tem também R$ 200 milhões a receber por prestação de serviços de conexão, que seriam igualmente classificados como extraconcursais. A juíza ainda decretou a indisponibilidade das ações da NIO, empresa de banda larga voltada para o cliente final criada a partir da compra da Oi Fibra por R$ 5,7 bilhões neste ano, que foi homologa pela mesma juíza da decisão desta terça-feira. Ainda indisponibilizou o valor da arbitragem movida pela Oi contra a Anatel, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). V.tal recorre à CVM sobre conflito de conselheiros da Oi V.tal barra Ligga com liminar e leva ClientCo, da Oi, sem desembolso No processo, a Oi pedia uma indenização de R$ 53 bilhões em compensação por alegados prejuízos causados pela obrigatoriedade de investimentos nos serviços de telefonia fixa por vários anos, mesmo após menor uso desses serviços. Mas o valor da indenização deve ficar bem menor que isso. Com o crédito que poderá receber, a Oi terá que pagar dívidas com a Advocacia-Geral da União (AGU) e cedeu o restante para credores, incluindo a V.tal, que tem garantias vinculadas à arbitragem no valor de R$ 5 bilhões. A Oi estava em processo de pedir um aditamento ao plano do segundo processo de recuperação judicial, alegando insuficiência de caixa para tocar a operação. A companhia considerava pedir recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11), já que não pode fazer isso mais uma vez no Brasil, pela regra de espaçamento de cinco anos entre uma RJ e outra. Além disso, no processo americano, é possível abarcar os créditos extraconcursais. Em leilão, Oi Fibra recebe apenas proposta da Ligga, de Nelson Tanure Os ajustes no plano da Oi Relatório apresentado na semana passada pelo escritório Pinto Machado Advogados, observador independente (watchdog) nomeado pela Justiça para avaliar a situação financeira da Oi, mostrou que a operadora tem caixa o suficiente para bancar a operação apenas por mais nove meses caso não ocorra uma reversão no quadro. A juíza pontuou que a decisão de hoje visa a antecipação parcial dos efeitos da falência permitindo a necessária transição da prestação dos serviços essenciais prestados pela Oi, inclusive para órgãos públicos, ao mesmo tempo em que se lhe permite negociar com seus credores pelo prazo de 30 dias para que se resolva acerca da liquidação integral ou continuação do processo de RJ. Procuradas, Oi e V.tal não retornaram até o momento.
pipelinevalor Tue, 30 Sep 2025 23:06:49 -0000
Minerva: spread nos EUA, bife no Japão e dividendo no Brasil Exportadora de carne aproveita preço alto no mercado americano com suprimento de Argentina, Paraguai e Uruguai https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/minerva-spread-nos-eua-bife-no-japao-e-dividendo-no-brasil.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/minerva-spread-nos-eua-bife-no-japao-e-dividendo-no-brasil.ghtml
]]> A Minerva mirou no que viu e acertou no que não viu. “A gente sempre pensou a diversificação geográfica para administrar risco sanitário, não geopolítico”, disse Edison Ticle, CFO da companhia, durante o Minerva Day promovido nesta terça-feira em São Paulo. É com as operações na América do Sul que a companhia tem conseguido manter alto crescimento de exportações para os Estados Unidos - e vai compensar o volume de Brasil, zerado no terceiro trimestre para aquele mercado. No segundo trimestre, o volume brasileiro ainda tinha subido, mas Argentina e Uruguai ganharam mais intensidade, assim como Paraguai, habilitado pelos EUA no ano passado. “Somos os únicos com 10 fábricas em Argentina, Paraguai e Uruguai”, disse Martin Di Giacomo, diretor comercial da Minerva. O número só não é maior porque o regulador do Uruguai vetou a compra de três plantas da Marfrig no país - agora, a Minerva vai usar os R$ 750 milhões em sua desalavancagem. A expectativa é levar o indicador líquido para perto de 2,5 vezes no início do ano que vem e poder retomar pagamento de dividendos de ao menos 50% do lucro já na virada de abril. Companhia pode iniciar venda ao mercado japonês neste ano Reprodução E o mercado americano ajuda nessa conta, pagando prêmio na importação. Ao final do segundo trimestre, 70% do volume de produção da Minerva no Paraguai estava indo para EUA, o que sobe à totalidade agora; Argentina, 40%; Uruguai, 35% e Brasil, os 35% que serão compensados. “O spread entre o preço da carcaça nos Estados Unidos e na América do Sul nunca foi tão alto”, destaca Giacomo, sobre a alta de preços no mercado americano. A média é de US$ 9 nos EUA e US$ 4 aqui. A Minerva também tem investido no desenvolvimento de marcas no México e espera aprovação do Japão para exportações a partir de Brasil e Argentina - “algo impensável dois anos atrás”, diz Giacomo. No complexo processo de cinco etapas para homologação, o país ainda não tinha passado da primeira fase. Desta vez, está indo para a quarta etapa, o que pode abrir o mercado ainda neste ano.
pipelinevalor Tue, 30 Sep 2025 22:09:30 -0000
O cheque para a Luzid dar um empurrãozinho em SAP e Salesforce Empresa de brasileiro e colombiano quer usar IA no mercado de implementação de software https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/o-cheque-para-a-luzid-dar-um-empurraozinho-em-sap-e-salesforce.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/o-cheque-para-a-luzid-dar-um-empurraozinho-em-sap-e-salesforce.ghtml
]]> Um brasileiro e um colombiano vindos da Universidade Stanford juntaram-se para criar a startup Luzid com um único objetivo: ajudar consultores na implementação de ferramentas de SAP e Salesforce nas grandes empresas. Junto de humanos, entram os agentes de inteligência artificial, reduzindo custos para as implementadoras e agilizando a transformação digital nas companhias. A tese atraiu a gestora latina de venture capital NXTP (investidora da plataforma de e-commerce argentina Nuvemshop e do unicórnio brasileiro de logística CargoX), que liderou um cheque pré-seed de US$ 2,8 milhões na startup. A rodada também trouxe as americanas Oceans Ventures e Quiet Capital, bem como os investidores-anjo Vitor Olivier (ex-CTO do Nubank até agosto), David Peixoto (ex-CEO da da edtech Isaac, comprada pela Arco Educação) e Matias Woloski (cofundador do app Auth0, comprado pela Okta). “O mercado de implementação de software não está usando IA como deveria, por isso decidimos entrar nele”, explica Matheus Dias, 28, cofundador e COO da Luzid junto do CEO Andres Carranza, 21. Com formação em tecnologia, a dupla decidiu entrar de cabeça em um mercado desconhecido, o da implementação de ferramentas de CRM e ERP para grandes empresas, um nicho global que sofre com carência de consultores. “Somos um caso de gente de fora da área, mas com visão de IA e com planos para refazer como as coisas são feitas”, diz o brasileiro. Dias e Carranza, cofundadores da Luzid: 'Mercado não está usando IA como deveria' Divulgação Dias fazia mestrado em estatística quando conheceu Carranza fazendo graduação em ciências da computação, mas “dropou” o curso para se dedicar ao empreendedorismo. Em 2022, houve uma tentativa frustrada de negócio entre os dois: o brasileiro tentou contratar o colombiano como estagiário para a startup americana Orby AI, onde ele foi um dos primeiros funcionários (o negócio foi vendido recentemente para a Uniphore), mas o mais jovem recusou a proposta. Foi só em abril de 2025 que a dupla voltou a se reencontrar, quando decidiram abrir a startup de automação para grandes companhias em transformação digital — a Luzid. A Luzid dá o pontapé no negócio com seis clientes firmados, entre eles a consultoria brasileira Numen IT. A meta é chegar a 20 clientes até o fim do ano, com atuação no Brasil, outros países da América Latina e Estados Unidos. A tarefa vai ter a ajuda de dois “incumbentes” desse mercado: José Ruy Antunes (ex-CEO da SAP Brasil) e Gary Erickson (ex-vice-presidente global da SAP), que entram na empresa como conselheiros e com uma parte do equity. Segundo Dias, a expectativa é a Luzid crescer de forma acelerada. A startup quer atingir US$ 2 milhões de receita anual recorrente (ARR) até o fim do ano e quintuplicar esse número até o fim de 2026. “Somos uma empresa latina, mas construindo uma solução para todo o globo”, diz o COO.
pipelinevalor Tue, 30 Sep 2025 18:27:25 -0000
Bondholders da Ambipar contratam Houlihan como assessor financeiro Empresa tem R$ 5,7 bilhões em papéis emitidos no exterior https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/bondholders-da-ambipar-contratam-assessor-financeiro.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/bondholders-da-ambipar-contratam-assessor-financeiro.ghtml
]]> Um grupo de detentores de títulos de dívida da Ambipar emitidos no exterior contratou o Houlihan Lokey como assessor financeiro para ajudar na renegociação da dívida com a companhia, apurou o Pipeline. Com uma dívida de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 5,7 bilhões em bonds no exterior com vencimentos em 2031 e 2033, a Ambipar entrou com uma cautelar na semana passada pelo prazo de 30 dias pedindo a proteção contra execução de dívidas. Ambipar contrata BR Partners Ambipar demitiu diretores antes do pedido de cautelar O caixa da Ambipar na pré-RJ Ambipar: empresa tem cerca de US$ 1,1 bilhão em bonds emitidos no exterior Reprodução Os bondholders, que ainda contam com o Padis Mattar e o Davis Polk como assessores jurídicos, se preparam para um possível cenário de recuperação judicial no Brasil e nos Estados Unidos (Chapter 11), disse uma fonte próxima ao assunto. A Ambipar contratou os escritórios Galdino Advogados e Salomão Advogados e o banco BR Partners como assessores. Procurado, o Houlihan não comenta o assunto.
pipelinevalor Tue, 30 Sep 2025 13:58:36 -0000
Quero Educação abre espaço para GP e Iporanga em reorganização societária Companhia está sendo rebatizada como Qeevo e ajusta estratégia de produtos https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/gp-e-iporanga-bancam-quero-educacao-para-virar-qeevo-e-ir-ate-o-ecommerce.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/gp-e-iporanga-bancam-quero-educacao-para-virar-qeevo-e-ir-ate-o-ecommerce.ghtml
]]> A Quero Educação, conhecida pela marca Quero Bolsa, está concluindo uma reorganização societária que vai resultar na saída de fundadores, antigos C-level e alguns investidores, com a recompra de ações e stock options. Assim, deixará GP Investments e Iporanga Ventures entre os acionistas mais relevantes. Segundo o CEO Bruno Passarelli, a operação foi financiada pelo caixa da Quero, sem aportes novos, mas com aprovação do conselho formado por GP, Iporanga e um independente. Sem abrir valores ou percentuais envolvidos, ele explica que, na prática, as duas gestoras serão “desdiluídas” do negócio. Pátria vende StartSe para Alun, que mira educação executiva Saint Paul põe R$ 40 milhões em primeiro curso de graduação A virada será coroada com a mudança de nome e estratégia, da agora Qeevo (lê-se “quivo”, acrônimo de Quero Educação Evolution e também fusão do antigo nome com Allevo – de “evolution for all” –, plataforma lançada em junho que combina cursos livres de diferentes provedores com comunidades de experts e ofertas de parceiros ligados às trilhas de cada aluno, para ir além da faculdade. “Deixamos de olhar o ensino superior como fim, mas como meio. As pessoas buscam transformação. O que estamos fazendo é expandir o mercado endereçável”, que Passarelli estima movimentar R$ 80 bilhões e crescer a taxas em torno de 30% por ano: o de cursos não regulados, com seu universo literalmente infinito de temas, que podem incluir hard skills e soft skills. Bruno Passarelli, CEO da Qeevo: propósito do Quero Bolsa é forte, mas graduação pode ser também um meio para alcançar aspirações Divulgação A nova solução já tem 65 mil alunos, mas nem de longe a intenção da Qeevo é abandonar ou mesmo reduzir a importância do Quero Bolsa, que seguirá sendo sua principal iniciativa, hoje responsável por quase 10% das matrículas da educação superior privada no Brasil, com mais de 1,6 milhão de usuários e 130 milhões de acessos anuais. “Nosso propósito era muito forte, mas nos limitava. Éramos um player puramente transacional, com recorrência baixíssima. Quantas vezes uma mesma pessoa faz graduação na vida?”, analisa o empreendedor. O boletim escolar das edtechs no Brasil Deeptechs na mira de Invest Tech e The Collab com fundo de R$ 150 mi Com a mudança, a empresa passa a se definir não mais como edtech, mas como uma “aspiration tech”, que conecta educação, aspirações pessoais e consumo real, segundo Passarelli. “Se você estiver engajado com um conteúdo de saúde, por exemplo, eu te trago empresas de assessoria de corrida ou cupom de tênis para aquela finalidade.” “Eles provaram disciplina de execução e visão estratégica para transformar a Qeevo em um ecossistema de aspiração humana e consumo real”, diz Leonardo Teixeira, sócio da Iporanga Ventures junto com Renato Valente, Guilherme Assis e Robinson Dantas. “A Qeevo possui uma vantagem competitiva rara, combinando dados proprietários, efeitos de rede e margens superiores. É um caso único de impacto aliado a um modelo escalável que pode gerar valor desproporcional para os colaboradores e para os acionistas”, avalia Rafael Souza, Diretor da GP Investments. Como um colégio da zona sul de São Paulo quer consolidar a educação básica Há um ano e meio como CEO, ele mesmo chegou à empresa em um momento de reformulação: quando a Quero comprou suas duas startups, Descubra o Mundo e Skola – de intercâmbio e um e-commerce de cursos –, em 2021. Criada em 2008 pelo engenheiro Bernardo de Pádua quando ainda era um estudante do ITA, para ser uma rede social de alunos universitários, a Quero ganhou tração em 2013 com o lançamento do Quero Bolsa, que conecta estudantes com instituições de ensino dispostas a oferecer descontos de até 80%. Com Ebitda positivo e operação em breakeven há dois anos, a Qeevo projeta faturar R$ 120 milhões em 2025. O plano é alcançar 100 milhões de pessoas até 2030 com a diversificação de produtos. “O movimento de refundação não se limita a uma nova marca, mas representa uma reconfiguração completa do modelo de negócios”, conclui Passarelli.
pipelinevalor Tue, 30 Sep 2025 11:21:49 -0000
Ambipar contrata BR Partners Banco de Ricardo Lacerda será assessor financeiro da companhia, que precisa equalizar estrutura de capital https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-contrata-br-partners.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-contrata-br-partners.ghtml
]]> A Ambipar acaba de contratar o banco de investimento BR Partners como assessor financeiro, apurou o Pipeline. A companhia deve iniciar as conversas com credores bancários e do mercado de capitais sobre sua reestruturação de dívida. Na última semana, a Ambipar obteve uma proteção judicial por 30 dias contra execução de dívidas. O endividamento bruto da companhia é de R$ 10 bilhões. Ricardo Lacerda é presidente da BR Partners Silvia Zamboni/Valor
pipelinevalor Mon, 29 Sep 2025 23:38:14 -0000
Ambipar demitiu diretores antes do pedido de cautelar Companhia esvaziou estrutura de governança; bancos questionam comarca de cautelar https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-demitiu-diretores-antes-do-pedido-de-cautelar.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/ambipar-demitiu-diretores-antes-do-pedido-de-cautelar.ghtml
]]> Nos dias que antecederam o pedido de medida cautelar para se proteger contra credores, em preparação a uma recuperação judicial, a Ambipar demitiu executivos que haviam sido contratados menos de um ano atrás para compor a nova estrutura de governança corporativa da empresa de gestão ambiental. Em 19 de setembro, mesma data em que João Arruda, ex-executivo do Bank of America no Brasil, renunciou ao cargo de diretor financeiro (CFO), a Ambipar desligou o diretor jurídico, Mauro Nakamura. Três dias depois, foram dispensados a gerente-geral de compliance, Lilian Nascimento, e Fabio Armani, diretor-geral de recursos humanos, que já trabalhou no Itaú Unibanco e na CBMM. Também foi demitida a diretora de integração, Marcia Sarro. Segundo fontes, os cortes envolveram ainda subordinados desses executivos. Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche O caixa da Ambipar na pré-RJ Ambipar contrata BR Partners Pedro Borges Petersen deixou a diretoria de relações com investidores no dia 15 de setembro e foi substituído por Ricardo Rosanova Garcia, executivo que já era da casa e com laços com o principal acionista da Ambipar, Tércio Borlenghi. Rosanova assumiu também o cargo de CFO após a saída de Arruda. Nakamura, Sarro e Armani estavam na Ambipar há cerca de 10 meses e Nascimento, há seis meses, conforme informações no Linkedin de cada executivo. Arruda, por sua vez, chegou à Ambipar em julho do ano passado. Os desligamentos marcam uma reviravolta na estratégia da companhia, que em 2024 anunciou a contratação de nomes de mercado, sem ligação com o acionista, para reforçar a governança corporativa e melhorar a percepção da empresa perante analistas e investidores. Ambipar pediu liminar no TJ-RJ e tem questionamento de credores Reprodução Os esforços de aumentar a credibilidade ainda se estenderam por este ano. No fim de junho, a Ambipar anunciou a contratação de Sylvia Coutinho, ex-presidente do UBS no Brasil e renomada banqueira de investimentos no país, para atuar como conselheira sênior para ativos globais da companhia. Nesse caso, não se trata de um cargo efetivo na empresa, mas de uma consultoria. O crédito que apertou a Ambipar, segundo a companhia Uma semana antes das demissões, no dia 16, a Ambipar anunciou ao mercado uma revisão em sua estrutura para fortalecer sua governança. Na ocasião, ainda, com a contratação de mais nomes de peso, como a da ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira e o do ex-diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, ambos como “sênior advisors”, conforme mostrou a empresa em um organograma arquivado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A companhia pediu e obteve a cautelar contra execuções financeiras do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, alegando que é ali sua maior margem de lucro. Numa petição conjunta, os bancos ABC Brasil, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Sumitomo Mitsui Brasileiro e Itaú questionam a praça jurídica, destacando que a sede da holding está no estado de São Paulo, assim como seu conselho de administração, maior faturamento e onde foram firmados os principais contratos. CFO da Ambipar deixou empresa três dias antes da cautelar Ambipar põe até hotel em lista de empresas a proteger de credores “Constatou-se, in loco, que o endereço indicado no Rio de Janeiro como sede da companhia corresponde a um coworking”, escreveram os bancos, no pedido para mudança de comarca. Procurados, os executivos citados não deram retorno ao pedido de entrevista até a publicação desta reportagem, que poderá ser atualizada para inclusão de posicionamento. A Ambipar não comentou.
pipelinevalor Mon, 29 Sep 2025 23:32:35 -0000
O bilhão na nuvem da Stefanini Aquisição da Escala 24x7 vai trazer receita da parceria com a AWS, da Amazon, na América Latina https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-bilhao-na-nuvem-da-stefanini.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/o-bilhao-na-nuvem-da-stefanini.ghtml
]]> O grupo Stefanini finalizou o processo de aquisição da Escala 24x7, empresa sediada nos Estados Unidos com forte atuação na América Latina que pode alavancar a receita em serviços de nuvem. A Escala é uma das principais fornecedoras da AWS na região, com faturamento da ordem de US$ 100 milhões anuais. Com a incorporação, o grupo brasileiro de tecnologia avalia que pode dobrar o negócio em quatro anos, chegando à receita de R$ 1 bilhão em cloud services até 2028. A compra foi uma das cinco maiores da história da Stefanini, que já fez quase 40 M&As. Marco Stefanini é fundador e controlador do grupo que leva seu sobrenome Divulgação
pipelinevalor Mon, 29 Sep 2025 21:30:13 -0000
Braskem avalia recuperação extrajudicial Bancos credores da Novonor continuam as negociações com IG4 para transferência dos créditos https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/braskem-avalia-recuperacao-extrajudicial.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/braskem-avalia-recuperacao-extrajudicial.ghtml
]]> Depois de contratar assessores, a Braskem avalia algumas possibilidades para renegociar sua dívida e reduzir a alavancagem financeira. Entre as opções mais prováveis no momento, está recuperação extrajudicial, que garantiria a proteção contra execução de dívidas, apurou o Pipeline. A dívida da petroquímica soma US$ 8,5 bilhões excluindo a operação com a Idesa no México. Para submeter um processo de recuperação extrajudicial, a companhia, que hoje é controlada pela Novonor (ex-Odebrecht) precisa do aval de pelo menos um terço dos credores e do apoio de 50% mais 1 dos credores para homologar o plano. Essa decisão ainda tem que passar pela aprovação do conselho e ter o aval da Petrobras, que possui 47% da petroquímica. A empresa anunciou, na semana passada, a contratação do Lazard, Cleary Gottlieb e E.Munhoz como assessores financeiros. Braskem: bancos dão exclusividade à IG4, fechando a porta para Tanure Sem acordo com Tanure, bancos retomam plano com IG4 na Braskem O problema da companhia não é de liquidez, já que ela contava com uma posição de caixa de US$ 1,7 bilhão, sem contar a linha de crédito rotativa de US$ 1 bilhão até dezembro de 2026. Contudo, com o ciclo de baixa da indústria petroquímica, o serviço da dívida e a alta alavancagem, de 10,21 vezes, começaram a pesar. Nesse cenário, os bondholders já estão se organizando e consultando bancos para contratar um assessor financeiro. A empresa tem que pagar US$ 34 milhões em 15 de outubro referente aos juros do bond com vencimento em 2034. Em relação ao principal, o próximo pagamento é US$ 1,25 bilhão do bond que vence em janeiro de 2028. Planta de Eteno Verde da Braskem: companhia avalia entrar com recuperação extrajudicial Divulgação Paralelamente, os bancos continuam em negociação com a IG4 para transferência dos créditos que detêm contra a Novonor e que têm as ações da Braskem em garantia. Um acordo de exclusividade por 90 dias foi assinado em agosto e continua valendo. Os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES têm a receber cerca de R$ 19 bilhões da Novonor, que detém 50,1% da petroquímica. A IG4 está trabalhando em um plano para a reestruturação da empresa em conjunto com a Petrobras e os bancos credores para melhorar a margem financeira e endereçar a questão da alavancagem alta, que passa pela eventual venda de ativos. Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche A visão, segundo fontes próximas ao assunto, é que, pelo menos por enquanto, a empresa não precisaria de um haircut (desconto) no valor da dívida, mas de uma renegociação para ganhar tempo para implementar uma agenda de reestruturação. Caso os bancos concluam a transferência dos créditos para a IG4 e convertam em capital, a IG4 passaria a controlar a Braskem junto com os bancos, que teriam que sentar com os assessores contratados pela gestão atual para discutir um plano para a empresa. Procurada, a Braskem informou que não vai comentar o assunto.
pipelinevalor Mon, 29 Sep 2025 19:35:02 -0000
Refinaria de xisto que já foi da Petrobras volta a ter capital brasileiro Joint venture de Nimofast com Questerre projeta dobrar produção em dois anos e meio https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/refinaria-de-xisto-que-ja-foi-da-petrobras-passa-a-ser-50percent-brasileira-por-us-140-mi.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/refinaria-de-xisto-que-ja-foi-da-petrobras-passa-a-ser-50percent-brasileira-por-us-140-mi.ghtml
]]> A mineradora e refinaria de óleo e gás Paraná Xisto (PX), em São Mateus do Sul, vendida pela Petrobras em 2022 para a canadense Forbes & Manhattan (F&M) Resources deve voltar a ter pelo menos parte do capital brasileiro após a formação da joint venture entre a paranaense Nimofast e a também canadense Questerre Energy, que passarão a ter cada uma 50% da atual PX Energy. A operação anunciada nesta segunda-feira, avaliada entre US$ 130 milhões e US$ 140 milhões, será paga majoritariamente com a assunção de dívidas. “Foi uma operação asset light, com zero de cash out, mas que nos garante 50% dos direitos e obrigações sobre o ativo”, explica o CFO da Nimofast, Wellington Bravo. Vitol de olho nos ativos da Raízen na Argentina BTG pode tomar controle da Cosan em seis anos Segundo Bravo, a planta tem potencial de mineração de até 300 anos na região e será alvo de investimentos sucessivos de cerca de US$ 60 milhões para modernização e expansão. “Nosso plano é dobrar a produção em até dois anos e meio, com aumento da capacidade de tanques e armazenamento, chegando a 40 milhões de litros. Cada ciclo de investimento amplia a escala e gera novos produtos segregados”, disse o executivo. Para o fundador e CEO da Nimofast, Ramon Reis, a aquisição coroa um movimento de anos de observação do ativo “Sempre acompanhamos a possibilidade de participar. Quando a refinaria foi vendida em 2022, já conhecíamos, mas não entramos. Nos aproximamos dos antigos acionistas e vimos a oportunidade de desenvolver o ativo. É uma posição estratégica no Paraná, com produtos que podem nos transformar em produtores relevantes no Brasil.” Paraná Xisto (PX), ex-Petrobras, volta a ser 50% brasileira com joint venture da paranaense Nimofast com a canadense Questerre Divulgação Reis destacou ainda que a PX complementa a operação da Nimofast, que distribui mensalmente cerca de 150 milhões de litros de combustível, frente aos 15 a 17 milhões de litros de capacidade atual da refinaria. A integração abre caminho para diversificação em gás natural e até entrada no setor elétrico. “A produção de gás é muito interessante. Estamos avaliando power plants, além de aproveitar a tecnologia que a Petrobras desenvolveu para limpeza de borras de petróleo — uma das maiores do país — e que continuará sendo expandida em parceria com a Questerre”, disse. Raízen levanta mais R$ 600 milhões com venda de usinas BTG será o maior acionista da Cosan, mas Ometto mantém maioria no bloco de controle O CEO ressaltou o caráter simbólico de trazer o controle da refinaria de volta a uma empresa nacional. “A refinaria volta para uma empresa brasileira, que conhece a cultura local e sabe cuidar das pessoas. Vamos produzir o máximo possível para o nosso país. Para nós, esse ativo não é apenas estratégico: é parte da nossa identidade como grupo”, afirmou Reis. A operação tem previsão de conclusão em 45 dias para ajuste do preço final e está sujeita ao cumprimento de condições previstas no contrato vinculante, incluindo as usuais aprovações regulatórias como a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e demais órgãos competentes.
pipelinevalor Mon, 29 Sep 2025 16:35:32 -0000
Por trás do LCD do carro, LogiGo mira rivais globais – e um comprador Brasileira com fábrica na China e escritório nos EUA quer monetizar tela dos carros https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/fundador-poe-logigo-a-venda-ja-de-olho-no-proximo-negocio.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/fundador-poe-logigo-a-venda-ja-de-olho-no-proximo-negocio.ghtml
]]> Por trás da tela LCD que controla rádio, temperatura e GPS do carro e ainda se conecta com aplicativos do celular, tem uma empresa brasileira. A LogiGo, fundada há 14 anos em São Bernardo do Campo, fabrica do hardware ao software, tem Ford e Mitsubishi entre seus clientes e está nos veículos da Nissan produzidos no país de 2015 a 2021. Esse é um dos negócios do empreendedor serial Antonio Azevedo, dono também da Home Déluxe, de locação para expatriados, e espera lançar a sua Eonic, de microcarros elétricos, até o começo do ano que vem, sempre com capital próprio. O engenheiro de 42 anos contratou a boutique de fusões e aquisições Metis Advisors para o caso de encontrar uma oferta que valha a pena para sair do negócio. “Tudo que é meu está à venda”, responde sem apego. Mototáxi no Brasil supera transporte de carro de outros mercados da Uber Mexicana OCN vai disputar motorista de aplicativo com Kovi e Localiza Com montagem final no ABC paulista, berço da indústria automobilística brasileira, a LogiGo traz as centrais multimídia pré-montadas da unidade de Huizhou, na China. Azevedo compara o processo de fabricação ao da Apple com os iPhones, com o objetivo de menor custo trabalhista, investimento e risco da cadeia de suprimentos. A empresa voltou a ter escritório em Detroit neste ano, com vendas e engenharia, operação que havia sido encerrada durante a pandemia. A reabertura visa concorrer localmente com multinacionais como Bosch, Harman (da Samsung), e Panasonic, num segmento que tem disputa acirrada: como algumas montadoras desenvolvem suas centrais de LCD internamente, a potencial clientela dos fornecedores fica menor. Central multimídia da LogiGo: tela do carro é a única que ainda não foi monetizada, dinheiro que montadoras deixam escapar Divulgação Segundo o empresário, ter o software local encurta prazos e evita depender de projetos importados da Índia ou da Alemanha. "Esse diferencial nos ajuda a vencer concorrentes maiores", diz. Em 2014, a Toyota adotou a inovação da LogiGo com TV digital full HD nos veículos, única na época. No ano seguinte, a Nissan passou a oferecer, com tecnologia da brasileira, centrais Android com Waze e Spotify integrados, antes mesmo da chegada do CarPlay e do Android Auto, que hoje já vêm pré-instalados nos veículos. “É uma história de Davi contra Golias.” Uma das apostas de Azevedo é transformar a tela do carro, hoje usada apenas para navegação e entretenimento, em uma plataforma de publicidade e serviços. “É a única tela que ainda não é monetizada, mas pode gerar receita para a montadora, nem que seja de 10 centavos a cada exibição de uma marca parceira, um ativo muito forte”, defende. A cruzada de BYD e GWM para reverter a má fama dos carros chineses “Existe muito dinheiro dentro do veículo que as montadoras deixam escapar. Podemos avisar sobre troca de pneus quando o carro bate 40 mil quilômetros rodados, monitorar o uso do freio para oferecer troca de pastilhas, dar descontos em concessionárias e aumentar a retenção do cliente”, diz. Uma parte dessa conectividade já existe, mas é pouco ou mal utilizada pelas montadoras. O empreendedor explica que, diferente das telas que alguns táxis ou carros de aplicativo oferecem, a da central multimídia já vem instalada nos veículos, não precisa de um convencimento do motorista. “Não tem capex. Na verdade, é um capex que não está sendo utilizado para gerar receita para a montadora”, diz, ressaltando que o consumidor terá que autorizar essa publicidade, mas pode ser convencido pelos benefícios da própria conectividade, como um seguro mais barato por a seguradora conseguir monitorar onde ele estaciona à noite, por exemplo. Yalla, camelo antes de ser modinha e para uberistas, entra na última milha Com previsão de faturar R$ 40 milhões este ano com o fornecimento de 15 mil equipamentos, a LogiGo projeta mais do que dobrar a receita em 2026, após a entrega de um projeto para caminhões. O pico de produção, de 60 mil centrais, foi atingido na época do contrato com a Nissan. Nada mal para quem começou aos 14 anos de idade vendendo MiniDisc no site Arremate.com, teve uma escola de informática e já importou notebooks usados dos Estados Unidos para revender no mercado brasileiro.
pipelinevalor Mon, 29 Sep 2025 12:01:19 -0000
A fiança da Provence Partners para o CredAluga Proptech se beneficiou da saída do QuintoAndar do segmento, crescendo 200% em 12 meses https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/a-fianca-da-provence-partners-para-o-credaluga.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/a-fianca-da-provence-partners-para-o-credaluga.ghtml
]]> A CredAluga, startup imobiliária de fiança locatícia, levantou R$ 60 milhões em uma nova rodada de investimento, a segunda em menos de um ano. A série A trouxe a gestora brasileira Provence Partners para o cap table, venture capital que reúne mais de 55 famílias investidoras e fez na proptech seu primeiro aporte do ano. Caravela Capital, Honey Island 4UM e Norte Ventures, que já estavam na base acionária da startup, acompanharam. Esses fundos tinham entrado no seed de R$ 22 milhões, feito há 11 meses. Naquele momento, houve uma tranche em dívida, mas desta vez a capitalização foi toda em equity para reforçar o balanço patrimonial da startup, desenvolver produtos e fazer expansão nacional, ampliando a parceria com imobiliárias. A pauta da Loft no Conselhão de Lula QuintoAndar encerra QuintoCred Garantia após tentativa frustrada de venda “Saímos mais fortalecidos desse aporte porque tivemos que entrar num nível de detalhamento dos unit economics muito alto para conseguir um cheque dos investidores”, diz Guilherme Blumer, cofundador e co-CEO da CredAluga. A companhia tem se beneficiado da maior demanda no aluguel, dado os juros altos para compra de imóveis, e também do vácuo deixado pelo QuintoAndar, que deixou de operar no segmento de fiança locatícia e levou a uma migração de clientes. Com isso, a CredAluga cresceu 200% em um ano, saltando de 600 para 1,3 mil imobiliárias clientes e de 10 mil para 30 mil contratos sob gestão. Na disputa entre QuintoAndar e Loft, a EmCasa corre por fora pelos corretores 'Não quero mais ficar brigando com condomínio', diz CEO da Tabas A empresa ainda não chegou ao breakeven, mas tem margens operacionais positivas e quer aproveitar o timing para crescimento, diz Daniel Santos, co-CEO. “Captamos mais do que precisávamos para ter esse colchão no patrimônio líquido.” A ambição é multiplicar o tamanho por 10 até 2030. No mercado imobiliário, soluções financeiras que substituem fiança Pixabay
pipelinevalor Mon, 29 Sep 2025 10:01:01 -0000
Quem assinou o 'malfadado aditivo' da Ambipar com o Deustche Chamada de margem de R$ 60 milhões em derivativo desencadeou pré-RJ de R$ 10 bi, segundo a empresa https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/quem-assinou-o-malfadado-aditivo-da-ambipar-com-o-deustche.ghtml https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/quem-assinou-o-malfadado-aditivo-da-ambipar-com-o-deustche.ghtml
]]> O aditivo de um contrato com o Deutsche Bank, apontado como o estopim da crise na Ambipar, foi assinado por dois executivos próximos a Tércio Borlenghi Júnior, principal acionista da empresa. Thiago da Costa Silva, diretor de integração e finanças, e Luciana Barca Nascimento, diretora-adjunta, são os signatários do documento pela companhia. O contrato, ao qual o Pipeline teve acesso, está nos anexos da petição de medida cautelar apresentada pela Ambipar à Justiça na última semana. A companhia pediu proteção contra credores por 30 dias no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, solicitação deferida ainda na última quinta-feira e renovável por mais 30 dias. Ambipar pede cautelar pré-RJ Ação da Ambipar cai 24,2% após proteção contra credores O argumento da Ambipar é que a exigência de uma garantia adicional pelo Deutsche Bank sobre a dívida de US$ 550 milhões implicaria um desembolso de R$ 60 milhões na última quinta-feira. O banco Santander já tinha pedido a antecipação de vencimentos e outras antecipações poderiam impactar R$ 10 bilhões em dívidas da companhia – por isso, a cautelar seria “essencial para sua sobrevivência”. O “malfadado aditivo”, como é descrito na petição da companhia, foi assinado em 18 de agosto, incluindo cláusulas da chamada “dação de pagamento” de bonds, definições de “eventos de inadimplemento”, “eventos de rescisão” e também traz a cláusula de “cross-default”. O objetivo seria proteger a empresa da variação cambial sobre o valor do empréstimo. A diferença entre a cotação do dólar na contratação da linha e a atual gerou chamadas de margem, ou seja, exigência de depósitos adicionais de garantias pelo credor. S&P corta a nota de crédito global da Ambipar de ‘BB-’ para ‘D’ Do lado da Ambipar as únicas assinaturas que constam são de Luciana Nascimento e Thiago Silva. Ao longo do documento, são oito assinaturas de Silva, duas delas físicas e as demais eletrônicas, e seis assinaturas eletrônicas de Luciana. As demais assinaturas são de representantes do banco. Ambipar soma R$ 10 bilhões em dívida bruta Reprodução Luciana Nascimento integra a administração da Ambipar desde 2012. Como diretora-adjunta, “auxilia o diretor presidente em suas atribuições”, segundo a empresa. Costa Silva trabalha no grupo Ambipar desde 2014 e já passou por diferentes diretorias, incluindo a cadeira de CFO até o ano passado. Os dois executivos são investigados pela Comissão de Valores Mobiliários em processo sancionador que apura suposta irregularidade em recompra de ações da Ambipar, ao lado do controlador Tércio Borlenghi Jr. e seu filho, que é diretor na companhia, Guilherme Borlenghi. O caixa da Ambipar na pré-RJ CFO da Ambipar deixou empresa três dias antes da cautelar O então diretor financeiro da Ambipar, João Arruda, deixou a companhia dias antes do pedido de proteção judicial. Ele ficou um ano na empresa e seu nome e assinatura não constam na documentação contratual com o Deustche. Há uma menção ao cargo. Em certo trecho, o contrato diz que “a operação de derivativo foi discutida e aprovada nos fóruns competentes para tanto, os quais incluem o diretor financeiro (CFO), o diretor presidente (CEO), e o diretor responsável pela operação de tesouraria, de acordo com a governança corporativa” da Ambipar, e afirma ainda que a parte “tem conhecimento e experiência dentro do mercado de derivativos suficientes para entender a estrutura da operação”. O CEO é o fundador e controlador, mas também não consta assinatura de Borlenghi além dessa referência. Fitch corta notas de crédito da Ambipar de ‘BB-’ para ‘C’ Foi com o aditivo que o contrato passou a atrelar as garantias cedidas ao desempenho dos “bonds” emitidos pela Ambipar – são títulos de dívidas no mercado internacional com vencimentos em 2031 e 2033. Isso possibilitou que o banco alemão pedisse o pagamento de margem também conforme a desvalorização dos bonds no mercado e não somente conforme a diferença negativa das taxas fixadas em tais contratos de swap. A Ambipar alega à Justiça que se trata de uma incorporação indevida por parte do Deutsche, mas também começou a levantar suspeição sobre o contrato em conversas privadas com credores. Fonte próxima à companhia afirma que deve haver uma “investigação” para apurar os últimos eventos financeiros, incluindo a definição desse contrato, mas não houve ainda contratação de terceiros especializados. Quem tem assessorado a empresa no processo da reestruturação são os escritórios Salomão Advogados e Galdino Advogados. O crédito que apertou a Ambipar, segundo a companhia Ambipar põe até hotel em lista de empresas a proteger de credores A petição à Justiça faz referência à data de 18 de setembro para o aditivo, mas no contrato consta apenas a data de 18 de agosto, que também é a data utilizada como referência pela Ambipar nas conversas sobre o tema. O caso intriga os credores e minoritários da Ambipar, já que a companhia de gestão ambiental alegava ter R$ 4,7 bilhões em caixa no fim do segundo trimestre – o balanço foi divulgado há pouco mais de um mês. Desse total, R$ 2 bilhões estavam sinalizados como “liquidez imediata”, com os recursos aplicados em CDBs de bancos de “primeira linha”. As demonstrações financeiras foram apresentadas sem ressalvas dos auditores. A estranha dinâmica da CVM na dispensa de OPA da Ambipar Procurados, o Deustche não comentou e João Arruda não deu retorno até a publicação desta reportagem, que poderá ser atualizada para inclusão de posicionamento. A Ambipar disse, em nota, que está focada na estabilização do negócio. “A Ambipar obteve medida judicial que vai assegurar a continuidade de suas operações, que geram impacto social e estimulam a atividade econômica. A empresa opera hoje em 41 países e emprega mais de mais de 23 mil funcionários – que continuarão a entregar a eficiência e a confiabilidade já reconhecidas nos cinco continentes, comprovando a excelência de uma companhia 100% brasileira. A decisão liminar obtida foi integralmente deferida. Com ela, a empresa seguirá com sua força de trabalho plenamente mobilizada. A Ambipar tem com a sociedade um compromisso de transparência – e nesse espírito fará a comunicação com a clareza e a ética que a caracterizam: seus milhares de clientes, colaboradores e parceiros de negócios serão informados de todas as etapas do processo”, disse a companhia.
pipelinevalor Sun, 28 Sep 2025 22:00:43 -0000